Coluna Claquete – 22 de agosto de 2014

 

Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  – @colunaclaquete

  

O que está em cartaz

A campanha eleitoral esquenta, e começa o festival de baixarias, quer dizer, a propaganda eleitoral gratuita no radio e TV. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são a ação “Os Mercenários 3”, a comédia “Sex Tape: Perdido na Nuvem”, e a animação “Turma da Mônica: Cinegibi 4 – Meninos e Meninas”. Nesta semana, teremos também a reexibição de “Lawrence da Arábia”, uma superprodução de David Lean. Continuam em cartaz a aventura “As Tartarugas Ninja”, a cinebiografia “Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho”, a animação “O Que Será de Nozes?”, a comédia nacional “Vestido Para Casar”, e as ficções-científicas “Guardiões da Galáxia” e “Planeta dos Macacos – O Confronto”. Nas programações exclusivas o Moviecom mantém a comédia romântica “Juntos e Misturados”. Na seção Especial, matéria sobre A Grande Locadora do Ciberespaço.

Estreia 1: “Os Mercenários 3”

Barney (Sylvester Stallone) e sua trupe de mercenários resgatam Doc (Wesley Snipes), um dos integrantes originais do grupo, que estava preso há oito anos. Logo em seguida eles partem para cumprir uma missão, onde têm uma grande surpresa: o reencontro com Conrad Stonebanks (Mel Gibson), que Barney acreditava ter matado. Antigos colegas que se tornaram inimigos, Barney e Conrad agora se enfrentam em um grande duelo onde os demais mercenários acabam sendo também envolvidos. A direção é de Patrick Hughes. O elenco conta ainda com Jason Statham, Arnold Schwarzenegger, Harrison Ford, Antonio Banderas e Jet Li. “Os Mercenários 3” está em exibição nas Salas 4 e 7 do Moviecom, Salas 1 e 2 do Cinemark, Salas 1, 5 e 6 do Natal Shopping, e Salas 1 e 4 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Expendables 3”)

 

Estreia 2: “Sex Tape: Perdido na Nuvem”

Quando Jay (Jason Segel) e Annie (Cameron Diaz) se conheceram, o romance era intenso, mas, dez anos e dois filhos depois, a chama do amor deles começa a se apagar. Para apimentar um pouco a coisa, eles decidem — por que não? — gravar um video de uma maratona de três horas onde eles tentam fazer todas as posições do livro A Alegria do Sexo. Parece uma grande ideia, até eles descobrirem que o seu vídeo não é mais tão privado assim. Com a reputação em jogo, e sabendo que estão a apenas um clique de terem sua intimidade revelada ao mundo, eles partem em uma corrida para evitar que o video vaze, o que dá aos dois uma noite inesquecível e mostra que o vídeo pode ser ainda mais revelador do que eles imaginavam. A direção é de Jake Kasdan. “Sex Tape: Perdido na Nuvem” está em exibição na Sala 3 do Moviecom, Sala 3 do Cinemark, Salas 5 e 6 do Natal Shopping, e Sala 3 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Sex Tape”)

Estreia 3: “Lawrence da Arábia”

Conheça a história real de T. E. Lawrence (Peter O’Toole), um jovem tenente inglês que, insatisfeito com o trabalho de preencher mapas no quartel general durante a Primeira Guerra Mundial, acabou enviado para o deserto como observador, na região onde fica a atual Arábia Saudita. Simpatizando com os costumes e povos da região, acabou tendo uma decisiva participação na histórica união dos povos árabes contra os turcos. O filme mostra quatro episódios principais da vida de Lawrence durante a sua estada na Arábia: a conquista de Aqaba, o seu rapto e tortura pelos turcos em Deraa, o massacre de Tafas, e o fim do sonho árabe de Damasco. Filme vencedor de sete Oscar, incluindo Melhor Filme e Diretor. A direção é de David Lean. “Lawrence da Arábia” será exibido na Sala 7 do Cinemark no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m, e na quarta-feira, às 19h30. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Lawrence of Arabia”)

 

Estreia 4: “Turma da Mônica: Cinegibi 4 – Meninos e Meninas”

A turminha da Mônica está de volta em mais um super sucesso, cheio de planos infalíveis e muitas coelhadas! São sete episódios muito divertidos: 01. Mônica, A Famosa 02. Venha à Minha Festinha 03. Brincando de Boneca 04. Os Brincos Novos Que a Mamãe Comprou 05. Os Cinco Fios Mágicos 06. A Nova Babá 07. A Minhoca Encantada  A direção é de Maurício de Sousa. “Turma da Mônica: Cinegibi 4 – Meninos e Meninas” será exibido na Sala 3 do Natal Shopping, e Sala 6 do Norte Shopping, ambas no sábado às 11h00. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Turma da Mônica: Cinegibi 4 – Meninos e Meninas”)

