Coluna Claquete – 24 de abril de 2015
Newton Ramalho
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O que está em cartaz
A divulgação do balanço da Petrobras foi no aniversário da colonização – será coincidência? Enquanto isso, nas salas de cinema, as estreias da semana são a ficção-científica “Os Vingadores 2: A Era de Ultron”, e o esperado documentário “Cássia Eller”. No final de semana teremos a reexibição da animação “Enrolados”, e o clássico “Perfume de Mulher”, com Al Pacino. Continuam em cartaz a ficção-científica “Chappie” (vejam a resenha na seção Filme da Semana), “Velozes e Furiosos 7”, “Cada um na Sua Casa”, “Cinderela”, e “A Série Divergente: Insurgente”. Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe “Branco Sai, Preto Fica”, enquanto o Natal Shopping mantém “Não Olhe Para Trás”.
Estreia 1: “Os Vingadores 2: A Era de Ultron”
Quando Tony Stark (Robert Downey Jr) tenta alavancar um programa de paz virtual, as coisas dão errado, e os maiores heróis da Terra, incluindo: Homem de Ferro, Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), o Incrível Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), enfrentam um teste derradeiro enquanto o destino do planeta está em jogo. A equipe deve voltar a reunir-se para derrotar Ultron (voz de James Spader), um vilão tecnológico disposto a provocar a extinção humana. Pelo caminho, enfrentarão dois poderosos seres, a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e o Mercúrio (Aaron Johnson) e conhecerão um velho amigo numa nova forma quando J.A.R.V.I.S se tornar o Visão (Paul Bettany). A direção é de Joss Whedon. “Os Vingadores 2: A Era de Ultron” está em exibição nas Salas 4, 6 e 7 do Moviecom, Salas 2, 6 e 7 do Cinemark, Salas 1, 2 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1, 2 e 4 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “The Avengers: Age of Ultron”)
Estreia 2: “Cássia Eller”
Cássia Rejane Eller. Cássia Eller. Cássia. Uma poderosa força inquieta no palco, a timidez em pessoa fora dele. Um dos grandes nomes da música brasileira, Cássia Eller marcou a década de 1990 e chocou o país com sua morte precoce, em 2001. Um filme sobre a cantora, a mãe, a mulher que expôs sua vida pessoal e rompeu barreiras, deixando um belo legado social e artístico. Ganhador do prêmio do público de melhor documentário na 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A direção é de Paulo Henrique Fontenelle. “Cássia Eller” está em exibição na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Nacional. (T. O.: “Cássia Eller”)
Clássicos Cinemark: “Perfume de Mulher”
Frank Slade (Al Pacino), um tenente-coronel cego, viaja para Nova York com Charlie Simms (Chris O’Donnell), um jovem acompanhante, com quem resolve ter um final de semana inesquecível antes de morrer. Porém, na viagem ele começa a se interessar pelos problemas do jovem, esquecendo um pouco sua amarga infelicidade. “Perfume de Mulher” é a refilmagem de um filme italiano de mesmo nome, lançado em 1974, dirigido por Dino Risi e estrelado por Vittorio Gassman. A direção é de Martin Brest. “Perfume de Mulher” será exibido na Sala 5 do Cinemark, na quarta-feira às 22h35.Classificação indicativa livre. (T. O.: “Scent of a Woman”)
O Maravilhoso Mundo da Disney: “Enrolados”
Flynn Ryder (Zachary Levi/Luciano Huck) é o bandido mais procurado e sedutor do reino. Um dia, em plena fuga, ele se esconde em uma torre. Lá conhece Rapunzel (Mandy Moore), uma jovem prestes a completar 18 anos que tem um enorme cabelo dourado, de 21 metros de comprimento. Rapunzel deseja deixar seu confinamento na torre para ver as luzes que sempre surgem no dia de seu aniversário. Para tanto, faz um acordo com Flynn. Ele a ajuda a fugir e ela lhe devolve a valiosa tiara que tinha roubado. Só que a mamãe Gothel (Donna Murphy), que manteve Rapunzel na torre durante toda a sua vida, não quer que ela deixe o local de jeito nenhum. “Enrolados” será exibido na Sala 7 do Cinemark no sábado e domingo às 11h30.Classificação indicativa livre. Cópia dublada. Exibição em 3D. (T. O.: “Tangled”)
Filme da Semana: “Chappie”
O diretor sul-africano Neill Blomkamp já havia surpreendido o mundo em 2009, ao lançar o filme “Distrito 9”, onde mesclava ficção-científica com os contrastes sociais de seu país, em uma mistura ousada e sem concessões. Agora, Blomkamp repete a dose com “Chappie”, um filme que certamente irá dividir opiniões.
Em um futuro próximo, encontramos uma Johanesburgo à beira de uma guerra civil, onde são cometidos 300 homicídios por dia. A solução encontrada foi a utilização de robôs policiais para proteger os humanos, ao enfrentar as quadrilhas altamente armadas.
O gênio por trás desses robôs era Deon (Dev Patel), um jovem cientista pouco ligado a questões comerciais, que sonhava desenvolver um sistema operacional semelhante à mente humana, capaz de sentir emoções e aprender coisas novas – ou seja, uma consciência. Mas, seu idealismo esbarra no senso prático da presidente da companhia, Michelle Bradley (Sigourney Weaver).
