Coluna Claquete – 01 de novembro de 2013


Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Chegamos a novembro, dia de Todos os Santos, talvez só assim pra acalmar esse Brasilzão confuso. Enquanto isso, nos cinemas, a única estreia da semana é o blockbuster “Thor – Mundo Sombrio”, terceiro filme com o personagem da Marvel. Continuam em cartaz as comédias nacionais “Meu Passado Me Condena” e “Mato Sem Cachorro”, o policial “O Conselheiro do Crime”, o drama espacial “Gravidade”, e a animação “Tá Chovendo Hambúrguer 2”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o thriller “Os Suspeitos”, e o drama nacional “O Abismo Prateado”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o ótimo drama nacional “Serra Pelada”, e o policial “Rota de Fuga”, com Stallone e Schwarzenegger.

 

Estreia 1: “Thor – O Mundo Sombrio

Depois dos acontecimentos de “Thor” e “Os Vingadores”, Thor (Chris Hemsworth) luta para restaurar a ordem em todo o cosmo. Mas, uma raça antiga de Elfos Negros, liderada pelo vingativo Malekith (Christopher Eccleston), um inimigo sombrio que antecede o próprio universo, retorna para afundá-lo novamente em trevas. Diante de um inimigo que nem Odin (Anthony Hopkins) pode combater, Thor deve embarcar em sua viagem mais perigosa e pessoal, que o reunirá com Jane Foster (Natalie Portman), que está possuída por um espírito maligno, conectado com os Elfos Negros, e o forçará a sacrificar tudo para salvar a todos. Thor terá que reconstruir Asgard, reunindo um exército para a batalha contra os Elfos Negros. Mas, a única maneira dele poder fazer isso é indo para o Mundo das Trevas, e a única pessoa que tem acesso a ele é seu irmão Loki (Tom Hiddelston), que está trancado em uma prisão. Thor, Loki e Jane vão para esse lado mais distante de Asgard, onde eles treinam e montam um exército para atacar o mundo dos Elfos Negros. A direção é de Alan Taylor. “Thor – O Mundo Sombrio” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2, 4 e 6 do Cinemark, e nas Salas 4 e 6 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas, 2D e 3D. (T. O.: “Thor: The Dark World”)

 

Sessão Cine Cult: “O Abismo Prateado

Violeta (Alessandra Negrini) é uma dentista casada e com um filho, que tem um dia normal de trabalho. Ao ouvir uma mensagem deixada na secretária do celular ela entra em desespero. A mensagem foi gravada por seu marido, Djalma (Otto Jr.), que disse que estava deixando-a e partindo para Porto Alegre. Ele pede para que Violeta não o siga, mas ela não segue o conselho e tenta viajar, o quanto antes, para a capital do Rio Grande do Sul. A direção é de Karim Aïnouz. “O Abismo Prateado” será exibido na terça-feira (05/11) e quinta-feira (07/11), na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 19h20. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “O Abismo Prateado”)

 

