Claquete – 13 de junho de 2008
Claquete – 13 de junho de 2008
Newton Ramalho – colunaclaquete@gmail.com O que está em cartaz
Mês de junho, o mais alegre do ano, pelo menos, no Nordeste. Época de comida de milho, ensaio de quadrilhas, dia dos namorados, fogueiras e muita festa. E olha a chuva! Para competir com os folguedos juninos, teremos algumas estréias interessantes: “O Incrível Hulk”, numa nova versão estrelada por Edward Norton, “Fim dos Tempos”, o mais novo filme de M. Night Shyamalan, e, na Sessão Cult do Cinemark, “Sicko – S. O. S. Saúde”, do polêmico Michael Moore. Teremos, também, a pré-estréia de “Jogo de Amor em Las Vegas”. Continuam em cartaz “Sex and the City – O Filme”, baseado na famosa série da HBO, o policial “Efeito Dominó”, “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian”, fantasia baseada na obra do escritor irlandês C. S. Lewis, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, quarto filme com o famoso aventureiro e a comédia romântica “O Melhor Amigo da Noiva”. Nas programações exclusivas, O Moviecom mantém a ação “Homem de Ferro”.
Estréia 1: “O Incrível Hulk”
O cientista Bruce Banner vive se escondendo, sempre em busca de um antídoto para sua transformação, enquanto foge da perseguição do general Ross (William Hurt), seu grande inimigo, e da máquina militar que tenta capturá-lo, na intenção de explorar o poder que faz com que se transforme no Hulk. Ao retornar à civilização, Banner é caçado, sem trégua, pelo Abominável, uma criatura cuja força se compara à do próprio Hulk. Os eventos resultantes dessa perseguição levam o cientista a utilizar seu poder para salvar Nova York da destruição e a fazer uma escolha que definirá seu destino. A direção é de Louis Leterrier, e o elenco conta com Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth, Tim Blake Nelson, William Hurt e o próprio Stan Lee, que sempre aparece nos filmes de seus personagens. “O Incrível Hulk” estréia nesta sexta-feira, no Cine 7 do Moviecom (legendado) e nas Salas 3 (dublado) e 2 (legendado) do Cinemark. Classificação indicativa 12 anos.
Estréia 2: “Fim dos Tempos”
Em questão de minutos, estranhas mortes ocorrem em várias das principais cidades dos Estados Unidos. Elas coincidem em dois pontos: desafiam a razão e chocam por sua grande capacidade de destruição. Sem saber o que está ocorrendo, o professor Elliot Moore (Mark Wahlberg) apenas quer encontrar um meio de escapar do misterioso fenômeno. Apesar dele e sua esposa Alma (Zooey Deschanel) estarem em plena crise conjugal, os dois decidem partir para as fazendas da Pensilvania juntamente com Jess (Ashlyn Sanchez), sua filha de 8 anos, e Julian (John Leguizamo), um professor amigo de Elliot. Lá, eles acreditam que estarão a salvo, o que logo se mostra um equívoco. A direção é de M. Night Shyamalan, que, tradicionalmente, também faz uma ponta em seus filmes. “Fim dos Tempos” estréia nesta sexta-feira, no Cine 4 do Moviecom e na Sala 6 do Cinemark. Classificação indicativa 16 anos.
Pré-Estréia: “Jogo de Amor em Las Vegas”
Ela é dispensada pelo noivo; ele é demitido pelo próprio pai. Ambos decidem chorar as mágoas em Lãs Vegas. Após uma noite de muita diversão, acordam e descobrem que se casaram. Já sóbrios, apostam uma última moeda no caça-níquel… e ganham 3 milhões de dólares. A partir daí, eles têm de aprender a conviver, pois só poderão desfrutar do dinheiro se provarem que formam um casal estável. Outra alternativa será convencer o outro a desistir da relação, tornando-a um inferno. Com Cameron Diaz, Ashton Kutcher e Rob Corddry. A direção é de Tom Vaughan. “Jogo de Amor em Las Vegas” terá pré-estréia no Cine 2 do Moviecom (sessão 21h10) e na Sala 5 do Cinemark (sexta, sábado e quarta-feira, sessão 22h15). Classificação indicativa 12 anos.
