16/01/2004 – “O Último Samurai”

Estréia de “O Último Samurai”

Embora procure papéis que sempre o ponham em destaque, desta vez Tom Cruise parece ter deixado espaço para o roteiro e para a produção. Claro que ele é a figura de destaque, o americano que vai ao Japão, ensinar ao pessoal como se luta nos isteites. Oficial americano, que lutou ao lado de Custer, é contratado pelo governo japonês para introduzir técnicas modernas ao exército, após um período secular de isolamento, derrubado pelo Ocidente à custa de canhões. Uma pequena região mantém-se contra as mudanças que ocorrem no país, e é contra eles que o novo exército, treinado pelo oficial americano, vai lutar. Na primeira batalha, entretanto, ele é capturado pelos inimigos, samurais que vivem de acordo com o Bushido, ou Código de Honra do Guerreiro. Aos poucos, o prisioneiro vai aculturando-se, assimilando a forma de viver e pensar de seus captores, e adotando a sua causa. O filme tem uma produção magnífica, com muita computação gráfica para aumentar o número de guerreiros e explosões nas batalhas. As cenas de lutas dividem as opiniões. Se não ficaram tão plásticas e cinematográficas, vêm encantando os praticantes de artes marciais, a ponto de já estarem combinadas sessões em grupo, com pessoal das academias. No filme, o personagem de Cruise aprende Kenjutsu, em posturas e técnicas que devem ser familiares para praticantes de kendo e aikido. O filme relança no mercado o gênero samurai, cujo último grande expoente foi o diretor japonês Akira Kurosawa, autor de filmes como “Os Sete Samurais”, “Kagemusha” e “Ran”. “O Último Samurai” foi rodado na Nova Zelândia, sob a direção de Edward Zwick, de “Shakespeare Apaixonado”, “Traffic” e “Nova York Sitiada”. O filme estréia nesta sexta-feira nos cinemas dos dois shoppings. Onegai shimasu?