Quem também detesta Deon é o colega Vincent (Hugh Jackman), que tem um projeto concorrente sempre deixado de lado por causa do custo.
Do outro lado da lei, o pequeno bando formado por Ninja (Ninja Visser), Yo-Landi (Yo-Landi Visser) e Amerika (Jose Pablo Cantillo) está em graves apuros por ter perdido uma carga de drogas pertencente a outro chefão do crime, Hippo (Brandon Auret). Hippo dá a Ninja uma semana para que consiga sete milhões de rands.
Desesperado, Ninja procura uma solução, pois é praticamente impossível combater os policiais-robôs. É aí que surge a ideia de sequestrar o engenheiro que projetou os robôs, e forçá-lo a desligá-los.
Deon tem os seus próprios problemas para solucionar. Embora tenha conseguido desenvolver o sistema operacional da consciência autônoma, ele não consegue autorização para testar em um protótipo. Decidido, ele rouba um dos robôs que estava destinado à sucata, e o leva consigo.
O problema é que, no caminho, ele próprio é sequestrado por Ninja. No esconderijo do grupo, ele explica que é impossível desativar os robôs, e que o seu projeto é fazer uma máquina que aprenda as coisas. Ninja fica interessado pelo projeto e assim nasce Chappie.
Quando é despertado, Chappie nada sabe, e comporta-se como uma criança. Enquanto Deon tenta ensinar-lhe bons valores, Ninja o leva pelo caminho do crime, ensinando a usar armas brancas e a roubar carros.
Vincent, por sua vez, rouba uma chave que permite penetrar no sistema operacional dos robôs-policiais, desativando-os todos, para que a sua máquina seja a única disponível. A batalha final ocorre quando todos esses personagens se encontram, e nada será como era antes.
É possível que muita gente saia do cinema detestando “Chappie”. Geralmente os filmes de ficção-científica são assépticos e brilhantes como um carro zero quilômetro. Por sua vez, os personagens de Hollywood são praticamente comerciais vivos de pasta de dente ou margarina. Bem, “Chappie” não tem nada disso.
Como já havia feito em “Distrito 9”, Blomkamp traz um mundo sujo, poeirento, e decadente, com personagens que parecem saídos de um baile funk de Halloween. Até o bonitão Hugh Jackman aparece com um corte de cabelo estilo “cuia” – aquele em que botava uma cuia na cabeça do cidadão e cortava as beiradas.
Nada disso, porém, desmerece o filme, principalmente o personagem principal, o robô Chappie, dublado pelo ator favorito de Blomkamp, Sharlto Copley. Chappie torna-se muito divertido pelas dificuldades em sua “aprendizagem”, e pelas confusões que apronta inocentemente.
O que é mais interessante do filme é mensagem sobre os valores pessoais. Poucas pessoas associaram este filme com algo que o também sul-africano Nelson Mandela falou: “Ninguém nasce odiando outra pessoa devido a cor de sua pele, a sua origem ou ainda a sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar”.
Esta é a bela mensagem embutida em “Chappie”, que mostra que ainda existe esperança para um mundo tão mergulhado no ódio.
Título original: “Chappie”
Livros de cinema:
A Força Está Com Você
Stephen Simon, um dos mais aclamados produtores de Hollywood, responsável por levar às telas os filmes “Em algum lugar do Passado” e “Amor Além da Vida”, lança luz neste livro sobre um gênero cada vez mais notado na indústria do cinema: roteiros que se prepõem a explorar questões fundamentais da natureza humana com um olhar que extravasa o entretenimento e convida a reflexão, inspira e cativa. Citando mais de 70 filmes, clássicos como “2001: Uma Odisséia no Espaço” e fenômenos como “Matrix”, o autor faz uma análise dessa nova categoria e do alcance da mensagem cinematográfica. 280 p – Editora Best Seller.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba”
O segurança Larry Daley (Ben Stiller) segue com seu inusitado trabalho no Museu de História Natural de Nova York. Determinado dia, descobre que a peça que faz os objetos do museu ganharem vida está sofrendo um processo de deteriorização. Com isso, todos dos amigos de Larry correm o risco de não ganharem mais vida. Para tentar salvar a turma, ele vai para Londres pedir a orientação do faraó (Ben Kingsley) que está em exposição no famoso Museu Britânico. Última aparição de Robin William e Mickey Rooney. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Night at the Museum 3: Secret of the Tomb”)
“Grandes Olhos”
O drama apresenta a história real da pintora Margaret Keane (Amy Adams), uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores. Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o verdadeiro autor de suas obras. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Big Eyes”)
“A Família Bélier”
Paula (Louane Emera) é uma adolescente francesa que enfrenta todas as questões comuns de sua idade: o primeiro amor, os problemas na escola, as brigas com os pais… Mas, a sua família tem algo diferente: seu pai (François Damiens), sua mãe (Karin Viard) e o irmão são surdos e mudos. É Paula quem administra a fazenda familiar, e que traduz a linguagem de sinais nas conversas com os vizinhos. Um dia, ela descobre ter o talento para o canto, podendo integrar uma escola prestigiosa em Paris. Mas, como abandonar os pais e os irmãos? Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “La Famille Bélier”)
“Relatos Selvagens”
Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um lugar fora de controle. Representante da Argentina ao Oscar 2015 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, foi um dos finalistas da premiação. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Relatos Salvajes”)