Coluna Claquete – 02 de julho de 2015
Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Os menores continuam menores, nenhum hétero será obrigado a casar com alguém do mesmo sexo, e novos escândalos vão surgindo – ou seja, nada de novo no front. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são a ficção-científica “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, o policial “Belas e Perseguidas”, e a comédia nacional “Meu Passado Me Condena 2”. Nesta semana teremos a reexibição do desenho animado “Branca de Neve e os Sete Anões”, e do clássico “O Silêncio dos Inocentes”. Continuam em cartaz as animações “Minions” (vejam na seção Filme da Semana), e “Divertida Mente”, e a aventura “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros”. Nas programações exclusivas, o Natal Shopping mantém o drama “Minha Querida Dama”.
Estreia 1: “O Exterminador do Futuro: Gênesis”
Em 2029, a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor (Jason Clarke). Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984, na intenção de garantir a segurança dela. Entretanto, ao chegar Reese é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protegê-la quando ainda era criança. Quinto filme da franquia “O Exterminador do Futuro”. A direção é de Alan Taylor. “O Exterminador do Futuro: Gênesis” está em exibição nas Salas 1, 3 e 6 do Moviecom, Salas 2, 5 e 6 do Cinemark, Salas 1, 2, 5 e 6 do Natal Shopping, e Salas 1, 2 e 4 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Terminator Genisys”)
Estreia 2: “Belas e Perseguidas”
Designada de escoltar uma importante testemunha (Sofia Vergara) até Dallas, uma policial (Reese Witherspoon) se vê em uma fuga desenfreada junto com sua companheira de viagem após se envolver em um acidente. Dotadas de personalidades opostas, elas unem forças para escapar dos bandidos e da própria polícia. A direção é de Tommy Lee Jones. “Belas e Perseguidas” está em exibição na Sala 2 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Hot Pursuit”)
Estreia 3: “Meu Passado Me Condena 2”
A vida de casado dos apaixonado Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) cai na rotina quando, as diferenças, que não são poucas, precisam ser enfrentadas. Após Fábio esquecer o terceiro aniversário de casamento, Miá decide pedir um tempo. Quando o avô de Fábio, que mora em Portugal, o comunica que ficou viúvo, ele enxerga nesta viagem para o funeral uma oportunidade de salvar seu casamento. A direção é de Julia Rezende. “Meu Passado Me Condena 2” está em exibição na Sala 2 do Moviecom, Sala 4 do Natal Shopping, e Salas 3 e 6 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Meu Passado Me Condena 2”)
Clássicos Cinemark: “O Silêncio dos Inocentes”
Cinco mulheres são brutalmente assassinadas em diferentes localidades dos Estados Unidos. Para chegar até o sanguinário assassino, Clarice Starling (Jodie Foster), uma jovem agente do FBI ainda em treinamento entrevista o Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), um brilhante psiquiatra, cuja mente está perigosamente voltada para o crime. Ao seguir as pistas apontadas por Lecter, a jovem se vê envolvida numa teia mortífera e surpreendente. Uma história policial arrepiante, escrita pelo célebre autor de Domingo Negro. Filme ganhador do Oscar de Melhor Filme, Direção, Roteiro, Ator e Atriz. A direção é de Jonathan Demme. “O Silêncio dos Inocentes” será exibido na Sala 3 do Cinemark no sábado às 23h50, no domingo às 11h50, e na quarta-feira às 23h50. Classificação indicativa 12 anos (T. O.: “The Silence of the Lambs”)
O Maravilhoso Mundo da Disney: “Branca de Neve e os Sete Anões”
Uma rainha má e bela resolve, por inveja e vaidade, mandar matar sua enteada, Branca de Neve, a mais linda de todo o reino. Mas o carrasco que deveria assassiná-la a deixa partir e, durante sua fuga pela floresta, ela encontra a cabana dos sete anões, que trabalham em uma mina e passam a protegê-la. Algum tempo depois, quando descobre que Branca de Neve continua viva, a Bruxa Má disfarça-se e vai atrás da moça com uma maçã envenenada, que faz com que Branca de Neve caia em um sono profundo até o dia em que um beijo do amor verdadeiro a faça despertar. “Branca de Neve e os Sete Anões” será exibido no Cinemark no sábado e domingo às 11h30 na Sala 4. Classificação indicativa livre. Cópia dublada. (T. O.: “Snow White and the Seven Dwarfs”)
Filme da Semana: “Minions”
Devido à excelência que a indústria do cinema tem dedicado às animações, esta tem deixado de ser simplesmente para o público infantil, atingindo também uma parcela considerável dos espectadores adultos. Para isso, tem sido feitas concessões, com a inserção de situações que agradem os adultos, mesmo que não atinjam os pequeninos. Por isso, é bom ver uma produção como “Minions”, que é bem voltada para as crianças.
