Coluna Claquete – 17 de janeiro de 2014

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Entre os Globo de Ouro e o Oscar, começam a despontar os filmes mais comentados, como “O Lobo de Wall Street”, e “Azul é a Cor Mais Quente”, na Sessão Cine Cult. Além deles, teremos as estreias da animação “Tarzan – A Evolução da Lenda”, do documentário “Caminhando com Dinossauros”, e a comédia nacional “Muita Calma Nessa Hora 2”. Continuam em cartaz o drama nacional “Confissões de Adolescente”, o romance “De Repente, Pai” (vejam na seção Filmes da Semana), a animação “Frozen – Uma Aventura Congelante”, e a comédia nacional “Até Que a Sorte Nos Separe 2”.

 

Estreia 1: “Tarzan – A Evolução da Lenda

Após seus pais serem mortos, um bebê é criado por uma gorila, que passa a tratá-lo como se fosse seu filho. Ao crescer ele se torna Tarzan (Kellan Lutz), o rei da selva. É quando precisa enfrentar um exército de mercenários enviado à floresta por um malvado executivo da Greystoke Energies, a empresa que um dia pertenceu aos pais de Tarzan. Para enfrentá-los ele conta com a ajuda de Jane Porter (Spencer Locke), uma jovem que chega à floresta após um acidente no avião em que estava. A direção é de Reinhard Klooss. “Tarzan – A Evolução da Lenda” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Tarzan”)

 

Estreia 2: “Caminhando Com Dinossauros

Pela primeira vez na história do cinema, o público vai realmente ver e sentir como era quando os dinossauros dominavam a Terra. “Walking With Dinosaurs” é a experiência total de imersão, utilizando o 3D para colocar o público no meio de um mundo emocionante e épico pré-histórico, onde um dinossauro indefeso se tornará o herói. Baseado na série de TV enorme sucesso e no show, que já arrecadou mais de US$ 250 milhões em bilheteria em todo o mundo. A direção é de Barry Cook. “Caminhando Com Dinossauros” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, e na Sala 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 3D. (T. O.: “Walking With Dinosaurs”)

 

Estreia 3: “Muita Calma Nessa Hora 2

Três anos após a viagem de Búzios, as quatro amigas se encontram no Rio de Janeiro. Estrella (Débora Lamm) acaba de voltar da Argentina, Aninha (Fernanda Souza) está indecisa com a consulta de uma vidente, Tita (Andréia Horta) voltou da Europa em busca de um trabalho como fotógrafa, e Mari (Gianne Albertoni) está trabalhando na produção de um festival de música. Juntas novamente, elas vão embarcar em novas aventuras. A direção é de Felipe Joffily. “Muita Calma Nessa Hora 2” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2 e 6 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Muita Calma Nessa Hora 2”)

 

Estreia 4: “Azul é a Cor Mais Quente (Sessão Cine Cult)

Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente. “Le Bleu est une Couleur Chaude” é uma adaptação das histórias em quadrinho homônimas, escritas e desenhadas por Julie Maroh, e publicadas em 2010. A direção é de Abdellatif Kechiche. “Azul é a Cor Mais Quente” será exibido na terça-feira (21/01) e quinta-feira (23/01), na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 21h50. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “La Vie d’Adèle – Chapitres 1 et 2”)

Pré-estreia: “O Lobo de Wall Street

O filme é adaptação do livro de memórias de Jordan Belfort, um corretor de títulos da bolsa norte-americana que entrou em decadência nos anos 90. “O Lobo de Wall Street” mostra a trajetória de Belfort (Leonardo DiCaprio) no mundo das finanças. Movido a drogas, o executivo constrói rapidamente uma considerável riqueza ao vender ações de empresas de fundo de quintal a pequenos investidores com a promessa de riqueza fácil. O filme venceu o Globo de Ouro de Melhor Ator de Comédia/Musical (DiCaprio) A direção é de Martin Scorsese. “O Lobo de Wall Street” terá pré-estreia nesta semana, na Sala 1 do Cinemark (sessão de 21h40) e na Sala 2 do Moviecom (sessão de 20h45). Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “The Wolf of Wall Street”)

