Coluna Claquete – 04 de julho de 2014

 

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Depois da overdose de jogos da Copa do Mundo, agora teremos outra de estreias no cinema. As novidades são a ficção “Transformers – A Era da Extinção”, a animação “Khumba”, “Violetta – O Show”, os documentários “BBC- Brasil Selvagem”, a comédia “Não Aceitamos Devoluções”, o drama “Causa e Efeito”, o terror “O Espelho”, e “O Que os Homens Falam”, na Sessão Cine Cult do Cinemark. Teremos também a re-exibição de “Bonequinha de Luxo”. Continuam em cartaz “Como Treinar o Seu Dragão2”, “A Culpa É das Estrelas”, “Malévola”, e “Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou”. Nas programações exclusivas o Cinemark mantém “Amazônia”, e “Muppets 2 – Procurados e Amados”, o Moviecom, “No Limite do Amanhã” e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, e o Natal Shopping, “Transcendence – A Revolução”.

Estreia 1: “Transformers: A Era da Extinção”

Alguns anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, os gigantescos robôs alienígenas desapareceram. Eles são atualmente caçados pelos humanos, que não desejam passar por apuros novamente. Quando Cade (Mark Wahlberg) encontra um caminhão abandonado, ele jamais poderia imaginar que o veículo é na verdade Optimus Prime, o líder dos Autobots. Muito menos que, ao ajudar a trazê-lo de volta à vida, Cade e sua filha Tessa (Nicola Peltz) entrariam na mira das autoridades americanas. A direção é de Michael Bay. “Transformers: A Era da Extinção” está em exibição na Sala 6 do Moviecom, Salas 3 e 7 do Cinemark, Salas 1, 2 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1, 2 e 4 do Norte Shopping. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 3D. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Transformers: Age Of Extinction”)

Estreia 2: “Khumba”

Khumba, uma zebra com apenas metade das listras, aventura-se numa viagem iniciática para conquistar as listras que lhe faltam, quando a sua tribo o culpa pela falta de chuva. Na busca da lendária fonte onde as primeiras zebras obtiveram as listras, Khumba (Rodrigo Faro) cruza com um estranho grupo de personagens e alia-se a uma dupla bem estranha: uma gnu superprotetora (Sabrina Sato) e um avestruz auto-obcecado (Marco Luque). Mas, antes de poder reintegrar a tribo, Khumba terá de defrontar o feroz leopardo que controla a fonte e aterroriza os demais animais. Nem tudo é preto e branco nesta colorida e diferente aventura! A direção é de Anthony Silverston. “Khumba” está em exibição na Sala 7 do Cinemark, Salas 3 e 4 do Natal Shopping, e Sala 4 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, exibição em 3D. (T. O.: “Khumba”)

 

Estreia 3: “Violetta – O Show”

O filme acompanha a turnê mundial liderada pela protagonista da série ´Violetta´ e todo seu elenco, com cenas dos bastidores e entrevistas exclusivas. O início dos shows foi em Buenos Aires, seguindo para outros países da América Latina e Europa, contado com 200 apresentações no total. O registro do dia-a-dia das viagens faz um registro dos cenários, figurinos e coreografia, reunindo todas as emoções ao vivo de uma turnê. A direção é de Matthew Amos. “Violetta – O Show” será exibido na Sala 1 do Cinemark, e na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Violetta: La Emoción del Concierto”)

 

Estreia 4: “BBC Brasil Selvagem”

Venha desfrutar do fascinante mundo em que vivemos. Ser testemunha do ciclo da vida, dos segredos da natureza e maravilhosas histórias, através de imagens surpreendentes do nosso planeta. Nesta semana acontece a exibição de três documentários da BBC de Londres, da série Brasil Selvagem: “Um Mundo Perigoso” (10h50), “Resistência à Seca” (14h20), e “Enfrentando a Inundação” (18h00). Cada documentário tem cerca de uma hora de duração, é dublado em português, e será exibido individualmente. Todas as sessões serão na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa livre. (T. O.: “BBC Wild Brazil”)

