Claquete – 11 de maio de 2007

Newton Ramalho – colunaclaquete@gmail.com

O que está em cartaz

Os cinemas de Natal continuam infestados de aranhas, a ponto de “Homem-Aranha 3” continuar ocupando a maioria das salas disponíveis. Vou ficar devendo a resenha, pois, apesar da infestação, ainda não consegui ver o aracnídeo. Sobram aranhas, faltam estréias. De novo, só “Número 23”, com Jim Carrey tentando fazer um papel dramático. Continuam em cartaz “Homem-Aranha 3” e a animação “A Família do Futuro”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia romântica “Minha Mãe Quer Que Eu Case” e “As Férias de Mr. Bean”. Já o Moviecom mantém em cartaz os dramas “Apocalypto”, de Mel Gibson, e “O Bom Pastor”, de Robert de Niro, o documentário “O Segredo”, o suspense “A Colheita do Mal”, com Hilary Swank, o épico “300”, e “As Tartarugas Ninja – O Retorno”. Já estão à venda os ingressos para a estréia de “Piratas do Caribe 3”, que acontece no dia 25 de maio.

Estréia 1: “Número 23”

Walter Sparrow (Jim Carrey) é um simplório pai de família, que ganhou um livro de presente de sua esposa, Agatha (Virginia Madsen). Chamado “O Número 23”, o livro narra a obsessão de um homem com este número e como isto começa a modificar sua vida. Ao lê-lo Walter reconhece várias de suas passagens, como sendo situações que ele próprio viveu. Aos poucos ele nota a presença do número 23 em seu passado e também no presente, tornando-se cada vez mais paranóico. Como o livro termina com uma morte brutal, Walter passa a temer que ele esteja se tornando um assassino. A direção é de Joel Schumacher. “Número 23” estréia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e no Cine 1 do Moviecom. Para maiores de 14 anos.

Novidades

“Turistas”, em DVD

Quer falar deste filme com propriedade? É só passar na locadora para conferir esta “pérola” da ignorância americana sobre o nosso país e nossa cultura. Um grupo de jovens turistas alienados, em visita ao Brasil, é seqüestrado e aprisionado por uma quadrilha que pratica tráfico de órgãos. O filme foi muito criticado, mesmo antes de estrear por aqui. Ao menos, o formato de tela é widescreen e o som Dolby Digital 5.1. Agora, a escolha fica por conta e risco do freguês. Nas locadoras.

“Flores do Amanhã”, em DVD

No ano de 1976, a morte de Mao Tse Tung encerrou o negro período da Revolução Cultural da China. O pintor Gengnian passou anos aprisionado em um campo de trabalhos forçados, onde teve suas mãos deformadas. Ele volta para casa, para os braços de sua amada esposa Xiuqing e para seu filho de nove anos. Mas, o garoto, Xiagyang, além de não reconhecê-lo, sente-se profundamente incomodado com esta nova presença na sua vida. Bela produção chinesa, mostrando um aspecto pouco conhecido da história recente da China. Nas locadoras.

Cineclube Natal exibe “8 1/2”

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), exibe neste domingo, dia 16, um dos mais importantes filmes de Fellini, “8 1/1”. Também será apresentado o premiado curta-metragem “Simião Martiniano – O Camelô do Cinema”, de Clara Angélica e Hilton Lacerda. A exibição começa às 17h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Após a exibição, haverá debate com a platéia e sorteios de um DVD e pôsteres. Os ingressos custam R$ 2,00. Sócios do Cineclube e Adurn não pagam. Para maiores de 14 anos.

“O Mestre das Armas”, em DVD

A versão romanceada da história de Huo Yuanjia (1869-1910), célebre lutador chinês que montou uma escola de artes marciais em Xangai foi lançada em DVD. O filme mostra a trajetória de Huo, seu deslumbramento com a fama, a decadência, o retorno aos valores mais simples de sua cultura, e sua volta triunfal, em um desafio à crescente influência das potências colonizadoras que invadiam a china no início do século XX. O disco traz o formato de tela widescreen, áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Cenas Deletadas; “A Jornada Destemida”; Slide Show; Trailer de cinema e outros títulos. Nas locadoras.

Festival Brasileiro de Cinema Universitário abre inscrições

A 12ª edição do Festival Brasileiro de Cinema Universitário vai exibir na WEB e nos celulares obras com até cinco minutos de duração, realizadas por estudantes universitários em qualquer suporte e em qualquer época. O Festival, que acontecerá de 28 de maio a 10 de junho, aceita inscrições de trabalhos realizados por universitários de todo o Brasil, cursando qualquer faculdade, em todas as áreas de conhecimento. Inscreva seu curta no site http://www.fbcu.com.br/, ou solicite a ficha de inscrição através do e-mail competitiva@fbcu.com.br.