 

Filmes da Semana: 
“De Repente, Pai” e “Rush – No Limite da Emoção”
O que você faria se descobrisse ser pai de 533 filhos? Este é o tema de “De Repente, Pai”, um filme que é anunciado como comédia, embora trate de um extremamente delicado e importante, sobre qual é o verdadeiro papel da paternidade.
O filme em cartaz, “De Repente, Pai”, é na verdade uma refilmagem da produção canadense “Meus 533 Filhos” (“Starbuck”), de 2011, ambos dirigidos por Ken Scott. É curioso uma refilmagem em tão pouco tempo, mas, como o filme original é falado em quebecois, o francês canadense, é natural que se quisesse fazer uma versão falada em inglês para o mercado americano, pouco habituado a ler legendas. E, acreditem se quiserem, foi feita mais uma versão, francesa (!), com o título “Fonzy”.
As versões são idênticas, centradas no personagem David Wozniak (Vince Vaughn, na versão americana, Patrick Huard, na original), um boa-vida que quando jovem ganhava dinheiro doando esperma para um banco de fertilização.
Vinte anos depois, David continua na mesma atitude em relação à vida, o que lhe causa sérios problemas com a atual namorada, Emma (Cobie Smulders), uma policial séria, que descobre estar grávida, mas não considera David o pai ideal.
Ao mesmo tempo, David é informado que é objeto de uma ação judicial contra o banco de fertilização para o qual doava, e que foi usado para gerar nada menos que 533 filhos! E o problema é que 142 destes jovens queriam conhecer a identidade de seu pai biológico.
A princípio assustado pela repercussão da notícia, David fica curioso sobre os seus “filhos” e resolve conhece-los, sem se identificar. As surpresas são muitas, como a garota ex-viciada em drogas, o garçom que aspira ser ator, o garoto com paralisia cerebral, e muitos outros. Aos poucos, ele vai percebendo a beleza de ser pai, enquanto luta com problemas financeiros, desavenças familiares e as dificuldades com a namorada.
Apesar do roteiro sem novidades e um final previsível, o filme traz uma provocação interessante: o que é ser pai? No nosso paraíso tropical ser pai biológico implica na responsabilidade legal, por isso a história não aconteceria aqui. Mas, o fato de saber que um ser é parte sua sempre deve ser emocionante, a menos que a pessoa seja desses que se resumem a si mesmos.
Mas, e o que cria? No filme não fica claro a relação com os pais de criação, mas a busca pela origem despertou no protagonista um orgulho pela sua “prole” e o desejo de ser pai em todos os sentidos, na geração e criação. Num processo inverso ao natural, foram os filhos que educaram e amadureceram o seu pai.
As duas versões são muito parecidas, embora Vince Vaughn seja aquele ator de um personagem único. Para quem quer conhecer o francês que se fala no Canadá é uma boa oportunidade, embora eu só tenha entendido meia dúzia de falas, mesmo tendo estudado quatro anos da língua de Victor Hugo e Jules Verne.
Outro filme que me encantou neste final de semana foi “Rush – No Limite da Emoção”, que trata da rivalidade entre os pilotos de Fórmula 1 James Hunt e Nikki Lauda no campeonato de 1976, um dos mais marcantes de toda a história do esporte.
O filme mostra um pouco dos antecedentes dos dois pilotos, quando ainda eram novatos nas competições de base. James Hunt, vivido pelo “Thor” Chris Hemsworth, já andava sempre às voltas com a velocidade, mulheres e bebidas, não necessariamente nesta ordem, enquanto o austríaco Nikki Lauda (Daniel Brühl) investia sério em sua carreira com muita técnica e planejamento.
Com diferentes meios, os dois pilotos conseguem penetrar no seleto mundo da Fórmula 1, numa época onde os riscos faziam parte da emoção do esporte, os acidentes eram frequentes, e pelo menos dois pilotos morriam cada ano.
O campeonato de 1976 foi disputadíssimo, com Hunt e Lauda revezando-se nos primeiros lugares, com vantagem para o austríaco, até que este sofreu um sério acidente em Nurburgring, na Alemanha, onde seu carro incendiou-se, e ele ficou preso nas ferragens por vários minutos, quase perdendo a vida e sofrendo muitas queimaduras.
Com muita determinação, Lauda retornou ao campeonato 42 dias depois do acidente, o que alimentou mais a atenção do mundo do automobilismo, numa disputa que só seria decidida nos minutos finais da última corrida da temporada.
Embora o filme focalize dos dois pilotos, aquela época a Fórmula 1 tinha grandes nomes em atuação, como Clay Regazzoni, Mario Andretti, Jacques Laffite, e quatro brasileiros: Emerson Fittipaldi, Ingo Hoffmann, Alex Dias Ribeiro e José Carlos Pace. Fittipaldi, de certa forma, contribuiu para a permanência de James Hunt na Fórmula 1, já que foi a vaga do brasileiro na McLaren que Hunt ocupou quando Emerson foi para a Copersucar.
Outro ponto interessante do filme é a questão da segurança dos pilotos, à qual não se dava muita importância na época, e que, a partir de 1976, passou a ser reformulada, com exigências de condições mais seguras das pistas e restrições mais rígidas para os carros.
Não há como não perceber uma certa simpatia na forma como Lauda é mostrado no filme, com seu jeito de bom moço, fazendo tudo certinho, enquanto Hunt é mostrado num retrato bem fiel, com um estilo de vida de bon vivant. Mas, como o próprio Lauda testemunha, apesar da rivalidade, Hunt era quem ele mais respeitava no ambiente da Fórmula 1. Quase não é lembrado seu ato de heroísmo, no acidente no GP da Itália, em 1978, em que morreu Ronnie Peterson, e Hunt ajudou a retirar o piloto sueco do carro ainda em chamas.
Tecnicamente, “Rush – No Limite da Emoção” traz uma recriação de época perfeita, com boas atuações (embora Hemsworth sempre pareça ser o Thor perdido na Terra), e com um roteiro tão bem feito, que mesmo tratando-se de fatos bem conhecidos, acompanhados pela maioria das pessoas, ainda consegue manter presa a atenção do espectador até os minutos finais.
Livros de cinema:

