Coluna Claquete – 06 de agosto de 2015

 

Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  – @colunaclaquete

 

 

O que está em cartaz

Chegamos em agosto, o mês dos ventos. Pena que estes mesmos ventos que ameaçam o nosso país não sejam suficientes para limpar o congresso. E, neste final de semana temos as estreias da ficção-científica “Quarteto Fantástico”, do drama “O Dançarino do Deserto” e da comédia francesa “Que Mal Eu Fiz a Deus?”. Nesta semana teremos a reexibição do clássico “Top Gun: Ases Indomáveis”, e da animação “A Bela e a Fera”. Continuam em cartaz o terror “Sobrenatural: A Origem”, o drama “Magic Mike XXL” a animação “Pixels”, “Homem-Formiga”, “Carrossel – O Filme”, “Meu Passado Me Condena 2”, e “Minions”. Nas programações exclusivas, o Natal Shopping exibe o policial “Jogada de Mestre”, e a animação “Divertida Mente”. Na seção Filme da Semana vejam a resenha do drama “A Dama Dourada”.

Estreia 1: “Quarteto Fantástico”

Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell). Este é um restart da série Quarteto Fantástico, que já esteve em outros dois filmes: “Quarteto Fantástico” (2005) e “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” (2007). A direção é de Josh Trank. “Quarteto Fantástico” está em exibição nas Salas 4 e 6 do Moviecom, Salas 2, 3 e 4 do Cinemark, Sala 1 do Natal Shopping, e Salas 1 e 4 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Fantastic Four”)

Estreia 2: “O Dançarino do Deserto”

Afshin Ghaffarian (Reece Ritchie) é um iraniano rebelde que desafia as leis e ignora o clima constantemente tenso fazendo aquilo que mais gosta: dançar. Ele forma uma companhia clandestina com amigos próximos e ensaia em casa assistindo vídeos de Michael Jackson, Pina Bausch e Gene Kelly na internet. Como dançar em público é proibido no país, ele planeja uma performance do grupo no meio do deserto. Baseado em uma história real. A direção é de Richard Raymond. “O Dançarino do Deserto”  será exibido na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Desert Dancer”)

Estreia 3: “Que Mal Eu Fiz a Deus?”

O casal Verneuils tem quatro filhas. Católicos, conservadores e um pouco preconceituosos, eles não ficaram muito felizes quando três de suas filhas se casaram com homens de diferentes nacionalidades e religiões. Quando a quarta anuncia o seu casamento com um católico, o casal fica nas nuvens e toda a família vai se reunir. Mas logo eles vão descobrir que nem tudo é do jeito que eles querem. A direção é de Phillippe de Chauveron. “Que Mal Eu Fiz a Deus”  será exibido na Sala 5 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Qu’est-ce qu’on a fait au Bon Dieu?”)

Clássicos Cinemark: “Top Gun: Ases Indomáveis”

Maverick (Tom Cruise) é um jovem piloto de jato que voa mais por instinto do que por regras. Ele e seu amigo Goose (Anthony Edwards) são enviados à Top Gun, o local de treinamento da elite da Marinha para os melhores pilotos de jatos de combate do mundo. Maverick terá que superar seus próprios traumas para vencer num mundo em que não há lugar para segundo colocado. Top Gun é um dos melhores filmes de ação já feitos, com incríveis cenas de voo, levando em consideração a época em que foi filmado, com um elenco razoável e uma história pra lá de eletrizante. No elenco estão também Kelly McGillis, Val Kilmer, Tom Skerritt, Michael Ironside, Tim Robbins, e Meg Ryan. A direção é de Tony Scott. “Top Gun: Ases Indomáveis” será exibido no Cinemark no sábado às 23h55 (Sala 1), no domingo às 12h10 (Sala 5), e na quarta-feira às 19h50 (Sala 5). Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Top Gun”)

O Maravilhoso Mundo da Disney: “A Bela e a Fera”

