Coluna Claquete – 07 de novembro de 2014

 

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Nos próximos dias os cinemas de Natal estarão em atividade fervilhante, pois além das estreias teremos o FICI – Festival Internacional de Cinema Infantil (veja programação na seção Eventos) e o 15º Projeta Brasil. As estreias da semana são a esperada ficção-científica “Interestelar”, o drama nacional “Made in China”, com Regina Casé, a animação “A Mansão Mágica”, o thriller “November Man – Um Espião Nunca Morre”, e a aventura “Uma Viagem Extraordinária”. Neste final de semana teremos também a re-exibição do clássico “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas”. Continuam em cartaz a cinebiografia “Tim Maia” (vejam na seção Filme da Semana), “Drácula – A História Nunca Contada”, o terror “Annabelle”, e “O Candidato Honesto”. Nas programações exclusivas o Moviecom exibe “Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso”, “Festa no Céu”, e “O Apocalipse”, enquanto o Natal Shopping mantém o romance “O Melhor de Mim”.

Estreia 1: “Interestelar”

Após ver a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais, um grupo de astronautas recebe a missão de verificar possíveis planetas para receberem a população mundial, possibilitando a continuação da espécie. Cooper (Matthew McConaughey) é chamado para liderar o grupo e aceita a missão sabendo que pode nunca mais ver os filhos. Ao lado de Brand (Anne Hathaway), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley), ele seguirá em busca de uma nova casa. Com o passar dos anos, sua filha Murph (Mackenzie Foy e Jessica Chastain) investirá numa própria jornada para também tentar salvar a população do planeta. A direção é de Christopher Nolan. “Interestelar” está em exibição na Sala 4 do Moviecom, Sala 2 do Cinemark, Sala 1 do Natal Shopping, e Sala 1 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Interstellar”)

 

Estreia 2: “Made in China”

Francis (Regina Casé) é vendedora na Casa São Jorge, que pertence ao árabe Seu Nazir (Otávio Augusto), e tenta ajudar o patrão a não perder sua clientela para a Casa do Dragão, recém-aberta pelo chinês Chao (Tony Lee). Com o apoio da colega de trabalho e fiel escudeira Andressa (Juliana Alves), e de Carlos Eduardo (Xande de Pilares), seu namorado, Francis investiga a concorrência e tenta desvendar por que as mercadorias chinesas são as mais baratas da Saara. A direção é de Estevão Ciavatta Pantoja. “Made in China” está em exibição na Sala 3 do Moviecom, Salas 1 e 7 do Cinemark, Sala 6 do Natal Shopping, e Sala 2 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Made in China”)

 

Estreia 3: “A Mansão Mágica”

Após ser abandonado na rua, um jovem gato encontra abrigo em uma mansão sombria. Lá vive Leonardo, um senhor de idade que trabalha como mágico e vive rodeado de animais e brinquedos que possuem vida. Ele logo adota o gato e lhe dá o nome de Trovão, para desgosto do coelho Zeca e da ratinha Nina, que se sentem ameaçados. Não demora muito para que a dupla planeje algo para expulsar Trovão do lugar, mas logo todos precisam lidar com uma ameaça bem mais perigosa: Daniel, sobrinho de Leonardo, que deseja vender a velha mansão. A direção é de Ben Stassen e Jérémie Degruson. “A Mansão Mágica” está em exibição na Sala 6 do Moviecom, Sala 7 do Cinemark, 2 do Natal Shopping, e Sala 4 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 3D. (T. O.: “The House of Magic”)

 

Estreia 4: “November Man – Um Espião Nunca Morre”

Montenegro, 2008. Peter Devereaux (Pierce Brosnan) é um espião da CIA que é responsável pelo treinamento do novato David Mason (Luke Bracey). Os dois estão envolvidos em uma missão que não dá certo, já que uma garota é atingida em um tiroteio. Desde então Peter se afasta do ramo da espionagem, mas é trazido de volta cinco anos depois pelo velho amigo Hanley (Bill Smitrovich), que o chama para resgatar uma velha conhecida de Peter, Lucy (Tara Jevrosimovic). Ela é uma agente que trabalha infiltrada na Rússia, espionando o general Arkady Federov (Lazar Ristovski), que Hanley quer resgatar já que corre risco de morte. Peter é então enviado para a tarefa, fora dos trâmites oficiais da CIA, mas ao chegar percebe que há bem mais interesses por trás desta situação. A direção é de Roger Donaldson. “November Man – Um Espião Nunca Morre” está em exibição na Sala 5 do Natal Shopping (legendado), e Sala 5 do Norte Shopping (dublado). Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “November Man”)