  

Especial: A grande locadora do ciberespaço
O assunto que tratarei hoje certamente trará reações bem diversas entre os meus leitores, já que para os mais novos será um tema ultrapassado, e para os mais “experientes”, talvez se configure em um enigma padrão “decifra-me ou te devoro”. Dando prosseguimento ao que fazer com os órfãos das locadoras físicas, vamos tratar dos filmes descarregados da internet.
Embora muita gente considere isso uma atividade pirata, partindo do princípio que quem o faz é para seu uso, e não para comercialização, não creio que se trate de nada ilegal, imoral ou que engorde. Além do mais, existem muitos e muitos filmes que não estão disponíveis em meio físico, e que só podem ser encontrados através da internet.
Existem diversas formas e fontes para se descarregar um filme da internet. O mais óbvio, e o mais fácil de ser enquadrado como ilegal, é aquele site onde o arquivo é mantido inteiro, para ser baixado diretamente, de graça ou por meio de um pagamento. Esse tipo de site, muitas vezes, esconde armadilhas com vírus e outros programas maliciosos que trazem tremendos prejuízos para o usuário.
Pouco comum no Brasil, mas bastante utilizado nos States, é a Usenet. A USENET é um sistema mundial de grupos de discussão no qual milhões de pessoas participam, e que é mais antigo do que a Web que conhecemos. A Usenet foi originalmente projetada para o intercâmbio de notícias locais entre duas universidades da Carolina do Norte. Por este motivo, os grupos Usenet são frequentemente chamados de NEWSGROUPS.
Existem grupos específicos sobre cinema, e neles os associados disponibilizam e baixam arquivos completos de filmes, antigos ou novos, a depender do interesse do grupo. Por não ser comum em nosso meio, deixo apenas a notícia que existem.
O tipo de download mais comum no Brasil é através dos torrentes. Durante a Copa, quando passava no terceiro andar do Midway eu sempre via dezenas de pessoas trocando figurinhas do álbum da competição. Imagine que se ao invés de entregar a figurinha, a pessoa fizesse uma cópia e desse para alguém, mantendo a original. Todos poderiam completar os seus álbuns com a ajuda dos outros, mesmo que o doador e o receptor nem se conhecessem.
Este é o princípio de funcionamento dos torrentes. Quem acessa um determinado site que disponibiliza torrentes de filmes não encontrará nenhum arquivo de filme lá, apenas um link que colocará o usuário em contato com outras pessoas que dispõem daquele filme em seus computadores. Assim, cada um disponibilizará um pedacinho do quebra-cabeças que será montado no seu computador. A rapidez com que o filme ficará completo vai depender da quantidade de pessoas conectadas. Como tudo no mundo, quanto maior a cooperação, mais rápido será o término da tarefa.
Tudo isso acontece de forma transparente para o usuário final, já que quem faz todo o trabalho pesado é um programa de torrentes, que é disponibilizado legalmente por diversos fornecedores na internet.
Explicada a forma, vamos pensar no conteúdo. Não é porque temos um encanamento novinho que a água será pura. É importante pensar na qualidade da fonte.
Todo filme, seriado, documentário, musical, que está disponível na internet foi copiado de algum lugar, de uma sala de cinema, de um DVD, Blu-Ray, da televisão aberta, tv a cabo, etc.. A qualidade da cópia é proporcional à qualidade da fonte – embora o formato do arquivo influencie também, como veremos adiante.
Poucos anos atrás, a velocidade de acesso à internet era baixa, e fazer um download a 150 kb/s levava dois dias inteiros, para um arquivo de 700 megabytes. Por isso, aceitava-se uma qualidade sofrível da imagem.
Em pouco tempo, tudo mudou. As mídias DVD e Blu-Ray trouxeram um padrão de imagem e som nunca antes visto, a velocidade de acesso à internet passou à casa de dezenas de Mb/s, e aquele mesmo arquivo de 700 mega pode ser descarregado em questão de minutos.
Tudo isso contribuiu para que o usuário ficasse mais exigente, principalmente quanto à qualidade da imagem. Muitas pessoas ainda assistem filmes no computador ou direto na televisão, de modo que um som estéreo, em dois canais, atende bem. Contudo, com o advento dos televisores Full-HD ofertou uma capacidade de imagem excelente, e é aí o calcanhar de Aquiles dos downloads.
Aquele pessoal apressadinho, que quer assistir em casa um filme que ainda está em cartaz no cinema, só consegue acessar cópias de origem CAM, TS, TC ou SCR. São cópias do cinema ou das fitas, mas só tem em comum a péssima qualidade de som e imagem. Meu conselho: esqueça este tipo de arquivo.
Quando se trata de uma cópia melhor, a fonte sempre será DVD, HDTV, ou Blu-Ray. Sempre que no nome do arquivo contiver BRRip, 720p, 1080p, isso quer dizer que a cópia foi feita de uma fonte em alta definição. A diferença da qualidade final estará expressa no tamanho do arquivo.
O tipo do arquivo pode ser avi, mp4 ou mkv, que são formatos mais complexos e mais atuais. Esqueça RMVB e mesmo avi com tamanho menor que um gigabyte.
Uma boa cópia de Blu-Ray pode gerar um arquivo de 1,5 Gigabyte, com uma boa imagem, mas, com som estéreo. Quanto mais fiel à fonte de origem, maior será o tamanho do arquivo final. Um filme com resolução 1080p e som em DTS 5.1 pode alcançar facilmente a casa dos 18 Gygabytes.
Se antes o problema era o armazenamento dos discos na estante, hoje temos que pensar em como administrar o HD do computador, pois a oferta de filmes na internet é imensa, mesmo que a pessoa seja bem seletiva quanto ao que deseja baixar.
Espero ter ajudado os meus leitores com estas informações, lembrando sempre que embora tenha de tudo, a internet é extremamente valiosa para encontrar filmes fora do circuito comercial, principalmente produções europeias e asiáticas que nunca foram lançadas em VHS, DVD ou Blu-Ray por aqui.
Livros de cinema:
Humberto Mauro e as Imagens do Brasil
Chamado de “o mais brasileiro dos diretores de cinema nacional”, Humberto Mauro fez filmes entre 1925 e 1974, construindo uma trajetória repleta de imagens que se tornaram matrizes do cinema brasileiro. Isso se verifica nitidamente pelas participações que teve no Ciclo Regional (1923 – 1930) e em suas experiências com o cinema ficcional e com as obras educativas para o Instituto Nacional do Cinema Educativo (Ince) do Estado Novo. Ao mergulhar nos 50 anos de atividade de Humberto Mauro, este livro discute a possibilidade da existência de um cinema brasileiro e dos seus vínculos com a grande arte universal. Sheila Schvarzman, tendo como foco a obra de Mauro, reflete sobre a possibilidade de filmar no Brasil e o seu povo sob um olhar – se possível – também nacional. 398 p – Editora Unesp.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou”
Ironia. Essa é a definição ideal para a situação de Fernanda (Mônica Martelli), de 39 anos, que trabalha organizando a cerimônia mais importante do imaginário feminino, o casamento, mas é solteira. Forte devota do amor, a produtora lida com os mais diversos tipos de homem e reserva grande parte do seu tempo à procura do par perfeito. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou”)