“Cinema japonês na Liberdade”
Com linguagem precisa e agradável até para quem não é cinéfilo, Alexandre Kishimoto traz para o leitor uma ampla percepção do passado do cinema japonês no Brasil, que chegou até nós através de projeções ambulantes no meio rural, por volta de 1926, e sofreu sob a repressão do regime de Getúlio Vargas à colônia nipônica na década de 1940, a constante catarse provocada pelos filmes japoneses nos espectadores, a diversidade em gêneros e estilos dessa produção cinematográfica e sua influência na obra de cineastas brasileiros. Nos anos 1950, enquanto o resto do planeta descobria e reverenciava Akira Kurosawa e um ou outro cineasta do Japão, o cinema daquele país era amplamente conhecido e vivenciado pelo paulistano, que chegou a ter quatro salas de exibição destinadas exclusivamente aos filmes das principais produtoras japonesas. 304 p – Editora Estação Liberdade.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Jobs”
De hippie sem foco nos estudos a líder de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Este é Steve Jobs (Ashton Kutcher), um sujeito de personalidade forte e dedicado, que não se incomoda de passar por cima dos outros para atingir suas metas, o que faz com que tenha dificuldades em manter relações amorosas e de amizade. Cinebiografia de uma das personalidades mais controversas da recente história americana. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Jobs”)
“3096 Dias”
O filme é baseado na história real de Natascha Kampusch, que foi raptada e mantida em cativeiro entre os anos de 1998 e 2006. Capturada em uma rua de Viena aos dez anos, o longa narra sua vida ainda em liberdade, passando pelo período de isolamento completo do mundo exterior, onde sofreu abusos físicos e psicológicos, até o momento de sua fuga e readaptação a vida em sociedade. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “3096 Tage”)
“O Capital”
Os cidadãos do século XXI são escravos do Capital: sofrem com os problemas e celebram os triunfos. Esta é a história da ascensão de um escravo do sistema que se transforma em seu mestre. O trabalhador Marc Tourneuil (Gad Elmaleh) se aventura no mundo feroz do Capital. Ao mesmo tempo, o chefe de um importante banco de investimentos europeu se apega ao poder, quando uma empresa americana tenta comprá-los. “O Capital” é uma adaptação do romance homônimo escrito por Stéphane Osmont. O título do livro é uma referência à obra mais conhecida de Karl Marx. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Le Capital”)
“Mogambo”
No Quênia, o caçador Victor Marswell (Clark Gable) se envolve com Eloise Y. Kelly (Ava Gardner), uma mulher que se desencontrou de um marajá. Após a partida dela, Victor recebe Linda (Grace Kelly), a esposa do antropólogo Donald Nordley (Donald Sinden), que contratou seus serviços. As duas nunca deveriam ter se encontrado mas, após a chegada dos Nordley, um acidente faz com que Eloise seja obrigada a voltar para o acampamento, que logo é fechado, pois Donald quer ir para a região dos gorilas. Assim fica combinado que Eloise irá com eles e, em determinado ponto, seguirá seu próprio caminho. Porém no caminho de ambas está Victor. Direção de John Ford. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Mogambo”)

