Coluna Claquete – 09 de maio de 2014
Newton Ramalho
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O que está em cartaz
As cenas de barbárie que vemos nos noticiários levam a crer que mesmo o mais grotesco cinema nunca será tão terrível quanto o mundo real. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são a comédia “Mulheres ao Ataque”, com Cameron Diaz, o nacional “A Grande Vitória”, com Caio Castro, e o drama “Instinto Materno”, na Sessão Cine Cult. Continuam em cartaz “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” (vejam na seção Filme da Semana), “Getúlio”, com Tony Ramos, “Divergente”, “Capitão América 2: O Soldado Invernal”, “Noé”, e a animação “Rio 2”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a comédia nacional “S.O.S. – Mulheres ao Mar”, e o Moviecom mantém “Inatividade Paranormal 2” e “Copa de Elite”. Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.
Estreia 1: “Mulheres ao Ataque”
Quando Carly Whitten (Cameron Diaz) descobre que Mark King (Nikolaj Coster-Waldau), seu namorado, é casado com outra mulher, Kate (Leslie Mann), ela entra em contato com a esposa dele e propõe que as duas se vinguem juntas. Uma estranha amizade começa a nascer entre as duas, mas, a situação fica pior quando elas descobrem que uma terceira mulher está envolvida. Logo, Amber (Kate Upton), a terceira pretendente se une ao grupo, para dar uma lição no marido infiel. A direção é de Nick Cassavetes. “Mulheres ao Ataque” está em exibição na Sala 5 do Moviecom, Sala 1 do Cinemark, Sala 4 do Natal Shopping, e Sala 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Other Woman”)
Estreia 2: “A Grande Vitória”
Max Trombini (Caio Castro) teve uma infância humilde e conturbada. Abandonado pelo pai ainda hoje, ele foi criado pela mãe e pelo avô, que morreu quando tinha 11 anos. Revoltado, passou a se envolver em diversas confusões em sua cidade natal, Ubatuba, e depois em Bastos, onde passou a morar. Foi através do aprendizado das artes marciais, em especial o judô, que ele conseguiu se estabelecer emocionalmente e construir uma carreira que fez com que se tornasse um dos principais técnicos do esporte no Brasil. Baseado no livro “Aprendiz de Samurai”, escrito pelo próprio Max Trombini. A direção é de Stefano Capuzzi. “A Grande Vitória” está em exibição na Sala 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa dez anos. (T. O.: “A Grande Vitória”)
Estreia 3: “Instinto Materno” – Sessão Cine Cult
Barbu (Bodgan Dumitrache) é um homem infeliz que, aos 34 anos, busca a independência ao sair da casa da mãe, Cornelia (Luminita Gheorghiu). A situação não a agrada nem um pouco, pois gosta de ter o filho sob seus cuidados. Para piorar a situação, Barbu passa a namorar Olga (Natasa Raab), uma jovem que Cornelia considera muito desagradável. Quando ele se envolve em um acidente trágico, que o deixa em estado de choque, Cornelia coloca o instinto protetor de mãe em primeiro lugar e faz de tudo para impedir que ele seja preso. A direção é de Calin Peter Netzer. “Instinto Materno” será exibido segunda-feira (12/05) e terça-feira (13/05), na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 20h10. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Pozitia Copilului”)
Filme da Semana: “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”
Durante esta semana, mais da metade das salas de cinema de Natal foram destinadas à exibição da mais recente aventura do Homem-Aranha, “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”. Essa invasão “aracnídea” não surpreende, pois ele é um dos super-heróis de maior sucesso da Marvel Comics.
Criado em 1962 pelo genial Stan Lee e seu parceiro Steve Ditko, o Homem-Aranha fez um sucesso estrondoso mundo a fora, e além das revistas, já inspirou desenhos animados, cinco filmes no cinema, videogames, e um número indefinido de brinquedos e objetos de uso diverso.
Sempre que falo do Homem-Aranha, gosto de lembrar que ele é o mais humano dos super-heróis: é pobre, vive de “bicos” como fotógrafo freelancer, ajuda a tia que o criou, tem desilusões amorosas, e sempre está às voltas com uma crise existencial, principalmente pela campanha negativa que o seu patrão, o dono do jornal, vive fazendo contra o Homem-Aranha.
É curioso que o Batman, mesmo não tendo nenhum poder, não parece tão humanizado. Mas, afinal de contas, o alter ego do Batman, Bruce Wayne, é milionário, o que vale mais que muitos superpoderes.
O filme atual inicia com o cientista Richard Parker (Campbell Scott) gravando uma mensagem de vídeo para explicar o seu desaparecimento. Mais tarde, ele e sua esposa, Mary (Embeth Davidtz), estão a bordo de um jato particular que é invadido por um assassino, e após uma luta corporal, o avião cai.
Anos mais tarde, o filho de Richard, Peter (Andrew Garfield) continua a lutar contra o crime como o Homem-Aranha. Ele continua apaixonado por Gwen Stacy (Emma Stone), mas sempre se lembra da promessa que fez ao pai de Gwen, para manter-se longe dela, e preservá-la do perigo.