Como aconteceu com os pinguins de “Madagascar”, os pequenos seres amarelos que eram meros coadjuvantes no primeiro filme da série “Meu Malvado Favorito” alcançaram um sucesso tão grande com o público infantil que tornaram-se sinônimos da grife, a ponto de merecerem um filme solo – com merecida justiça, é bom salientar.
O que torna estes bichinhos tão atrativos assim? Afinal de contas, são seres de espécie indefinida, usam óculos de mergulho (alguns só tem um olho), não falam uma língua inteligível, e parecem fazer mais bobagens que a sua vocação original, que seria ajudar o rei do crime. Quer uma definição melhor de criança do que esta?
No filme atual, é mostrada a evolução dos simpáticos bichinhos desde a origem da vida na Terra. Numa hilária introdução, os amarelinhos mantém-se fiéis a sua vocação, que é de seguir o ser mais poderoso, o que se torna um problema, pois sempre aparece outro ainda mais poderoso. Na lista estão gigantes submarinos, Tiranossauro Rex, o homem pré-histórico, ursos ferozes, faraós, césares, etc.. E os Minions, na tentativa de ajudar, sempre atrapalhando os seus líderes.
Eles encontram um refúgio em uma caverna gelada no polo, mas sua razão de viver parece não existir mais, até que três corajosos bichinhos, Kevin, Stuart e Bob decidem ir em busca de um novo chefe, algum supervilão que mereça os seus serviços.
Depois de muitas estripulias, os três chegam aos Estados Unidos, onde descobrem que irá acontecer uma convenção de supervilões na Flórida, e vão para lá de carona com uma família prá lá de maluca.
E, em meio aos maiores vilões do mundo, eles conseguem atrair a atenção da maior de todas as vilãs, a charmosa Scarlet Overkill, que é dublada originalmente por Sandra Bullock, e aqui no Brasil por Adriana Esteves, num trabalho excepcional.
De lá, eles vão para a Inglaterra, onde Scarlet os encarrega de roubar a coroa da rainha, para realizar o seu sonho de infância. O problema é que há uma reviravolta, e o pequeno Bob é quem se torna o inesperado rei da Inglaterra, despertando a fúria sem limites de sua patroa! O resto do filme é uma correria divertida dos Minions, que logo estarão todos reunidos, contra Scarlet e toda uma legião de vilões.
A ação do filme passa-se em 1968, o que favorece a utilização de um grande número de referências históricas, até mesmo o famoso passeio dos Beatles na Abbey Road, além de uma trilha sonora fantástica, que inclui “Same Old Song and Dance”, de Aerosmith, “Cherub Rock”, de Smashing Pumpkins, “Break On Through (To the Other Side)”, de The Doors, “My Generation”, de The Who, e até “Foxy Lady”, de Jimi Hendrix.
Falando em música, a coisa já começa divertida com o tradicional tema da Universal na abertura sendo cantado pelos Minions, sempre na voz do diretor Pierre Coffin, que dublou todos os 899 minions do filme.
Na verdade, o idioma usado pelos bichinhos é uma mistura quase ininteligível de várias línguas, o que torna este praticamente um filme mudo, no estilo de Carlitos , o Gordo e o Magro e os Três Patetas. Se pensarmos bem, Kevin, Stuart e Bob são uma personificação maravilhosa dos Três Patetas, principalmente pelo humor inocente, do tipo pastelão, que é imortal.