 

Films de la semaine: « Delivery Man » et « Rush »
Que faites-vous si vous avez découvrez être père de 533? C’est le thème de « Delivery Man », un film qui est annoncé comme une comédie, mais il traite d’un sujet extrêmement délicate et importante, sur ce qui est le véritable rôle de la paternité.
Le film en affiche, « Delivery Man », est en fait un remake de la production canadienne « Starbuck », de 2011, les deux réalisé par Ken Scott. Une autre production, « Fonzy », est la version française du même sujet. C’est drôle un remake si tôt, mais, comme le film original est parlée en québécois, il est naturel de vouloir faire une version anglaise pour le marché américain, qui n’y a pas l’habitude de lire les sous-titres.
Les deux versions sont identiques, centrées sur le personnage de David Wozniak (Vince Vaughn, dans la version américaine, Patrick Huard à l’original) un bon vivant qui, quand jeune gagnait de l’argent donnait de sperme à une banque de la fécondation.
Vingt ans plus tard, David est toujours la même attitude envers la vie, qui lui cause de sérieux problèmes avec sa petite amie, Emma (Cobie Smulders), une agente de police très sérieuse, qui découvre qu’elle est enceinte, mais ne considère pas David comme un père idéal.
Au même temps, David est informé qui il est l’objet d’une action en justice contre la banque pour la fertilisation qui a donné du sperme, et que a été utilisé pour générer pas moins de 533 enfants! Et le problème est que 142 de ces jeunes gens voulaient connaître l’identité de son père biologique.
Au début surpris par l’impact des nouvelles, David est curieux au sujet de ses « enfants » et décide de les rencontrer, sans s’identifier. Les surprises sont nombreuses, comme la fille ex-toxicomane, le serveur qui aspire à être comédien, l’enfant atteint de paralysie cérébrale, et bien d’autres. Peu à peu, il se rendra compte de la beauté d’être un parent tout en luttant avec des problèmes financiers, la discorde familiale, et des difficultés avec sa petite amie.
Malgré le scénario sans nouveautés et prévisible, le film présente une provocation intéressante: que est être un père? Comme dans notre paradis tropical, pour être le père biologique implique la responsabilité juridique, cette histoire jamais se passerait par ici. Mais la connaissance que une autre être est une partie de toi est toujours passionnant, sauf si la personne est un grand égoïste.
Mais, et ce que crée? Dans le film on ne sait pas les relations entre les fils et les parents d’accueil, mais la recherche de l’origine réveillé dans le protagoniste la fierté de sa « progéniture » et le désir d’être un père dans tous les sens, de la génération et de la création. À l’inverse du processus naturel, sont les enfants qui ont éduqué et élevé son père.
Les deux versions sont très similaires, bien que Vince Vaughn est un acteur à un seul caractère. Pour ceux qui veulent entendre le français parlé au Canada, c’est une bonne chance, ainsi que je ne comprenais plus que une douzaine de dialogues, même après avoir étudié pendant quatre ans la langue de Victor Hugo et Jules Verne.
Un autre film qui m’a charmé ce week-end était « Rush », qui traite de la rivalité entre les pilotes de Formule 1 James Hunt et Nikki Lauda dans le championnat 1976, un des plus remarquables de toute l’histoire de ce sport.
