Coluna Claquete – 17 de dezembro de 2015

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Que a Força esteja com vocês – principalmente hoje, dia da estreia mundial de “Star Wars: O Despertar da Força”. A Coluna Claquete está de volta à ativa, depois de dois meses de andanças no Primeiro Mundo. A outra estreia da semana é “Alvin e os Esquilos: Na Estrada”. Teremos também a pré-estreia de “Macbeth: Ambição e Guerra”, além da reexibição do clássico “Blade Runner, o Caçador de Androides”. Continuam em cartaz “Pegando Fogo”, “Olhos da Justiça”, “No Coração do Mar”, “Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2 – O Final”, “Bem Casados”, e “Quarto de Guerra”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “O Reino Gelado 2”, enquanto o Moviecom mantém “O Reino Gelado 2”.

Estreia 1: “Star Wars: O Despertar da Força”

“Star Wars: O Despertar da Força”, sétimo filme da franquia “Star Wars”, se passa trinta anos após os acontecimentos de “Episódio VI: O Retorno de Jedi”. Os novos heróis – vividos por Daisy Ridley e John Boyega, um ex-Stormtrooper, agora renegado – encontram um sabre de luz perdido no espaço e decidem devolver a relíquia ao seu dono – que mais tarde descobrem se tratar do lendário Luke Skywalker. Eles partem numa jornada, ao lado de Han Solo e Chewbacca, para reencontrar Luke. “Star Wars: Episódio VII” é dirigido por J.J Abrams, e roteirizado por Lawrence Kasdan e Abrams. Kathleen Kennedy, Abrams e Bryan Burk são os produtores, enquanto John Williams retorna como compositor. “Star Wars: O Despertar da Força” está em exibição nas Salas 1, 4 e 6 do Moviecom, Salas 2, 6 e 7 do Cinemark, Salas 1, 2, 3 e 4 do Natal Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Exibição em 3D. (T. O.: “Star Wars: Episode VII – The Force Awakens”)

Estreia 2: “Alvin e os Esquilos: Na Estrada”

Dave (Jason Lee) está prestes a se casar com Samantha (Kimberly Williams-Paisley), por mais que o filho dela não se dê muito bem com Alvin, Simon e Theodore. Eles decidem realizar o matrimônio em Miami, onde ficarão para a lua de mel, mas os pequenos esquilos não são convidados para a festa. É claro que o trio não ficará satisfeito e, por conta própria, resolve viajar até a cidade. A direção é de Walt Becker. “Alvin e os Esquilos: Na Estrada” está em exibição nas Salas 1 e 7 do Moviecom, Salas 4 e 7 do Cinemark, Sala 6 do Natal Shopping, e Sala 5 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas. (T. O.: “Alvin And The Chipmunks: Road Chip”)

Pré-Estreia: “Macbeth: Ambição e Guerra”

Macbeth (Michael Fassbender) é um general do exército escocês que trai seu rei após ouvir um presságio de três bruxas que dizem que ele será o novo monarca. Ele é altamente influenciado pela esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard), uma figura manipuladora que sofre por não poder lhe dar filhos. Mais um filme inspirado na obra de William Shakespeare. A direção é de Justin Kurzel. “Macbeth: Ambição e Guerra” terá pré-estreia na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Macbeth”)

Clássicos Cinemark: “Blade Runner, o Caçador de Androides”

No início do século XXI, uma grande corporação desenvolve um robô que é mais forte e ágil que o ser humano e se equiparando em inteligência. São conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas. Mas, quando um grupo dos robôs mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, este incidente faz os replicantes serem considerados ilegais na Terra, sob pena de morte. A partir de então, policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner, têm ordem de atirar para matar em replicantes encontrados na Terra, mas tal ato não é chamado de execução e sim de remoção. Até que, em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes chegam à Terra, um ex-Blade Runner (Harrison Ford) é encarregado de caçá-los. A direção é de Ridley Scott. “Blade Runner, o Caçador de Androides” será exibido no Cinemark no sábado às 23h55 (Sala 3), no domingo às 11h20 (Sala 3), e na quarta-feira às 18h40 (Sala 5). Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Blade Runner”)

  