Em uma pequena aldeia da França vive Belle, uma jovem inteligente que é considerada estranha pelo moradores da localidade, e seu pai, Maurice, um inventor que é visto como um louco. Ela é cortejada por Gaston, que quer casar com ela. Mas apesar de todas as jovens do lugarejo o acharem um homem bonito, Belle não o suporta, pois vê nele uma pessoa primitiva e convencida. Quando o pai de Belle vai para uma feira demonstrar sua nova invenção, ele acaba se perdendo na floresta e é atacado por lobos. Desesperado, Maurice procura abrigo em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro da Fera, o senhor do castelo, que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando negou abrigo a ela. Quando Belle sente que algo aconteceu ao seu pai vai à sua procura. Ela chega ao castelo e lá faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse libertado ela ficaria no castelo para sempre. “A Bela e a Fera” será exibido no Cinemark no sábado e domingo às 11h30 na Sala 6. Classificação indicativa livre. Cópia dublada, exibição em 3D. (T. O.: “Beauty and the Beast”)

  

Filme da Semana: “A Dama Dourada”
Nesta infindável campanha eleitoral que o Brasil vivencia, muitas vezes somos surpreendidos por pessoas que parecem desconhecer fatos ocorridos vinte, trinta anos atrás, e que fazem parte da nossa história recente. Isso não é um fenômeno isolado, pois quem participa de atos condenáveis sempre tenta jogar a sujeira para baixo do tapete. Um filme que mostra isso com uma clareza impressionante é “A Dama Dourada”, baseado em fatos lamentavelmente reais.
É do conhecimento de todos que os nazistas dominaram o poder político na Alemanha, através da liderança de Adolf Hitler, invadiram países vizinhos e provocaram a Segunda Guerra Mundial. Neste percurso foram cometidas atrocidades, em especial contra os judeus, no que foi denominado Holocausto.
O que pouca gente sabe é que nem tudo foi imposição de Hitler. Muita gente participou com entusiasmo das ideias do maluco do bigodinho, não apenas dos ideais de supremacia ariana, mas também da hostilidade declarada contra judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais e outras minorias indesejadas. Isso aconteceu não só na Alemanha, como também na Áustria, França, Suécia e outros lugares “civilizados”, muito antes de se dar o primeiro tiro da Segunda Guerra.
Como já foi demonstrado no filme “Caçadores de Obras-Primas”, houve um programa institucional do governo de Hitler para confiscar obras de arte, quer fossem elas de museus dos países conquistados, quer fossem propriedade particular dos “indesejáveis” judeus. Entre as milhares de obras roubadas, uma delas foi o quadro que ficou conhecido mundialmente como “A Dama Dourada”, de autoria do pintor austríaco Gustav Klimt (1862-1918).
A modelo do quadro foi Adele Bloch-Bauer, uma dama da sociedade vienense casada com um magnata do açúcar, e que ajudava muitos artistas. Adele morreu jovem, em 1925, muito antes dos eventos terríveis que se sucederiam com o seu país e particularmente com a sua família. Posteriormente, este quadro e outros que haviam pertencido à família foram recuperados e exibidos em museus austríacos.
Na década de 1980 vamos encontrar a sobrinha de Adele, e última descendente da família em Los Angeles, Estados Unidos. Maria Altmann (Helen Mirren) conseguira fugir com o marido pouco antes do início da guerra, enquanto via sua família ser dilapidada pelos nazistas e seus simpatizantes austríacos.
Após a morte da irmã, Maria procura o jovem advogado Randol Schoenberg (Ryan Reynods), que era filho de uma amiga, para aconselhá-la sobre seu desejo de recuperar obras de arte da família.
Randy acabara de assumir um emprego em um grande escritório de advocacia, e consegue convencer os chefes sobre o caso. Ele e Maria viajam para Viena, onde são recebidos por todos com indiferença e frieza, principalmente porque a obra em questão era considerada a Mona Lisa da Áustria.
Uma ajuda inesperada veio da parte de Hubertus Czernin (Daniel Brühl), jornalista investigativo que procurava corrigir atos de pessoas como o próprio pai, que fora um ativista do nazismo na Áustria.
Apesar de conseguirem documentos que provavam a propriedade da família, tanto as autoridades quanto o judiciário austríaco se mostraram inacessíveis para Maria e Randy. Sentindo-se derrotados, eles retornaram para suas vidas.
Contudo, o caso tornou-se uma obsessão para Randy, que descobriu brechas jurídicas que permitiriam ingressar com uma ação nos Estados Unidos. O caso seria levado até a Suprema Corte, alcançando proporções inimagináveis.
Embora o filme foque principalmente na batalha de Maria, é mostrada em flashback sua vida ainda jovem, vivida pela atriz Tatiana Maslany, sua vida em família com a famosa tia Adele (Antje Trauer), o marido Fritz (Max Irons), e os pais Gustav (Allan Corduner) e Therese (Nina Kunzendorf). Essas memórias permitem ter um vislumbre da dor e humilhação pela qual passaram muitos cidadãos honrados, denegridos unicamente pela raça e religião.
Tecnicamente o filme é impecável, não apenas pelas ótimas atuações como também pela fantástica trilha sonora, e uma fotografia que enriquece bastante as maravilhosas locações em Viena.
Embora o título “A Dama Dourada” se refira ao quadro, não podemos deixar de imaginar que a verdadeira dama de ouro seja a própria Maria Altmann, vivida com notável brilhantismo por Helen Mirren. Maria, falecida em 2011, demonstrou com seus atos não apenas uma inquebrantável firmeza de caráter e perseverança, como também de altruísmo, como demonstram as informações fornecidas no final do filme.
  