 

Estreia 5: “Uma Viagem Extraordinária”

Aos doze anos de idade, T.S. Spivet (Kyle Catlett) é um garoto superdotado, apaixonado por cartografia. Quando ele ganha um prêmio científico prestigioso, o garoto decide abandonar sua família em Montana para atravessar sozinho os Estados Unidos, até chegar à capital federal, Washington. O único problema é que o júri não sabe que o vencedor ainda é uma criança. A única pessoa que acredita e confia nele é a doutora Clair (Helena Bonham Carter). A direção é de Jean-Pierre Jeunet. “Uma Viagem Extraordinária” está em exibição na Sala 5 do Natal Shopping. Classificação indicativa livre. (T. O.: “The Young and Prodigious T.S. Spivet”)

 

Clássicos Cinemark: “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas”

Durante a Grande Depressão, Bonnie Parker (Faye Dunaway) conhece Clyde Barrow (Warren Beatty), um ex-presidiário, quando este tenta roubar o carro de sua mãe. Atraída pelo rapaz, ela o acompanha em uma carreira de crimes, assaltando bancos e roubando automóveis. Conhecem o mecânico C.W. Moss (Michael J. Pollard), que passa a ser o novo companheiro da dupla, mas durante um assalto matam uma pessoa e são caçados daí em diante como assassinos. Ao grupo une-se Buck (Gene Hackman), o irmão de Clyde recém-saído da cadeia, e Blanche (Estelle Parsons), sua mulher. Uma noite, são cercados por vários policiais e, obrigados a matar para fugir, passando a ser perseguidos em vários estados. A direção é Arthur Penn. “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas” será exibido na Sala 4 do Cinemark no sábado às 23h55m.Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Bonnie and Clyde”)

 