 

Estreia 5: “Bonequinha de Luxo”

Holly Golightly (Audrey Hepburn) é uma garota de programa nova-iorquina que está decidida a casar-se com um milionário. Perdida entre a inocência, ambição e futilidade, ela toma seus cafés da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany`s, na intenção de fugir dos problemas. Seus planos mudam quando conhece Paul Varjak (George Peppard), um jovem escritor bancado pela amante que se torna seu vizinho, com quem se envolve. Apesar do interesse em Paul, Holly reluta em se entregar a um amor que contraria seus objetivos de tornar-se rica. A direção é de Blake Edwards. “Bonequinha de Luxo” será exibido na Sala 1 do Cinemark, no sábado às 23h55m, e domingo às 12h30m, e na Sala 5, na quarta-feira, às 19h30. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Breakfast at Tiffany’s”)

 

Estreia 6: “Não Aceitamos Devoluções”

Valentin sempre levou uma vida despreocupada no México, saindo com várias mulheres e alternando entre pequenos trabalhos. Um dia, uma mulher bate à sua porta e lhe deixa um bebê, dizendo ser sua filha. Apesar da surpresa inicial, Valentin se muda para os Estados Unidos e cria a pequena Maggie durante vários anos, tornando-se um homem responsável e encontrando um emprego fixo como dublê em filmes de ação. Seis anos mais tarde, a mãe de Maggie reaparece, com a intenção de levar a filha de volta com ela. A direção é de Eugenio Derbez. “Não Aceitamos Devoluções” está em cartaz na Sala 4 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “No Se Aceptan Devoluciones”)

 

Estreia 7: “Causa e Efeito”

O policial Paulo (Matheus Prestes) enfrenta um grande trauma, após perder a esposa e o filho em um acidente de carro. Ele não consegue aceitar o fato de que o responsável pelo crime não tenha sido punido, e acaba decidindo fazer justiça com as próprias mãos. Paulo passa a matar outras pessoas, mas não consegue assassinar Madalena, quando descobre a sua triste história de vida. Os dois se apaixonam e fogem juntos, usando as palavras de um padre, um pastor e um espírita para reconstruir as suas vidas. A direção é de André Farouço. “Causa e Efeito” está em cartaz na Sala 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Causa e Efeito”)

 

Estreia 8: “O Espelho”

Tim (Brenton Thwaites) e Kaylie (Karen Gillan) são dois irmãos traumatizados pela morte inexplicada dos pais. Quando Tim sai de um hospital psiquiátrico, após anos internado, ele tem certeza de que a causa da tragédia familiar é um grande espelho que acompanha a família há séculos. Cercados por fenômenos paranormais, os dois tentam provar que o objeto é o verdadeiro responsável pela sangrenta história de seus ascendentes. A direção é de Mike Flanagan. “O Espelho” está em cartaz na Sala 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Oculus”)

 

Sessão Cine Cult: “O Que os Homens Falam

Oito homens enfrentam a crise de meia-idade neste filme de episódios. E. (Eduardo Fernandez), que perde tudo o que tem e volta a morar na casa da mãe, se encontra casualmente com um amigo de longa data, J. (Eduardo Sbaraglia), que conquista tudo o que deseja, mas fica deprimido. S. (Javier Camara) tenta retomar o casamento dois anos após o divórcio. G. (Ricardo Darín) confessa a L. (Luis Tosar) que desconfia que sua esposa o trai. P. (Eduardo Noriega) tenta seduzir uma colega de trabalho. Já A. (Alberto San Juan) e M. (Jordi Mollà) têm seus segredos íntimos revelados. A direção é de Cesc Gay. “O Que os Homens Falam” será exibido na Sala 3 do Cinemark, na segunda-feira (07/07) e na terça-feira (08/07), na sessão de 18h30. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Uma Pistola em Cada Mano”)

 

 

