Claquete – 20 de julho de 2007
O que está em cartaz
Com as férias escolares caminhando para o final, as opções também vão se reduzindo, esmagadas entre bruxos e robôs. A estréia da semana é o esperado “Transformers” (veja em Filme da Semana), que vem dividir as salas com “Harry Potter e a Ordem da Fênix”. Para se ter idéia, das 14 salas de Natal, onze estarão destinadas aos dois filmes. Continuam em cartaz “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado”, “Treze Homens e um Novo Segredo”, e as animações “Shrek Terceiro” e “Ratatouille”. Não deixe de conferir o Festival de Vídeo Potiguar, no início da próxima semana.
Estréia: “Transformers”
O jovem Sam Witwicky (Shia LaBeouf) tenta vender umas tranqueiras de seu tataravô explorador. Seu intuito é, simplesmente, juntar dinheiro para comprar seu primeiro carro, o que, ele espera, trará finalmente o sucesso com as garotas. O que ele não sabe é que esses itens do antepassado escondem a chave para um poderoso artefato, capaz de mudar o rumo de uma guerra intergaláctica que se estende há centenas de anos, colocando-o no meio do confronto entre os bondosos Autobots e os malignos Decepticons. O filme, da Dreamworks, estréia, para valer, nesta sexta-feira, nas Salas 2 e 3 (dublado) e 6 (legendado) do Cinemark, e nos Cines 6 (dublado) e 7 (legendado). Para maiores de dez anos.
Lançamentos em DVD
“À Procura da Felicidade”, em DVD
Filme baseado na história verídica de Chris Gardner. Desempregado e sem-teto, aos trinta de idade, ele vivia com o filho em um banheiro de São Francisco quando decidiu se empenhar no objetivo de virar um banqueiro. Aos poucos, Gardner (Will Smith) criou uma bem sucedida empresa de investimentos. O filme vem com formato de tela widescreen e som Dolby Digital. O disco traz, como extras, Comentários do Diretor; Uma Mão Italiana no Sonho Americano; Pai e Filho – Dentro e Fora da Tela; O Homem Por Trás do Filme: Uma Conversa com Chris Gardner; Por Dentro de Rubik´s Cube; I Can Performance Musical e Trailers.
“Os Cosmonautas”, em DVD
Eventos
Luis Buñuel, no Cineclube Natal
Festival PERRO LOCO
Estão abertas, até 3 de agosto, as inscrições para a primeira edição do Perro Loco – Festival de Cinema Universitário Latino Americano. O evento será na cidade de Goiânia, em Goiás, de 19 a 23 de setembro. Podem participar obras com até 30 minutos de duração, realizadas por alunos matriculados em uma universidade, escola ou faculdade de ensino superior. Mais informações na página do festival, no endereço http://www.perroloco.com.br/.
7º Festival de Vídeo Potiguar
Olha aí, pessoal, vamos prestigiar a prata da casa. Nos dias 23 e 24 será realizado o 7º Festival de Vídeo Potiguar, abrindo a programação oficial do 20º Festival de Cinema de Natal. Serão exibidos 26 curtas-metragens, concorrendo nas categorias Documentário e Ficção. As sessões iniciam às 19h, no auditório da UnP da Av. Nascimento de Castro, 1597, em Lagoa Nova. Mais informações no site http://www.festnatal.com/.
Paulo Coelho premia quem filmar “A Bruxa de Portobello”
Através do seu site, o escritor Paulo Coelho convida aspirantes a cineastas para fazer pequenos filmes baseados no livro “A bruxa de Portobello”. Os escolhidos terão sua recompensa: 3 mil euros, o equivalente hoje a quase 8 mil reais. O projeto, batizado de “A bruxa experimental”, tem o YouTube (site que é um grande depósito de vídeos) como base. Mais informações no endereço htpp://paulocoelhoblog.com.
“Araguaya – Conspiração do Silêncio”, na TV PIPA
Joguinho para quem é bom em trilha sonora
Você é daqueles que conhecem todas as trilhas sonoras de filmes famosos? Pois teste os seus conhecimentos no site www2.uol.com.br/flashpops. O site oferece dois joguinhos onde o internauta tem que adivinhar o título do filme, após ouvir um trecho do tema principal. Aviso: não é muito fácil, mas é muito divertido!