Filme da semana: “Tim Maia”
“Mais grave! Mais agudo! Mais eco! Mais retorno! Mais tudo!” Se tem uma expressão que poderia descrever o cantor e compositor Tim Maia é essa: mais tudo. Sua vida foi superlativa tanto nos aspectos positivos quanto negativos, e esta imagem foi levada às telas no filme “Tim Mais”, do diretor Mauro Lima, baseada nos livros “Vale Tudo, o som e a fúria de Tim Maia”, de Nelson Mota, e “Até Parece Que Foi Sonho – Meus 30 anos de amizade e trabalho com Tim Maia”, do antigo parceiro Fabio.
O filme percorre uma maratona temporal ao longo da vida conturbada do genial Tim, desde sua infância pobre na Tijuca até sua morte – praticamente no palco – em 1998, em um Brasil que também cresceu em meio a turbulências históricas e culturais.
Filho caçula de uma numerosa família com 19 filhos, Sebastião Rodrigues Maia cresceu em meio à efervescência cultural carioca, sendo companheiro de infância e adolescência de nomes que se tornariam estelares no futuro, como Erasmo Carlos, Jorge Ben Jor e Roberto Carlos – que chegou a participar do grupo “The Sputniks”, criado por Tim.
Mesmo sem conhecer uma nota, a musica sempre fez parte da vida de Tim, que se apegou ao sonho de se tornar famoso como cantor e compositor. Antes da fama, porém, a vida seria cheia de percalços.
Numa época em que viajar para o exterior era privilégio dos muito ricos, Tim cismou de morar nos Estados Unidos, e tanto fez que conseguiu chegar lá, onde tanto cultivou o amor pelo soul, a sedutora música negra, quanto se meteu em grandes encrencas, vindo a ser preso e deportado, por roubo e uso de drogas.
Seu retorno foi igualmente complicado, pois mais uma prisão se juntou ao seu currículo, e enquanto os antigos amigos Roberto e Erasmo brilhavam no cenário musical, ele ainda penava para ter o que comer.
A história no filme é contada por Fábio, um personagem que não apenas representa o paraguaio Juan Zenon Colón, que usava o nome artístico Fábio, como outros amigos íntimos de Tim. Com um tom sarcástico, o narrador faz a ligação entre as várias fases da vida de Tim.
O filme tenta ser honesto ao retratar Tim Maia como um homem destemperado, passional, impaciente, oportunista, beberrão e adepto às drogas. Contudo, ele também era uma pessoa sensível, amorosa, delicado e gentil em seus momentos. Em suma, seria uma pessoa normal não fosse tão extremada, exagero que também se refletia na sua genialidade como compositor, músico e intérprete, quando chegava às raias do preciosismo.
O que se vê nas telas é – literalmente – uma festa para os olhos e ouvidos do espectador, principalmente aquele que, como eu, teve a oportunidade de acompanhar o surgimento, explosão, ocaso, renascimento, etc., nem sempre em uma sequencia lógica.
Além das músicas bem conhecidas, diferentes de tudo o que se fizera no Brasil antes dele – e depois, também – não é exagero dizer que “Tim Maia” é a produção nacional mais hollywoodiana dos últimos tempos. A fotografia bem cuidada entra na história com tons acinzentados e amarelados a depender da fase, explodindo em cores nas apresentações musicais.
A recriação de época também é muito bem cuidada, tanto nos figurinos quanto nos automóveis e outros objetos de cada fase mostrada na tela.
Algumas liberdades poéticas foram tomadas, como a junção das duas mulheres da vida de Tim na personagem Janaína, vivida por Alinne Moraes. Os dois atores que interpretam Tim também estão soberbos, Babu Santana e Robson Nunes.
“Tim Maia” é um filme maravilhoso, não apenas por trazer de volta um dos personagens mais icônicos e controvertidos do cenário musical brasileiro, como também mostrar para as novas gerações que já tivemos coisas melhores que funk, sertanejo ou forró industrial para deleite dos nossos ouvidos. E falando em ouvidos, quem não gosta de palavrões é aconselhável evitar o filmes, pois esta faceta do cantor está fiel ao original.
 (T.O.: “Tim Maia”)
Eventos

FICI – Festival Internacional de Cinema Infantil
O Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI) chega à sua 12ª edição e, dentro do árduo e exíguo mercado cinematográfico infantil, se destaca como a principal mostra do gênero no país. Somente em 2014, a programação reunirá mais de 100 filmes de 24 países, concentrando mais que o dobro de lançamentos do gênero no país em um só evento. Os filmes serão exibidos com exclusividade nas salas de cinema da Rede Cinemark, em seis cidades brasileiras, entre curtas, média e longas-metragens, brasileiros e internacionais, mostras especiais, além de oficinas e debates. Com meia-entrada para toda a família, o festival acontece em Natal neste final de semana, de sexta a domingo.
FICI – Programação da sexta-feira (07/11)
“Os Croods” (10h45); “Anima Mundi para crianças” (16h30); “Loulou e os Outros Lobos” (18h30); “Uma Viagem Extraordinária” (10h00 e 14h00); “7 x Animação Digital” (13h00); “Comkids” (11h00); “As Aventuras de Azul e Asnar” (15h00); “Historias Animadas – Prêmio Brasil de Cinema Infantil” (10h00); “Histórias Curtas – Prêmio Brasil de Cinema Infantil” (14h00); “Mostra Teen – Prêmio Brasil de Cinema Infantil” (16h00).
FICI – Programação do sábado (08/11)
“Justin e a Espada da Coragem” (10h45); “Aviões” (12h30); “Frozen – Uma Aventura Congelante” (16h30); “Meu Malvado Favorito 2” (14h30); “Pequenos Que Nem Você” (10h30); “Tinker Bell – Fadas e Piratas” (18h30); “As Aventuras de Azul e Asnar” (11h00); “O Menino no Espelho” (15h00); “7 x Animação Digital” (15h30); “Alfie, o Pequeno Lobisomem” (13h30); “Kirikou – Os Homens e as Mulheres” (11h30); “O Homem da Lua” (17h30); “Ritmos do Brasil” (13h00).
FICI – Programação do domingo (09/11)
“Turbo” (10h45); “Bons de Bico” (12h30); “Hotel Transilvânia” (10h30); “Uma Aventura Lego” (18h30); “Uma Viagem Extraordinária” (16h30); “Pequenos Que Nem Você” (13h00); “Ritmos do Brasil” (11h00); “Anima Mundi para crianças” (15h30); “Ernest e Célestine” (17h30); “Kirikou – Os Animais Selvagens” (13h30); “Lifi: Uma Galinha na Selva” (11h30); “Khumba” (1045).
15º Projeta Brasil
Na próxima segunda-feira, dia 10, na rede Cinemark acontece o 15º Projeta Brasil, quando serão exibidos vários sucessos recentes do cinema brasileiros, com entrada ao preço único de R$ 3,00. Os títulos são os seguintes: “Amazônia”, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, “Julio Sumiu”, “Made in China”, “Muita Calma Nessa Hora 2”, “O Candidato Honesto”, “Os Homens São de Marte… E É Prá Lá Que Eu Vou”, “SOS Mulheres ao Mar”, “Tim Maia” e “Vestido Para Casar”. Consulte o site para ver horários e salas.