Le film montre un peu de l’arrière-plan des deux pilotes, alors qu’ils étaient encore novices dans les compétitions base. James Hunt, joué par le « Thor » Chris Hemsworth, a toujours fait le tour avec la vitesse, la boisson et les femmes, pas nécessairement dans cet ordre, alors que l’autrichien Nikki Lauda (Daniel Brühl) investait sérieusement dans sa carrière avec une grande technique et planification.
Avec des moyens différents, les deux pilotes peuvent pénétrer le restreitn monde de la Formule 1, à une époque où les risques étaient partie du plaisir du sport, les accidents étaient fréquents, et au moins deux pilotes étaient morts chaque année.
Le championnat 1976 a été chaudement disputé, avec Hunt et Lauda à tour de rôle à la première place, avec avantage pour l’autriche, jusqu’à ce qu’il a subi un grave accident au Nürburgring, en Allemagne, où sa voiture a pris feu et il a été emprisonné dans pendant plusieurs minutes, presque perdant sa vie et en souffrent de nombreuses brûlures.
Avec une grande détermination, Lauda retourné au championnat 42 jours après l’accident, fait que a alimenté plus d’attention du monde de l’automobile, un différend qui ne serait décidé aux dernières minutes de la dernière course de la saison.
Bien que le film se concentre des deux pilotes, cette saison de Formule 1 avait de grands noms dans l’action, comme Clay Regazzoni, Mario Andretti, Jacques Laffite, et quatre brésiliens: Emerson Fittipaldi, Ingo Hoffmann, Alex Dias Ribeiro et José Carlos Pace. Fittipaldi, en quelque sorte, a contribué à la continuité de James Hunt dans F1, car c’était le poste du brésilien que l’anglais a tenu à McLaren quand Emerson est allé à Copersucar.
Un autre point intéressant du film est la question de la sécurité des pilotes, à que ne se souciait pas beaucoup à l’époque, et, à partir de 1976, a été reformulée aux exigences des conditions de circuits avec restrictions plus sûrs et plus rigides en matière de voitures.
On ne peut pas s’empêcher de remarquer une certaine sympathie de la manière comme Lauda est montré dans le film, avec sa façon de bon gars, en faisant tout droit, tandis que Hunt est représenté dans un portrait très fidèle, avec un style de vie bon vivant. Mais, pour le témoin du propre Lauda, ​​malgré la rivalité, Hunt a été ce qui il respectait plus dans l’environnement de Formule 1.N’est guère souvenu de son acte d’héroïsme dans l’accident au Grand Prix d’Italie en 1978, quand est mort Ronnie Peterson, et Hunt a contribué à sortir le pilote suédois de la voiture toujours en feu.
Techniquement, « Rush » apporte une récréation parfaite d’époque, avec de bonnes performances (bien que Hemsworth semble toujours Thor perdu sur la Terre), et un scénario bien fait, même dans le cas des faits très connus, accompagné par la plupart des gens, gère encore à garder l’attention du spectateur jusqu’à la fin.

 

Movies of the Week: “Delivery Man” and “Rush”

What would you do if you discover that you are father of 533 children? This is the theme of “Delivery Man”, a movie that is sold as a comedy, though it delas with an extremely delicate and importante subject, about what is the true role of fatherhood.

This movie is actually a remake of canadian production “Starbuck”, 2011, both directed by Ken Scott. It is curious a remake so soon, but as the original film is spoken in Quebecois (Canadian French), it is natural Hollyood to want a spoken English version for the American market, not used to reading subtitles. Believe it, or not, there is a third version, french, with the title “Fonzy”.