“A Família do Futuro”, em game

Pegando carona no sucesso do filme, foi lançado no mercado um game com os mesmos personagens. Diferente do filme, Wilbur Robinson é o protagonista, em vez do loirinho Lewis. Utilizando a máquina do tempo de seu pai, Wilbur passeia pela história, para aprender as ações básicas do jogo. Quando o ambiente é a mansão dos Robinsons Wilbur montará todo tipo de invenções malucas. A distribuição no Brasil é da Positivo Informática. Mais informações, no fone (0800) 41-4636 ou no site http://www.positivodireto.com.br/.

Concurso Nacional de Contos

Atenção, escritores potiguares. A Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul, a Fundação Universidade de Passo Fundo e a Prefeitura Municipal de Passo Fundo estão promovendo o 10º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães, destinado a contistas com obras publicadas ou não, que apresentem textos inéditos. Cada participante deverá apresentar três obras. As inscrições vão até 31 de maio, podendo ser feitas pessoalmente, ou, pelo correio. Não serão aceitas inscrições pela internet. Mais informações no site www.upf.br/concursodecontos.

Cabos e alimentação elétrica: o elo fraco do hometheater

Um chavão comum na área de segurança industrial é a de que a resistência de uma corrente é a resistência do seu elo mais fraco. Isso é verdadeiro para muita coisa, principalmente para equipamentos de home theater. Eu fico sempre impressionado como as pessoas gastam milhares de reais em tv de plasma, amplificadores e caixas de som, e ligam tudo com fios vagabundos, prejudicando o som e a imagem finais.

Já falei nesta coluna sobre como o uso de conectores tipo S-VHS ou Video Componente pode melhorar muito a imagem recebida de um DVD. Mas, não é só o conector que altera o resultado final, a qualidade do cabo também.

Quando compramos um DVD player ou um home theater, os cabos que acompanham os equipamentos são só isso: acompanhantes! Geralmente são fios muito finos, com péssimo isolamento, solda industrial e conectores baratos, que irão se oxidar em pouco tempo.

Quando se monta um home theater, com TV, DVD, receptor de satélite, videocassete, o receiver e as caixas acústicas, há uma enormidade de fios ligando os equipamentos, sem falar nos cabos de alimentação elétrica. Se os cabos que interligam os equipamentos não tiverem um isolamento adequado, ocorrerão interferências que resultarão em uma imagem ou som defeituosos.

Quando comprei a minha primeira TV com entrada Video Componente, aqueles conectores azul, verde e vermelho, fiz a ligação com um cabo que um colega comprou de um camelô em São Paulo. A imagem ficou pior do que com a ligação S-VHS – e um cabo decente. Quando eu comprei um cabo Video Componente de um fabricante mais sério, o ganho de imagem foi absurdo, o que me fez levar mais a sério a questão da qualidade dos cabos.

Os especialistas dizem que se deve reservar 10% do investimento do home theater para os cabos. Não serei tão radical assim, pois existem bons fabricantes, nacionais, inclusive, que fornecem produtos de boa qualidade, a um preço mais acessível. Para se ter idéia, o cabo triplo RCA (aquele amarelo, branco e vermelho), de um bom fornecedor nacional, custa cerca de 20 reais. O mesmo produto, importado, fabricado pela Acoustic Research, com terminais banhados a ouro, não sai por menos de 60 reais. O nacional atende tão bem quanto o importado, mas, nunca o cabinho comprado no camelô por quatro reais!

O mesmo ocorre com os fios que ligam as caixas de som. Existem fabricantes nacionais que fornecem fios de excelente qualidade, mas, a preços mais salgados. Para uma solução intermediária, nada que um passeio no Alecrim, naquela rua das lojas de eletrônicos não resolva.

O outro ponto que sempre fica a desejar na instalação de um home theater é a alimentação elétrica. Já ví equipamentos caríssimos ligados todos em um “tê” em uma única tomada, sujeitos a um curto-circuito que poderia causar danos irreversíveis.

Para começo de conversa, o ideal seria ter um circuito exclusivo para o home theater, assim como temos para a máquina de lavar roupas e ar condicionado. Se você acham exagerado a comparação, é só ir somando o consumo dos seus equipamentos. Uma TV de plasma pode chegar a 400W, um receiver, 300W, e um projetor, 250W…

E antes que eu me esqueça: NÃO use estabilizadores de informática. Equipamentos de informática têm necessidades e riscos diferentes dos de um home theater. Existem, no mercado, condicionadores de energia e estabilizadores próprios para equipamentos de áudio e vídeo. O preço é mais caro, mas, o custo benefício compensa.

Alguns dos modelos no mercado permitem manter alguns aparelhos energizados permanentemente, outros alimentados com tensões diferentes (110V ou 220V), alguns permitem até a ligação por etapas, em grupos de equipamentos.

Já existem, em Natal, algumas lojas que trabalham com os produtos mencionados nessa matéria. Caso ache os preços abusivos, apele para a santa Internet. Verifique in loco o equipamento que deseja e depois dê uma vasculhada na rede, pois existem lojas boas e confiáveis à disposição. Obviamente, não estou incluindo aí o Mercado Livre. Nesse, o risco fica por conta do freguês, pois picareta existe em todo lugar, inclusive na internet. Boas compras!