Livros de cinema:

A Música no Cinema
Este é um livro – em dois volumes – para quem gosta da música do cinema e quer se informar mais a respeito. Não trata de técnica, não ensina a compor para filmes. É sobretudo um livro de histórias, narrado através de seus personagens, e se realizará plenamente se conseguir que o leitor vá atrás de cada música nele focalizada, na tentativa de captá-la, retê-la. Viajando das pianolas dos velhos poeirinhas silenciosos até os pioneiros de Hollywood e destes até o nipo-universal Ryuichi Sakamoto, esta obra original de João Máximo é o primeiro trabalho no gênero publicado no Brasil e o primeiro no mundo a conter informações específicas sobre trilhas sonoras brasileiras. 524 p – Editora Rocco.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Como Treinar o Seu Dragão 2”
Cinco anos após convencer os habitantes de seu vilarejo que os dragões não devem ser combatidos, Soluço convive com seu dragão Fúria da Noite, e estes animais integraram pacificamente a rotina dos moradores da ilha de Berk. Entre viagens pelos céus e corridas de dragões, Soluço descobre uma caverna secreta, onde centenas de novos dragões vivem. O local é protegido por Valka, mãe de Soluço, que foi afastada do filho quando ele ainda era um bebê. Juntos, eles precisarão proteger o mundo que conhecem do perigoso Drago Bludvist, que deseja controlar todos os dragões existentes. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “How to Train Your Dragon 2”)
“A Arte da Paixão”
No começo do século XX, uma escola de artistas britânica reuniu alguns dos maiores talentos da época, como o rebelde Alfred Munnings, além de Harold e Laura Knight. Neste contexto, dois aspirantes a artistas começam um romance: Florence Carter-Wood e Gilbert Evans. No entanto, Florence começa a se apaixonar por Alfred, e abandona Gilbert para ficar com o talentoso pintor. Mesmo assim, o coração dela está dividido. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Summer in February”)
“Um Belo Domingo”
Baptiste (Pierre Rochefort) é um homem solitário, que trabalha como professor no sul da França. Na véspera do fim de semana ele percebe que um dos alunos foi esquecido pelo pai negligente e decide levá-lo até a mãe (Louise Bourgoin), que trabalha numa praia em Montpellier. Surge uma união familiar entre os três, mas as dívidas da mulher atrapalham suas vidas. Para ajudá-la, Baptiste terá que retornar às suas origens. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Um Beau Dimanche”)
“Alma em Suplício”
Mildred Pierce (Joan Crawford) é uma mãe dedicada e disposta a fazer tudo pela filha, a ambiciosa e ingrata Veda (Ann Blyth). Quando Mildred se torna a principal suspeita do assassinato de seu infiel marido Bert (Bruce Bennett), conhecemos a sua história e descobrimos até onde pode chegar o seu amor de mãe. Com linda fotografia em preto e branco de Ernest Haller e bela trilha sonora de Max Steiner, Alma em Suplício mescla, de maneira brilhante, elementos do melodrama e do cinema noir. Um trabalho de mestre de Michael Curtiz indicado a seis Oscars. Filme com formato de tela standard e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Mildred Pierce”)