Filme da Semana: “Transformers”
Brinquedos para meninos crescidos
George Lucas descobriu a mina de ouro com os brinquedos que imitavam personagens dos seus filmes, após o sucesso de “Guerra nas Estrelas”. Desde então, esse tipo de produto já faz parte do plano de marketing dos grandes lançamentos de Hollywood. Por isso, é no mínimo curiosa a trajetória de “Transformers”, que chega aos cinemas brasileiros esta semana, mas, já convive nas brincadeiras das crianças desde a década de 80.
Nessa época, a empresa americana Hasbro (dona dos Comandos em Ação, entre outros), fechou contrato com a Takara, um fabricante de brinquedos do Japão, adquirindo os direitos de distribuir seus brinquedos nos Estados Unidos. No primeiro momento, resolveram distribuir duas séries: Diaclone e Microman. Porém, como esses brinquedos não possuíam um plano comercial, resolveram criar um desenho animado para divulgá-los. Nascia assim os Transformers.
Uma vez que Transformers foi uma série licenciada sem direitos exclusivos, qualquer empresa que a adquirisse poderia fazer qualquer alteração na história e em seus personagens. Isto se refletiu na confusão e diferenças entre as séries de desenho animado, quadrinhos, computação gráfica e, agora, na telona.
O longa-metragem, dirigido por Michael Bay e produzido por Steven Spielberg, como seria de se esperar, segue uma estética de design extremamente complexa, e dá uma ênfase maior aos humanos da história.
No longínquo planeta Cybertron, os habitantes originais desenvolveram duas raças de Robôs para servi-los: os operários, para manutenção e reparo, e os militares. Porém, os robôs militares se julgavam superiores aos operários, pois eram mais poderosos, utilizando a força para dominar os mais fracos. Cansados da perseguição, os robôs operários decidiram se unir e lutar por sua liberdade. Assim, os habitantes de Cybertron se dividiram em duas facções, os Autobots (operários) e os Decepticons (militares), iniciando as Guerras Cybertronianas.
Para evitar que Megatron se apossasse do Allspark, um talismã místico que daria poderes ilimitados para quem o possuísse, os Autobots o tiram de seu planeta às escondidas. Mas, Megatron sai em sua perseguição, e eles terminam chegando à Terra, por volta de 1850. Megatron cai no Oceano Ártico e o frio o paralisa. Seu corpo é encontrado pelo explorador Archibald Witwicky. Megatron consegue gravar a localização do Allspark nos óculos de Witwicky e manda uma mensagem ao seu planeta natal.
Um século mais tarde, encontramos o jovem Sam “Spike” Witwicky (Shia LaBeouf), um descendente do explorador Archibald, comprando o seu primeiro carro, um Chevy Camaro 76 (um dos patrocinadores do filme é a GM, of course). Para sua surpresa, ele descobre que o carro, na verdade, é Bumblebee, um robô com poderes de se transformar, e tem como missão protegê-lo, já que ele possui os óculos do tataravô, onde está gravado o mapa secreto.
Mas, Bumblebee não é o único Transformer que chegou na Terra. Uma base militar americana no Qatar é atacada pelos Decepticons Blackout e Scorpnok, causando grandes estragos. O Pentágono envia os seus agentes especiais do Setor Sete para capturar qualquer espécime desta raça alienígena. De repente, Spike e sua namorada Mikaela (Megan Fox) se vêem no meio de uma grande batalha envolvendo Autobots e Decepticons, enquanto as manobras políticas dos homens não conseguem enxergar quem é amigo ou inimigo.
Quem já assistiu “Armageddon”, “A Rocha”, “Pearl Harbor” e “A Ilha”, já sabe mais ou menos o que esperar. Com fantásticos recursos econômicos e técnicos à sua disposição, Bay presenteia os fãs com duas horas e meia de cenas de ação incessante, repletas de computação gráfica, falando-se em um número cabalístico de 99 transformações de robô em alguma coisa e vice-versa.
Claro que não dá para esperar uma história com aprofundamento psicológico ou filosófico. Aqui, mais do que nunca, só existe o preto e o branco, os vilões e mocinhos, bem ao estilo de pensamento ocidental.
O sucesso estrondoso no mercado americano, onde já arrecadaram mais de 224 milhões de dólares, já garante as duas seqüências previstas para os robozões. Como o custo estimado de produção foi de 147 milhões de dólares, os produtores estão sorrindo de orelha a orelha. O sucesso do filme, apesar de muitas críticas, deve-se não apenas ao público adolescente, que assiste qualquer estréia, mas, ao jovem adulto, que brincava e assistia Transformers na tv, na década de 80. Como se diz, recordar é viver, e com som DTS e computação gráfica, a recordação fica muito mais bonita. Boa diversão, então!