Sessão Cult: “Sicko – S. O. S. Saúde”
O polêmico diretor americano Michael Moore investe, desta vez, contra o deficiente sistema de saúde americano. A partir do perfil de cidadãos comuns, somos levados a entender como milhões de vidas são destruídas por um sistema que, no fim das contas, só beneficia a poucos endinheirados. Ali vale a lógica de que, se você quer permanecer saudável nos Estados Unidos, é bom não ficar doente. E, depois de examinar como o país chegou a esse estado, o filme visita uma série de países com sistema de saúde público e eficiente, como Cuba e Canadá. A partir desta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 15h10. Classificação indicativa livre.
Lançamentos em DVD
“Meu Nome Não é Johnny”, em DVD
João Guilherme Estrella era um típico jovem da classe média, que viveu intensamente sua juventude. Inteligente e simpático, era adorado pelos pais e popular entre os amigos. Com espírito aventureiro e boêmio, mergulhou em todas as loucuras permitidas. E também nas não permitidas. No início dos anos 90, se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro. Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais. Em vez de festas, passou a freqüentar o banco dos réus. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.
“Vestida Para Casar”, em DVD
Jane, uma mulher romântica, totalmente altruísta que já foi dama de honra em 27 casamentos. Mas, seu próprio casamento de conto de fadas parece que não consta do roteiro de sua vida, até que Tess (Malin Akerman), sua irmã caçula, ganha o coração do chefe de Jane (Edward Burns) por quem ela é secretamente apaixonada. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Featurettes: A Festa de Casamento, Você Nunca Mais Vai Usar Isso, O Mundo de Jane, Cuidando das Noivas e Cenas Excluídas.
“Os Senhores da Guerra”, em DVD
Pang Qingyun (Jet Li) é quase morto em uma batalha, mas recupera seu desejo de viver após encontrar uma mulher misteriosa, que faz parte de um clã de ladrões. Pang fica amigo dos dois líderes do grupo, fazendo assim um pacto de irmandade de sangue. Os três agora estão juntos numa batalha para vencer as poderosas tropas imperiais que ameaçam a existência do povo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.
“A Felicidade Não Se Compra”, em DVD
“A Felicidade não se Compra” é um filme agradável, estrelado pelo inesquecível James Stewart, como o homem que recebe o maior de todos os presentes de Natal. O diretor Frank Capra apresenta a história de um chefe de família prestes a se suicidar e que recebe a visita de seu anjo da guarda, que lhe mostra o que seria da localidade se ele nunca tivesse existido. Com um fantástico elenco, incluindo Donna Reed e Lionel Barrymore, este conto natalino de altíssimo astral é dirigido pelo imortal Frank Capra e é considerado o favorito de todos os tempos por fãs e críticos. Indicado ao Oscar 1947 de Melhor Filme, Diretor, Ator (James Stewart), Som e Edição. Vencedor do Globo de Ouro 1947 de Direção. Curiosidade: na série “Esqueceram de Mim”, a família sempre assiste este filme no Natal.
Eventos“A História Oficial”, no Ciclo de Cinema e Ditadura na América Latina
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ciclo de filmes e debates sobre as ditaduras na história recente, apresenta, na próxima quinta-feira, dia 19, o longa-metragem “A História Oficial”, de Luis Puenzo. Na Buenos Aires dos anos 80, Alicia e seu marido Roberto vivem tranqüilamente com Gaby, sua filha adotiva. Porém, após o reencontro com uma velha amiga recém-chegada do exílio, Alicia começa a tomar conhecimento da cruel realidade do regime militar argentino, passando a questionar todas as suas certezas e o que considerava como verdade. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, além da Palma de Ouro de Melhor Atriz para Norma Aleandro. A exibição será no campus da UFRN, no Auditório B do CCHLA (Azulão), às 19 horas. Mais informações, através do e-mail gvitullo@hotmail.com.
“Ervas Flutuantes”, no Cine Vanguarda
O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular (TCP), apresenta neste domingo, dia 16, o longa-metragem “Ervas Flutuantes”, do diretor japonês Yasujiro Ozu. Ervas Flutuantes conta a história de uma companhia ambulante de atores de teatro kabuki, um espetáculo popular japonês, que por causa de um dos seus formadores, chega a uma pequena ilha de pescadores. Foi Komajuro, um ator de meia idade, quem quis aportar ali, para assim se aproximar de um filho que abandonou. A exibição começa às 17h, no TCP, ao lado da Fundação José Augusto. Os ingressos custam R$ 2,00.