Both versions are identical, centered on the character David Wozniak (Vince Vaughn, in the American version, Patrick Huard in the original) a man that in his youth earned money donating sperm to a bank of fertilization.

Twenty years later, David is still the same attitude towards life, which causes him big problems with the current girlfriend, Emma (Cobie Smulders), a serious police officer, who discovers to be pregnant, but does not consider David the ideal father.

At the same time, David is informed that he is the subject of a lawsuit against the fertilizationbank for which donated, and that was used to generate no less than 533 children! The problem is that 142 of these young people wanted to know the identity of his biological father.

At first startled by the impact of the news, David is curious about his “children” and decides to meet them, without identifying himself. The surprises are many, such as an ex-addicted girl, the waiter who aspires to be an actor, the kid with cerebral palsy, and many others. Gradually, he realizes the beauty of being a parente, while struggling with financial problems, family quarrels, and difficulties with his girlfriend.

Despite the script uneventful and predictable ending, the film presents an interesting provocation: what is being a father? In our tropical paradise to be biological father implies legal liability, so this story would never happen here. But knowing the fact that a human being is a part of you should always be exciting, unless the person is a great selfish.

But, and the one that fosters? In the film it is not clear the relationship with the foster parents, but the search for the origin awakens a pride in the protagonist for his “offspring” and the desire to be a father in all senses. In reverse of the natural process, the children educate and mature their father.

The two versions are very similar, although Vince Vaughn is one actor of “a single character”. For those who want to know the French spoken in Canada is a good chance, although I only understood a dozen lines, even having studied during four years the language of Victor Hugo and Jules Verne.

Another movie that charmed me this weekend was “Rush”, which deals with the rivalry between Formula 1 drivers James Hunt and Nikki Lauda in the 1976 championship, one of the most remarkable in the whole history of the sport.

The film shows a bit of the background of the two pilots, when they were still novices in basic competitions. James Hunt, played by “Thor” Chris Hemsworth, has always walked around with speed, drink and women, not necessarily in that order, while the austrian Nikki Lauda (Daniel Brühl) invested seriously in his career with great technique and planning.

With different means, both riders succeed in penetrate the select world of Formula 1, in an age where risks were part of the thrill of the sport, accidents were frequent, and at least two pilots died each year.

The 1976 championship was fiercely competitive, with Hunt and Lauda taking turns in first place, with advantage to the austrian, until he suffered a serious accident at the Nurburgring in Germany, where his car caught fire and he was trapped in for several minutes, almost losing his life and suffering many burns.

With great determination, Lauda returned to the championship 42 days after the accident, which fueled more attention from the world of motoring, a dispute that would only be decided in the final minutes of the last race of the season.

Although the movie focuses of the two pilots, that season of Formula 1 had big names in action, as Clay Regazzoni, Mario Andretti, Jacques Laffite, and four brazilian racers: Emerson Fittipaldi, Ingo Hoffmann, Alex Dias Ribeiro and José Carlos Pace. Fittipaldi, in a way, contributed to the permanence of James Hunt in Formula 1, since he got the job of the brazilian at McLaren, when Emerson went to Copersucar.

Another interesting point of the film is the question of the safety of drivers, of less importance at that time, and, after 1976, it was reformulated with requirements of safety conditions for circuits and more rigid restrictions regarding the cars.

One can not deny a certain sympathy in the way Lauda is shown in the film, with his way of good guy, doing everything right, while Hunt is shown – in a very faithful portrait, with a bon vivant lifestyle. But as Lauda witness, despite the rivalry, Hunt was whom he respected most in the Formula 1 environment.Is hardly remembered his act of heroism in the accident in the Italian Grand Prix in 1978, when died Ronnie Peterson, and Hunt helped pull the swedish racer from his car still on fire.

Technically, “Rush” brings a perfect recreation of the time, with good performances (though Hemsworth always seems to be Thor lost on Earth), and a so well done script, that even in the case of facts well known, accompanied by most people, yet manages to keep the viewer’s attention until the final minutes.