Especial: Inovações no mundo da imagem
Durante muito tempo o mercado do cinema doméstico seguia o mandamento maior da bíblia do consumismo: vamos criar o paraíso, e depois vender os meios para os consumidores poderem chegar até ele. Isso funcionou bem enquanto a tecnologia avançava em ritmo de valsa, mas, nos últimos anos, chegou-se a um paradoxo, quando o produto ofertado oferece muito mais do que o usuário tem para usufruir.
Reza a lenda que quando Assis Chateubriand foi aos Estados Unidos fechar a compra dos aparelhos para a primeira emissora no Brasil, cometeram o erro de mostrarem-lhe uma demonstração da TV colorida – o que o deixou extremamente irritado, a ponto de rasgar os contratos, já que a que comprava era preto e branco!
Na verdade, mesmo nos Estados Unidos a cor só chegou às emissoras em meados da década de 1960, pois embora houvesse a tecnologia para a geração e transmissão, foi necessário criar toda uma estrutura para que a imagem chegasse aos lares americanos.
Durante muito tempo – muito mesmo – a evolução em termos de imagem ocorreu de forma lenta, e nós, brasileiros, morríamos de inveja ao ver, através do cinema, um gringo ligar e mudar os canais de sua tv colorida somente com um controle remoto, parecendo até coisa de ficção-científica!
No início dos anos 1970 tivemos acesso a caríssimos televisores coloridos – sem controle remoto, pois com ele o preço quase dobrava, e mesmo com a melhoria das transmissões, agora em nível nacional, a resolução continuava a mesma, cerca de 240 linhas de vídeo. A coisa era tão ruim que muitas pessoas – eu mesmo – trocaram aparelhos por tamanhos menores, para ter a sensação de que a imagem ficava melhor.
A chegada dos videocassetes, nos anos 1980, despertou a avidez dos espectadores: você podia assistir um filme na hora que quisesse, sem propagandas, e com uma imagem limpa, sem as interferências ainda comuns na transmissão das tvs abertas.
Enquanto muitos ainda estavam comprando o primeiro videocassete, foi lançado o fantástico DVD, primo rico do CD e mais bem sucedido que o finado videolaser. O novo produto, além de fornecer uma imagem com 525 linhas de definição, ainda prometia múltiplos canais de áudio e de legendas em vários idiomas, que poderiam ser alterados com um botão!
O problema é que mesmo as TVs mais modernas, de tela plana e tudo, não tinham a capacidade de mostrar essa resolução para o espectador, já que elas só dispunham das tais 240 linhas da época do Chateubriand! Algumas soluções foram apresentadas, como compressão de imagem, e entradas exclusivas para imagem. Eu mesmo cheguei a possuir uma TV enooorme da LG, que pesava 80 quilos, tinha formato de tela widescreen, e com muita mágica chegava nas 525 linhas que o DVD oferecia.
Nesta mesma época começaram a chegar as tvs de plasma, objetos de veneração e desejo, mas que, no início, custavam o preço de um apartamento! E mesmo os primeiros modelos eram o que hoje chamamos de HD, ou seja, a resolução suficiente para um DVD.
Bem, enquanto os sofridos early-adopters espremiam o orçamento para comprar seus primeiros televisores de tela fina, logo sai uma novidade que espanta meio mundo: o lançamento de um novo disco, o Blu-Ray, que prometia uma resolução seis vezes maior que o DVD – mas que também exigia um televisor melhor, que oferecesse uma resolução Full-HD!
O ânimo do mercado, porém, não foi tão receptivo a estes novos produtos. Embora as telas planas tenham caído de preço a ponto de um modelo Full-HD de 32 polegadas poder ser comprado por cerca de mil reais (aquele tubo “monstruoso” que mencionei antes tinha esse mesmo tamanho e custou na época três vezes mais), a necessidade do público não era a mesma.
Qualquer tv de plasma, LCD ou LED do mercado é capaz de oferecer uma boa imagem gerada por um DVD player, pela nova TV Digital aberta, ou mesmo pelos canais de assinatura em alta definição. Para uma boa imagem de Blu-Ray, basta que seja Full-HD.
Assim, causa uma certa surpresa a ênfase que está se dando aos novos televisores 4K e até 8K. Considerando que um Full-HD seja o padrão básico, esses novos padrões são capazes de oferecer uma resolução quatro ou oito vezes maior. A dúvida que fica é: para que vão servir estes aparelhos?
Embora a NHK do Japão esteja investindo bastante no padrão 8k ou Super High Vision, a verdade é que não existe conteúdo para estas resoluções. Para o Blu-Ray é suficiente uma tv Full-HD, então para que uma resolução oito vezes maior?
 É possível que estes novos aparelhos sejam destinados a uso industrial ou científico, em aplicações muito especializadas, pois para uma escala de entretenimento, como a que temos atualmente, é muito difícil que se consiga esta abrangência.
É bom lembrar que, pelo menos em nosso país, a imensa maioria dos espectadores contenta-se em assistir a tv aberta ou um DVD pirata ligado direto na tv. Melhor seria se a energia da indústria fosse direcionada para melhorar a qualidade do conteúdo, pois assistir novela ou notícias sensacionalistas em alta definição definitivamente não agrega nada para ninguém.
Livros de cinema:

Os Cinco Cs da Cinematografia – Técnicas de Filmagem
Ilustrada com mais de 500 imagens, esta obra clássica apresenta os conceitos e as técnicas consagradas da cinematografica. Os cinco cs detalhados aqui são: corte, composição, close-ups, continuidade e câmera: ângulos. Pioneiro do cinema nos Estados Unidos, Joseph V. Mascelli fala também dos problemas mais comuns durante as filmagens e dá dicas fundamentais para a edição. Entre os temas abordados estão: tempo e espaço cinematográfico; regras de composição; ponto de vista; altura e ângulo de câmera; cenas master; tipos de edição, direção da imagem etc. Fundamental para os estudantes de cinema, tem revisão técnica do cineasta Francisco Ramalho Jr. 288 p – Editora Summus.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Robocop”
Em um futuro não muito distante, no ano de 2028, a empresa OmniCorp fabrica robôs de combate, que são usados em guerras ao redor do mundo. Querendo conquistar a população americana, o dono da companhia Raymond Sellars (Michael Keaton) decide criar um robô que tenha consciência humana e a oportunidade aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, e ele é utilizado para comandar um corpo mecânico imbatível. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Robocop”)
“Pompéia”
Alguns dias antes da lendária erupção do monte Vesúvio, o escravo Milo (Kit Harrington) está preso dentro de um navio, em direção à Nápoles. Ele vai fazer de tudo para escapar e salvar a mulher que ama, além de ajudar o seu melhor amigo, um gladiador que está em dificuldades no interior do Coliseu. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Pompeii”)
“Lições de Vida”
Ben Marshall (Rupert Grint) é um tímido garoto londrino de 17 anos que tenta a todo custo se libertar dos domínios de sua mãe (Laura Linney). Ele tem essa chance quando vai trabalhar em uma casa de repouso e conhece Evie (Julie Walters), uma excêntrica e veterana atriz de cinema e teatro. Ela o convence a levá-la a um festival em Edinburgh, onde irá participar de um recital de poesia. Este é o início de uma transformação em sua vida, em que se liberta de todos os dogmas de sua educação conservadora.  O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Driving Lessons”)
“Triângulo Amoroso”
Com direção de Tom Tykwer, o filme alemão “Triângulo Amoroso” acompanha um casal na faixa dos 40 anos de idade que vive em Berlim. Sem um saber o que acontece com o outro, ambos começam a se relacionar com o mesmo homem. Ela conhece o rapaz em um encontro de trabalho, enquanto seu marido é seduzido pelo desconhecido em uma piscina. A inusitada situação é abalada com a gravidez da protagonista, fazendo com que todos experimentem sentimentos controversos. Filme com formato de tela widescreen e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Drei”)