Livros de cinema:

Cinema no Mundo – América Latina
Impulsionada pelo surgimento de novas tecnologias e pela globalização, a indústria cinematográfica apresenta particularidades e oportunidades que são analisadas na coleção Cinema no Mundo – indústria, política e mercado. O segundo volume da coleção Cinema no Mundo, de Alessandra Meleiro, aborda as cinematografias da América Latina e do Caribe, suas indústrias, produções e mercados (Octavio Getino), a política cinematográfica brasileira para o século XXI (Jom Tob Azulay), o mercado cinematográfico brasileiro (André Gatti), a circulação global e local do novo cinema argentino (Tamara L. Falicov), as iniciativas sinérgicas de coprodução, distribuição e exibição no cinema latino-americano (Libia Villazana) e a cinematografia dos países andinos (Nora de Izcue). 232 p. Editora Escrituras.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Velozes e Furiosos 7”
Após os acontecimentos em Londres, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker), Letty (Michelle Rodriguez) e o resto da equipe tiveram a chance de voltar para os Estados Unidos e recomeçarem suas vidas. Mas a tranquilidade do grupo é destruída quando Deckard Shaw (Jason Statham), um assassino profissional, quer vingança pela morte de seu irmão. Agora, a equipe tem que se reunir para impedir este novo vilão. Mas dessa vez, não é só sobre ser veloz. A luta é pela sobrevivência. Último filme da série com Paul Walker, morto em um acidente de carro. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Furious 7”)
“Chappie”
Em um futuro próximo, a África do Sul decidiu substituir os seus policiais humanos por uma frota de robôs ultra resistentes e dotados de inteligência artificial. O criador destes modelos, o brilhante cientista Deon (Dev Patel), sonha em embutir emoções nos robôs, mas a diretora da empresa de segurança (Sigourney Weaver) desaprova a ideia. Um dia, ele rouba um modelo defeituoso e faz experiências nele, até conseguir criar Chappie (Sharlto Copley), um robô capaz de pensar e aprender por conta própria. Mas Chappie é roubado por um grupo de ladrões que precisa da ajuda para um assalto a banco. Quando Vincent (Hugh Jackman), um engenheiro rival de Deon, decide sabotar as experiências do colega de trabalho, a segurança do país e o futuro de Chappie correm riscos. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Chappie”)
“Deixa Rolar”
Um roteirista (Chris Evans) se vê em apuros quando um produtor, Bryan (Anthony Mackie), lhe encomenda o roteiro de uma comédia romântica típica. O problema é que ele acredita que filmes deste tipo idealizam o amor de uma forma que ele nunca é na vida real, mas Bryan lhe promete que, caso aceite esta tarefa, o colocará para escrever o sonhado roteiro de um filme de ação. Desta forma, ele aceita a tarefa. Entretanto, em meio a todo seu pessimismo sobre o romantismo em geral, ele conhece uma garota (Michelle Monaghan) com um senso de humor bastante sarcástico, por quem acaba se apaixonando. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Playing It Cool”)
“Quero Ser Grande”
Em um passeio num parque de diversões Josh (David Moscow) acaba barrado na montanha-russa. Revoltado, ele pede à máquina dos desejos para ser grande. No dia seguinte o pedido foi realizado e a mãe o expulsa de casa, pois não conhece aquele estranho de trinta anos (Tom Hanks). Josh, porém, continua sendo apenas uma criança e agora precisa aprender a se relacionar no mundo dos adultos. O filme teve três indicações ao Oscar de 1989, e cuja cena do piano gigante já pertence à antologia do cinema. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Big”)