Especial: “A Ponte”
Esta semana fugirei um pouco da tradição para falar do seriado “A Ponte”. Mas, diferente de um seriado ao que estamos habituados, “A Ponte” (“Bron, Broe” no original) traz uma história única desenvolvida em dez episódios na primeira temporada. Diferente também na qualidade, pois as produções escandinavas não deixam a desejar se comparadas com as de Hollywood ou do resto da Europa.
A ponte que serve de título para a série é a ponte Øresund, uma monumental obra de engenharia que liga a capital da Dinamarca, Copenhagen com Malmö, a terceira maior cidade da Suécia. É exatamente no lugar que marca a fronteira dos dois países que é encontrado o cadáver de uma mulher.
Por conta desta localização invulgar do corpo, as polícias dos dois países são acionadas, mas, ao reconhecer uma política desaparecida, a policial sueca Saga Norén (Sofia Helin) assume imediatamente a investigação. O enviado da polícia dinamarquesa, Martin Rohde (Kim Bodnia) não se importa muito com isso, mas, ao remover o corpo, descobre-se que há duas metades diferentes, e a parte de baixo pertence a uma prostituta dinamarquesa também desaparecida.
Face a esta nova situação, Saga e Martin veem-se obrigados a trabalhar juntos, o que não é uma tarefa fácil. Saga tem um lado autista, é obcecada pelo trabalho e praticamente não tem vida pessoal. Martin, por sua vez, é mulherengo, tem cinco filhos de três casamentos, e fez recentemente uma vasectomia, da qual ainda não se recuperou totalmente.
O assassino parece disposto a brincar com as polícias dos dois países, lançando pistas e provocações através de um jornalista, Daniel Ferbé (Christian Hillborg), que é envolvido a contragosto, mas usa essa incomoda situação para projetar-se na mídia.
O serial killer comete vários crimes, sempre usando a explicação de que quer denunciar graves problemas sociais de seu país, como o racismo ou a imigração ilegal, o que provoca comoção na população em geral.
Ao longo da investigação Martin e Saga forçosamente se aproximam, e suas diferenças, de certo modo se complementam. O filho do primeiro casamento de Martin, August (Emil Birk Hartmann) tem dificuldade de se relacionar, e devido a isso, há uma conexão com Saga. Martin, por sua vez, consegue compreender a estranha lógica de Saga por uma ótica que seus próprios colegas não conseguem.
Os fatos vão se sucedendo, e percebe-se que Martin é um alvo importante para o assassino. Todos os caminhos levam à ponte, onde fatos acontecidos muitos anos no passado determinam o curso dos acontecimentos atuais.
Talvez o que torne “A Ponte” mais empolgante seja o fato de que os seus heróis não são personagens puros e imaculados como os que aparecem em Hollywood. Martin é gordo, mulherengo, de difícil relacionamento com a família, e tem fatos obscuros em seu passado. Saga, por sua vez, tem cicatrizes no rosto, vive sozinha, vê o sexo casual como uma coisa corriqueira, e aparenta sintomas da Síndrome de Asperger, uma forma de autismo.
A produção da minissérie é de uma qualidade impressionante, não apenas pelo roteiro extremamente consistente, como pela fotografia cuidadosa, mesclada com uma trilha sonora envolvente, que traz a ótima Hollow Talk, do grupo Choir of Young Believers, enquanto cenas das duas cidades e da ponte são mostradas.
Talvez não fique muito evidente para nós, brasileiros, cuja única divergência com nossos vizinhos seja a implicância com os argentinos por causa do futebol, mas, a serie explora diferenças seculares entre a Dinamarca e a Suécia que vem de séculos de disputas territoriais e de poder.
A série “A Ponte” fez tanto sucesso que já está em exibição um remake denominado “O Túnel”, onde a trama se passa entre a Inglaterra e a França, e o crime inicial acontece no Eurotúnel, no ponto exato da fronteira entre os dois países. Já está, também, em exibição outra temporada da série sueca, com os mesmos personagens, desta vez investigando jovens presos em um navio que encalha na mesmíssima ponte.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Universidade Monstros”
 
Mike Wazowski (Billy Crystal) e James P. Sullivan (John Goodman) são uma dupla inseparável em “Monstros S.A.”, mas nem sempre foi assim. Quando se conheceram na universidade, os dois jovens monstros se detestavam, com Mike sendo um sujeito estudioso, mas não muito assustador, e Sulley surgindo como o cara popular e arrogante, graças ao talento inerente para o susto. Após um incidente durante um teste, os dois são obrigados a participar da mesma equipe na olimpíada dos sustos. A equipe, por sinal, é formada por uma série de monstros desajustados, para o desespero de Sulley, acostumado a conviver com os caras mais populares da escola. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Monsters University”).
“Meu Malvado Favorito 2”
Gru (voz de Steve Carell/Leandro Hassum) mudou radicalmente sua vida e agora seu negócio é se dedicar às filhotas Agnes (Elsie Fisher), Edith (Dana Gaier) e Margo (Miranda Cosgrove), deixando de lado os tempos de vilão. Ele só não contava que seu passado de “ladrão da Lua” pudesse falar mais alto e ser responsável pelo seu recrutamento, através da AVL (Liga Anti-Vilões), para salvar o mundo na companhia da agente Lucy (Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros). Juntos, eles precisam localizar o criminoso que roubou a fórmula PX41, e Gru desconfia que um antigo “concorrente”, chamado El Macho (Beijamin Bratt/Sidney Magal), possa ser o responsável por essa maldade. Para completar os problemas, o parceiro Dr. Nefário (Russell Brand/Luiz Carlos Persy) resolveu abandoná-lo e Margo está vivendo seu primeiro amor. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Despicable Me 2”)
“Juan dos Mortos”
Juan (Alexis Díaz de Villegas) é um sujeito de 40 anos especializado na arte de não fazer nada. Um dia, se depara com uma misteriosa infecção que está transformando os habitantes de Havana em mortos-vivos famintos. Juan, como um bom cubano, decide começar um negócio ao lado do amigo Lazaro (Jorge Molina) para tirar vantagem da situação. Eles se especializam em assassinar zumbis e trabalham com o slogan “Matamos seus entes queridos”. O negócio acaba sendo afetado com o crescimento constante do número de infectados. Rara produção cubana dirigida por Alejandro Brugués. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital. (T. O.: “Juan de los Muertos”)
“A Última Tentação de Cristo”
Jesus (Willem Dafoe) é um carpinteiro que vive um grande dilema, pois é quem faz as cruzes com as quais os romanos crucificam seus oponentes. Resumindo, Jesus se sente como um judeu que mata judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele decide ir para o deserto, mas antes pede perdão a Maria Madalena (Barbara Hershey), que se irrita com Jesus, pois não se comporta como uma prostituta e sim como uma mulher que quer sentir um homem ao seu lado. Ao retornar, Jesus volta convencido de que é o filho de Deus e logo salva Maria Madalena de ser apedrejada e morta. Então reúne doze discípulos à sua volta e prega o amor, mas seus ensinamentos são encarados como algo ameaçador, então é preso e condenado a morrer na cruz. Já crucificado, é tentado a imaginar como teria sido sua vida se fosse uma pessoa comum.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Last Temptation of Christ”)