Como disse no início, este é um filme para crianças. Para crianças de todas as idades, dos três aos trezentos anos, para aqueles seres humanos que mantém uma alma de criança, e que sentem prazer com um humor inocente e sincero.
E um lembrete, não saia da sala antes do final dos créditos, há algumas divertidas cenas suplementares dos minions e seu novo chefe.
Livros de cinema:
O Corpo do Cinema – Variações do Feminino
O corpo feminino sempre foi cantado, cobiçado, cultuado por sua beleza. O desenho sinuoso de suas curvas sejam elas voluptuosas, seja gentis, foi biologicamente programado para fascinar o olhar masculino inebriado pelo desejo. Foi esse ponto de encontro que não podia ser mais feliz entre o corpo feminino e o cinema que Ana Mery Sehbe de Carli teve a sensibilidade inteligente de colocar em caleidoscópicas cenas neste seu estudo sobre as variações do feminino. Foram escolhidos 32 filmes, baseados nas protagonistas reconhecidas pela beleza e pela popularidade do papel interpretado; histórias ou contextos que apresentem crise de paradigmas socioculturais; filmes inovadores, polêmicos; filmes do circuito comercial com bons indicadores de audiência; distribuição ampla através do cinema e de locadoras; potencialidade de estudo nas transformações socioculturais. Esses filmes foram realizados no período de 1930 a 2005. 232 p. Editora: EDUC.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“O Segredo das Águas”
A história acontece na ilha japonesa de Amami Oshima. Uma noite, Kaito (Nijirô Murakami) descobre um cadáver flutuando no mar. Sua namorada Kyoko (Jun Yoshinaga) vai tentar ajudá-lo a entender essa misteriosa descoberta. Juntos, os jovens, de apenas 16 anos, vão tentar entender a natureza cíclica da vida, amor e morte. Belíssimo filme da diretora Naomi Kawase, mostrando aspectos culturais pouco conhecidos do Japão, muito distantes das megalópoles transbordantes de tecnologia a que estamos habituados a ver. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Futatsume No Mado”)
“Armadilha Mortal”
“Armadilha Mortal” é um suspense de Sidney Lumet, baseado numa peça do escritor Ira Levin (“O Bebê de Rosemary”). No elenco, os astros Michael Caine e Christopher Reeve. Especialista em peças de mistério, o renomado dramaturgo Sidney Bruhl amarga uma fase de decadência. Ao receber a primeira peça de um jovem autor, a qual considera genial, Sidney planeja com a esposa convidar o rapaz para visitar sua casa, a fim de matálo e se apropriar de sua peça. É o início de uma trama surpreendente repleta de reviravoltas. Metalinguístico e mordaz, “Armadilha Mortal” é um verdadeiro tour de force de Lumet no mesmo estilo do clássico “Trama Diabólica” (1972), de Joseph Mankiewicz. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Deathtrap”)
“Mari Iyagi”
Namoo é um menino de 12 anos que perdeu seu pai e vive com sua mãe e sua avó. Sua mãe, com o tempo, se apaixona novamente, assim ele passa a maior parte do tempo sozinho. Um dia, Namoo descobre um estranha pedra brilhante em barraca em frente de sua escola, então, depois de pensar a noite toda, decide comprá-la. Mas, para se desapontamento a pedra já havia sido vendida. Um dia, passado pelo farol, descobre que a pedra brilhante havia transformado o lugar em um mundo de fantasia.Após esta descoberta o mundo de Namoo nunca será o mesmo. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Mari Iyagi”)
“A Audiência”
Enzo Jannaci é um desnorteado Amedeo que vai a Roma para encontrar e falar com o Papa. Mas a burocracia e forças estranhas são obstáculos para ele cumprir seu desejo. O comissário Diaz, cínico, interpretado magistralmente por Ugo Tognazzi, procura deslocar a atenção de Amedeo para a bela Aiche (Claudia Cardinale), enquanto que o nobre príncipe Donati (Vitorio Gassman) e o bispo Amerin (Michel Piccoli) parecem abraçar a causa deste jovem singular e teimoso. Um extraordinário elenco dirigido por um pungente e genial Marco Ferreri. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “L’udienza”)