Treco-nologia
Controle remoto universal
À medida que se monta um home theater, aumenta a quantidade de equipamentos, e, consequentemente, a de controles remotos. Para ajudar, a indústria oferece os controles remotos universais, que podem controlar todos os equipamentos, inclusive ar condicionado, cortinas e até a iluminação. O preço? Bem, nessa área você leva o produto equivalente ao que você paga. Se comprar o universal de camelô, baratinho, vai ter sorte se funcionar com a TV e o DVD. Não quer dizer que precisa comprar o mais caro, que pode chegar a mais de dois mil reais. Mas, existem no mercado controles remotos razoáveis, que permitem controlar a maior parte dos equipamentos, e, até mesmo fazer macros, que são grupos de comandos. Por exemplo: a macro “Assistir filme” pode ligar a tv, o DVD, o receiver e o ar condicionado. Equipamentos assim podem ser encontrados a partir de 150 reais.
Filme da Semana: “Sex and the City – O Filme”
Quando o longa-metragem “Sex and the City – O Filme” estreou, na semana passada, fiquei curioso a respeito da reação do público. A série de televisão produzida pela HBO, que já deixou de ser produzida há quatro anos, continua sendo reprisada em vários canais, com um sucesso crescente, principalmente entre as mulheres. Não havia dúvidas quanto a uma boa recepção por parte dos fãs do seriado, mas, e os outros? No melhor estilo “ame ou odeie”, o filme dividiu as opiniões dos espectadores.
As personagens principais – da série e do filme – são quatro mulheres. Desde 1998, o início do seriado, o tema é a vida de quatro amigas bonitas, bem sucedidas e com vidas amorosas bastante agitadas. A narradora é Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), jornalista, que mantêm uma coluna chamada Sex and the City, onde analisa as relações entre as pessoas que vivem em Nova York. Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) é advogada viciada em trabalho, que analisa os sentimentos da mesma forma que sua vida profissional. Charlotte York (Kristin Davis) é romântica que sonha em casar e ser feliz para sempre. Samantha Jones (Kim Cattrall) é ninfomaníaca e adora sexo, muito sexo.
Ao iniciar o filme, Carrie narra o que aconteceu entre o fim do seriado e os dias atuais. Miranda casou com o barman Steve (David Eigenberg) e vivem no Brooklyn com o filho Brady. A romântica Charlotte e seu marido Harry (Evan Handler) estão felizes criando Lily, a chinesinha que eles adotaram. Samantha continua como agente de Jerry Jason Lewis), está morando com ele na Califórnia, e sofrendo – literalmente – na carne para manter-se fiel.
Carrie, depois de muitos encontros e desencontros, mantém uma relação confortável com Mr Big (Chris Noth). Quando decidem comprar uma magnífica cobertura em Manhattan, de uma simples conversa sai a decisão de se casarem. Isso é o início de uma série de acontecimentos que vai tumultuar a vida dos dois, já que o casamento termina se tornando o evento da temporada.
Miranda, por sua vez, está em dificuldades no casamento. Dividida entre o trabalho, o filho, a casa, a sogra senil e tantas outras responsabilidades, deixa as coisas azedarem entre ela e Steve. A gota d’água é quando ele confessa ter tido uma aventura extra-conjugal, e que ela simplesmente não admite.
Charlotte, que sempre sofrera com o desejo de ter filhos, descobre que está grávida, e a sua felicidade contrasta com a tristeza de Samantha, cada vez mais infeliz por estar se anulando e indo contra a sua natureza. Para completar, tem um vizinho que só piora o seu estado de espírito.
As amigas terão que superar as dificuldades pessoais quando um desastre acontece no casamento de Carrie, que acaba antes de começar. Como sempre fizeram, elas terão que superar os próprios problemas, enfrentando-os com o suporte da amizade e união entre elas.
O grande mérito da produção do filme talvez tenha sido manter o mesmo grupo do seriado. Mais do que um simples episódio, é como se fosse uma minitemporada completa, explorando os 140 minutos na telona com a mesma ousadia que caracterizou o seriado.
Para quem gosta de moda – e de marcas – o filme está repleto de citações, com figurinos que deixam “O Diabo Veste Prada” no chinelo. Some-se a isto uma trilha sonora perfeita e uma fotografia que realça as paisagens urbanas da cidade mais charmosa do mundo. Quanto à questão inicial, como disse, as opiniões estão bem divididas, de modo que, na dúvida, assista, e forme o seu próprio julgamento.