                                  Spéciale: «The Bridge»

Cette semaine, je fuis un peu de la tradition, a fin de parler de la sitcom «The Bridge». Mais contrairement à une série auquel nous sommes habitués, «The Bridge» («Bron, Broen» dans l’original) apporte une histoire unique développé en dix épisodes de la première saison. Aussi différent c’est la qualité, parce que les productions scandinaves sont comparables à Hollywood ou le reste de l’Europe.
Le pont qui sert de titre de la série est le pont de l’Øresund, une œuvre monumentale de l’ingénierie qui relie la capitale du Danemark, Copenhague, a Malmö, la troisième plus grande ville de Suède. C’est exactement dans l’endroit qui marque la frontière entre les deux pays qui se trouve le cadavre d’une femme.
En raison de cet emplacement inhabituel du corps, les polices des deux pays sont entraînés, mais en reconnaissant une politique manquant, la policier suédoise Saga Norén (Sofia Helin) prend immédiatement l’enquête. L’émissaire de la police danoise, Martin Rohde (Kim Bodnia) ne se soucie pas beaucoup à ce sujet, mais quand on enleve le corps, il s’avère qu’il ya deux moitiés différentes, et l’autre appartient à une prostituée danois, également disparue.
Compte tenu de cette nouvelle situation, Saga et Martin se trouvent contraints de travailler ensemble, ce qui n’est pas une tâche facile. Saga a un côté d’autiste de, est obsédé par le travail et n’a pratiquement aucune vie personnelle. Martin, quant à lui, est un coureur de jupons, a cinq enfants issus de trois mariages, et a récemment fait une vasectomie, qui n’a toujours pas complètement récupéré.
Le tueur semble prêt à jouer avec la police des deux pays, envoyant nouvelles perspectives et provocations par un journaliste Daniel Ferbé (Christian Hillborg), qui est impliqué contre son gré, mais utilise cette situation pour être exposé dans les médias.
Le tueur commet plusieurs crimes, en utilisant toujours l’explication qu’il desire signaler de graves problèmes sociaux de son pays, comme le racisme ou l’immigration clandestine, ce qui provoque émoi dans la population générale.
Tout au long de la recherche, Martin et Saga nécessairement s’approchent, et les différences, dans une certaine forme, se complémentent. Le fils du premier mariage de Martin, August (Emil Birk Hartmann) a difficulté de relationement, et à cause de cela, il ya un lien avec Saga. Martin, à son tour, peut comprendre l’étrange logique de Saga par une optique que ses propres collègues n’arrivent pas.
Les événements se succédent, et on rend compte que Martin est une cible importante pour le tueur. Tous les chemins mènent au pont, où les événements qui ont eu lieu de nombreuses années dans le passé déterminent le cours des événements actuels.
Peut-être ce qui rend «The Bridge» le plus excitant est le fait que leurs héros ne sont pas des caractères purs et sans tache que celles de Hollywood. Martin est gras, coureur de jupons, les relations familiales difficiles, et a faits obscurs dans leur passé. Saga, à son tour, a des cicatrices sur son visage, vit seul, voi sex occasionnel comme quelque chose de banal, et apparaît symptômes du syndrome d’Asperger, une forme d’autisme.
La production de la mini-série est une qualité fantastique, pas seulement le script extrêmement cohérent, comme l’image soigneuse, fusionné avec une bande sonore fantastique, du groupe Choir of Young Believers, tandis que les scènes des deux villes et pont sont affichés.
Peut-être pas très évident pour nous, Brésiliens, dont la seule différence avec nos voisins est une bêtise avec les Argentins à cause de football, mais la série explore les différences séculaires entre le Danemark et la Suède qui vient de siècles de conflits territoriaux et de puissance.
La série «The Bridge» a été un tel succès que déjà présenté un remake appelé «The Tunnel», où l’intrigue se déroule entre l’Angleterre et la France, et le crime initial arrive à Eurotunnel, le point exact de la frontière entre les deux pays. Est maintenant également en vedette une autre saison de la série suédoise, avec les mêmes personnages, cette fois pour enquêter sur des jeunes pris au piège dans un navire qui s’échoue sur la même pont.