“O Menino no Espelho”
Belo Horizonte, anos 1930. Fernando (Lino Facioli) é um garoto de 10 anos que está cansado de fazer as coisas chatas da vida. Seu sonho era criar um sósia, que ficasse com estas tarefas enquanto ele poderia se divertir à vontade. Até que, um dia, é exatamente isto que acontece, quando o reflexo de Fernando deixa o espelho e ganha vida. Baseado no livro “O Menino no Espelho”, de Fernando Sabino. Lançado em 1982, o livro já teve mais de 70 edições publicadas. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “O Menino no Espelho”)

“Copa de Elite”
O policial Jorge Capitão (Marcos Veras) é um competente capitão do BOP e um ídolo brasileiro. Só que depois dele salvar de um sequestro o maior craque argentino, às vésperas da Copa, acaba virando o inimigo público número 1 da nação. Expulso da corporação e desacreditado pelo povo, Capitão precisa reaprender a trabalhar em equipe para evitar um atentado contra o Papa na final do torneio. É quando entra em cena a empresária de sex shop Bia Alpinistinha (Julia Rabello), um médium (Bento Ribeiro) e sua mãe muito louca (Alexandre Frota). O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Copa de Elite”)

“O Palácio Francês”
Recém formado na Escola Nacional de Administração, Arthur Vlaminck (Raphaël Personnaz) é chamado para trabalhar no Ministério das Relações Exteriores, a serviço do ambicioso ministro Alexandre Taillard (Thierry Lhermitte). Arthur será responsável por elaborar o discurso do ministro, mas logo percebe que em meio a golpes políticos e vaidades pessoais, esta tarefa não será nada fácil. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Quai d’Orsay”)