Especial: 38 anos de Star Wars
Nos idos de 1977, quando eu ainda era um jovem universitário em João Pessoa, fiquei empolgado ao ver o cartaz do saudoso Cine Municipal, anunciando um novo filme de ficção científica, “Guerra nas Estrelas”. Como naquela época não existia internet, as informações de cinema chegavam através de jornais, revistas especializadas e alguns raros programas de televisão.
A única coisa que eu sabia era que este novo filme deixava de lado o rigor científico de “2001: Uma Odisséia no Espaço”, e trazia muitas referências aos filmes de samurais, faroeste e da Segunda Guerra Mundial, além de brilhar na questão efeitos especiais.
Nem preciso dizer que adorei o filme, embora fosse adotada a fórmula do “vamos fazer de conta que tudo isso é real”. Claro, viagens acima da velocidade da luz, explosões no espaço (com som), gravidade artificial, e até os fantásticos sabres de luz que se comportavam como coisas sólidas, tudo isso ainda é fantasia total. Mas, o que importava mesmo era a diversão.
A história era super simples, com as peripécias do trio formado por Luke Skywalker (Mark Hamill), Princesa Lea (Carrie Fisher) e Han Solo (Harrison Ford), auxiliados pelo alien Chewbacca (Peter Mayhew) e os robôs R2-D2 (Kenny Baker) e C-3PO (Anthony Daniels), além da magnífica participação de Alec Guinness, como Obi-Wan Kenobi, e do vilão mais icônico – e querido – do cinema, Darth Vader, interpretado por David Prowse, e dublado por James Earl Jones.
O filme obteve um sucesso que surpreendeu a todos, principalmente o estúdio Fox, que por não dar importância ao tema e seus efeitos em nível mundial, permitiu que o diretor George Lucas tivesse todos os direitos sobre o filme – decisão da qual devem ter se arrependido muito, tendo em vista que foi este filme que inaugurou uma novidade na indústria do cinema, toda uma gama de brinquedos, games e acessórios baseados nos personagens da grife.
O filme arrecadou 775 milhões de dólares nas bilheterias (equivalente a um bi e meio de hoje), e com toda a grana que veio do merchandising, George Lucas abriu sua própria empresa de cinema, a Lucasfilm, além da empresa de efeitos especiais, a Industrial Light & Magic.
Sobre os efeitos especiais, é bom lembrar que, em 1977, a computação gráfica ainda era um sonho remoto, e tudo era feito literalmente “no braço”. As fantásticas imagens do primeiro filme usavam as técnicas da época, com miniaturas altamente elaboradas, que hoje, com a alta resolução dos equipamentos, parece coisa grosseira.
Ao sucesso inicial de “Guerra nas Estrelas”, logo vieram as sequências, “O Império Contra-Ataca” (1980) e “O Retorno do Jedi” (1983). Depois disso, parecia que George Lucas dormiria nos louros – e ouros – de seus filmes, fazendo sucessivos lançamentos e relançamentos, que lhe valeram o apelido de George “Lucras”.
A explosão de efeitos digitais no cinema entusiasmou o cineasta a fazer uma nova trilogia, com os fatos que antecediam a trilogia anterior, e resultaram nos filmes “Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma” (1999), “Star Wars Episódio II: Ataque dos Clones” (2002), e “Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith” (2005).
O sucesso da nova série levou Lucas a relançar a série original substituindo os efeitos por digitais. Só que ele enfureceu os fãs da série clássica ao modificar cenas importantes como o duelo de Han Solo no bar no primeiro filme, ou substituindo o rosto do personagem Anakyn no terceiro filme.
Além dos seis filmes, houve uma enxurrada de produtos no mercado relacionados ao universo de Star Wars, tornando-o um objeto de consumo para várias gerações de consumidores.
Embora a saga Star Wars seja um novelão sobre a família Skywalker, não há dúvidas que revolucionou a indústria do cinema, que deixou de produzir algo para exibir durante duas horas em uma sala de projeção, e criando imagens que tem uma extensa vida, não apenas como filme, mas também estampando milhares de outros produtos do dia a dia dos consumidores.
Em 2012, a Walt Disney Company comprou a Lucasfilm por 4,05 bilhões de dólares e anunciou uma nova trilogia de filmes, sendo que o primeiro capítulo dessa nova fase, sob o título de “Star Wars: O Despertar da Força”, que estreia hoje no mundo inteiro. Diferente das outras, esta nova trilogia terá um intervalo de dois anos entre um filme e outro, e durante esse intervalo, a Disney lançara filmes spin-off que se passam durante os episódios das trilogias.
  
Livros de cinema:
Cinefilia – Coleção Cinema, Teatro e Modernidade
Experiência íntima e ritual coletivo ao mesmo tempo, a cinefilia angariou muitos adeptos. Não se tratava apenas de ver os filmes, mas de discuti-los e situá-los numa história das formas artísticas. A partir de personalidades como Godard, Truffaut, Chabrol, Rivette e Bazin, e dos debates da Nouvelle Vague, Antoine Baecque refaz o percurso dos anos 1940 a 1960, abordando as principais publicações dedicadas à crítica de cinema, como os Cahiers du Cinéma e Positif. O livro mostra como a cinefilia conquistou seu lugar na história cultural do século XX ao inventar uma forma de ver e compreender o mundo através do cinema. A frequentação assídua à cinemateca dirigida por Henri Langlois e a multiplicação dos cineclubes foram alguns dos primeiros eventos que deram origem à cultura cinéfila de que o livro trata.  472 p. Editora Cosac & Naify.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Missão Impossível – Nação Secreta”
Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis. Como não poderia deixar de ser, Tom Cruise interpreta o agente Ethan Hunt pela quinta oportunidade. Ele e Ving Rhames são os únicos que apareceram em todos os filmes da franquia. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Mission: Impossible – Rogue Nation”)
“A Dama Dourada”
Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro “Woman in Gold”, de Gustav Klimt – retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds). O problema é que o quadro é considerado patrimônio nacional da Austria! O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Woman in Gold”)
“O Encontro”
Nas ruas de Nova York, vive George (Richard Gere). Ele está com a saúde fragilizado e não tem para onde ir. Ele se sente sufocado pela cidade. Quando George se refugia no maior abrigo de Manhattan, o Hospital Bellevue, ainda se sente perdido, pois o ambiente é hostil e está lotado. Ele conhece Dixon (Ben Vereen). Eles tornam-se grandes amigos e agora George volta a ter esperança e deseja se aproximar da filha. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Time Out of Mind”)
“Virando a Página”
Keith Michaels (Hugh Grant) já foi um roteirista de sucesso, vencedor do Oscar, mas décadas mais tarde, a fama desapareceu e ele enfrenta graves problemas financeiros. Por isso, este homem amargo e machista aceita dar aulas de roteiro para universitários, embora despreze a profissão de professor. Durante os cursos, ele deve lidar com a sua fama, com a falta de prática no ensino e com a atração pela mãe solteira Holly Carpenter (Marisa Tomei), que decide assistir às suas aulas. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “The Rewrite”)