                      Special: “The Bridge”
This week I flee from tradition to speak about the sitcom “The Bridge”. But unlike usual sitocns we are used to, “The Bridge” (“Bron, Broe” in the original) brings a unique history developed in ten episodes in the first season. Also different in quality, because the Scandinavian productions not fall short when compared with Hollywood or the rest of Europe.
The bridge that serves as the title for the series is the Øresund Bridge, a monumental piece of engineering that connects the capital of Denmark, Copenhagen, with Malmö, the third largest city of Sweden. It is exactly in the place that marks the border between the two countries where is found the corpse of a woman.
Because of this unusual location of the body, the police of the two countries are driven, but by recognizing a missing politician, the Swedish policewoman Saga Norén (Sofia Helin) immediately assumes the investigation. The envoy of the Danish police, Martin Rohde (Kim Bodnia) does not care much about it, but when they try to remove the body, it turns out that there are two different halves, and the bottom belongs to a Danish prostitute, also missing.
Given this new situation, Saga and Martin find themselves forced to work together, which is not an easy task. Saga has a side autistic, is obsessed with work and has virtually no personal life. Martin, meanwhile, is a womanizer, has five children from three marriages, and recently did a vasectomy, which still has not fully recovered.
The killer seems willing to play with the police of the two countries, delivering new perspectives and provocations through a journalist, Daniel Ferbé (Christian Hillborg), which is involved unwillingly, but uses this situation to exhibit himself in the media.
The serial killer commits several crimes, always using the explanation that eh wanted to report serious social problems of his country, like racism or illegal immigration, which caused commotion in the population.
Throughout the research and Martin Saga necessarily approximate, and their differences, in a certain way, complement each other. The son of the first marriage of Martin, August (Emil Birk Hartmann) has difficulty in relating with other people, and because of this, there is a connection with Saga. Martin, in turn, can understand the strange logic Saga by an optic that her own colleagues fail.
The events happen, and soon they realize that Martin is an important target for the killer. All ways lead to the bridge, where facts that took place many years in the past determine the course of current events.
Perhaps what makes “The Bridge” most exciting is the fact that their heroes are not characters pure and spotless as those appearing in Hollywood. Martin is fat, womanizing, has difficult family relationships, and also have obscure facts in their past. Saga, in turn, has scars on his face, lives alone, sees casual sex as something trivial, and appears symptoms of Asperger’s Syndrome, a form of autism.
The production of the miniserie is fantastic quality, by the script extremely consistent, a fantastic photography, merged with an envolving soundtrack, whith Hollow Talk, from group Choir of Young Believers, while scenes of the two cities and the bridge are shown.
May not be very obvious to us, Brazilians, whose only difference with our neighbors is a quarrel with the Argentines because of soccer, but the series explores secular differences between Denmark and Sweden that comes from centuries of territorial and power disputes.
The series “The Bridge” was so successful that already featured a remake called “The Tunnel”, where the plot takes place between England and France, and the initial crime happens in Eurotunnel, the exact point of the border between the two countries. Is now also featured another season of Swedish, with the same characters, this time investigating young people trapped in a ship that washes up on the very same bridge.