Amigo de infância de Peter, Harry Osborn (Dane DeHaan) retorna para Nova York, onde seu pai, Norman (Chris Cooper), o presidente da OsCorp, explica que está morrendo, e que sua doença é hereditária. Norman dá a Harry um pequeno dispositivo que ele afirma contém o trabalho de sua vida. No dia seguinte, Norman morre e Harry é nomeado o novo presidente da empresa
Enquanto isso, um obscuro funcionário da OsCorp, Max Dillon (Jamie Foxx), ao fazer uma manutenção em um laboratório da empresa, perde o equilíbrio e cai em um tanque cheio de enguias elétricas geneticamente modificadas. Elas o atacam, e ele se transforma em um gerador elétrico vivo. Quando Max vagueia pela Times Square e acidentalmente provoca um apagão, e o Homem-Aranha consegue detê-lo, e ele é levado para um instituto de pesquisa.
Quando os primeiros sintomas da doença de Harry aparecem, ele deduz que o sangue do Homem-Aranha poderia ajudar a salvá-lo. Ele pede a Peter para ajudar a encontrar o Homem-Aranha, mas aquele recusa, pois não sabe que efeitos a transfusão acarretaria. Enquanto isso, a diretoria da OsCorp destitui Harry, que se vê cada vez mais desesperado por uma saída. Ele resolve resgatar Max, agora transformado no vilão Electro, e invade a OsCorp, descobrindo um laboratório secreto do pai. Ele usa o veneno das aranhas cuja pesquisa o pai de Peter destruíra, e ao invés de curá-lo, o veneno o transforma no hediondo Duende Verde.
Peter usa informações deixadas por seu pai para localizar a mensagem de vídeo no laboratório secreto de uma estação de metrô abandonada. Richard explica que teve que sair porque ele se recusou a cooperar com os planos do desdobramento de armas biogenéticas de Norman Osborn.
Descobrindo finalmente a verdadeira razão da fuga e morte dos pais, Peter deverá confrontar os dois perigosos inimigos ao mesmo tempo, numa tentativa de salvar não apenas a cidade de Nova York, mas, também a vida da sua amada Gwen.
Na continuação do reboot do Homem-Aranha nos cinemas, o diretor Marc Webb trouxe certo frescor para a série que a dupla anterior, Sam Raimi e Tobey Maguire deixaram a desejar.
Andrew Garfield, um rosto menos conhecido, deixa mais lugar para o personagem, e o fato de Emma Stone ser sua namorada na vida real ajudou bastante a química de seus personagens na tela.
Repleto de cenas de ação e efeitos especiais, “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” deverá chegar perto da inatingível meta de agradar os fãs dos quadrinhos e do cinema. De qualquer forma, ainda teremos mais duas sequencias com Webb e Garfield.
Como sempre acontece com os filmes da Marvel, há uma cena pós-créditos, só que não tem a ver com o Homem-Aranha, e sim com X-Men. Outra tradição é a rápida aparição de Stan Lee, desta vez bem no início do filme.
Livros de cinema:
“World Cinema”
O livro “World Cinema”, organizado por Stephanie Dennison, faz um recorte com capítulos que procuram demonstrar os progressos obtidos na teorização do conceito de world cinema em anos recentes, fazendo uso de abordagens consagradas, a fim de expandir o cânone, revisitar e revisar a história cinematográfica. Tanto autores brasileiros e estrangeiros baseados no Brasil (como Esther Hamburger e Carolin Overhoff Ferreira) quanto pesquisadores brasileiros e estrangeiros radicados no exterior (Lucia Nagib e Dudley Andrew, entre outros) discutem ou ilustram tal intercâmbio – de ideias, de olhares etc. – tão central a esse conceito. O próprio livro é fruto de um intercâmbio entre a Socine, agora uma das maiores associações de estudos de cinema do mundo, e o Centre for World Cinemas de Leeds, Inglaterra, o primeiro centro dedicado ao estudo de cinema mundial. 240 p – Editora Papirus.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“12 Anos de Escravidão”
1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “12 Years a Slave”)
“3096 Dias de Cativeiro”
O filme é baseado na história real de Natascha Kampusch (Antonia Campbell-Hughes), que foi raptada e mantida em cativeiro entre os anos de 1998 e 2006. Capturada em uma rua de Viena aos dez anos, o longa narra sua vida ainda em liberdade, passando pelo período de isolamento completo do mundo exterior, onde sofreu abusos físicos e psicológicos, até o momento de sua fuga e readaptação a vida em sociedade. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “3096 Tage”)
“Memórias de Salinger”
Após escrever a obra-prima “O Apanhador no Campo de Centeio”, J. D. Salinger decidiu não publicar mais livros. Este homem recluso sumiu dos holofotes, não deu notícias durante quarenta anos. O autor teria ficado particularmente perturbado pelo fato de três assassinos terem usado o seu livro como justificativa de seus crimes. O documentário tenta investigar os motivos de seu comportamento, e quais obras ele teria escrito durante o isolamento. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Salinger”)
“Eu, Anna”
Sem conseguir dormir direito há semanas devido à recente separação, o detetive Bernie Reid (Gabriel Byrne) ronda a cidade de madrugada. Ao atender uma chamada, ele parte para um apartamento onde encontra um homem morto. Lá vê de relance uma mulher, Anna Welles (Charlotte Rampling), que lhe chama a atenção. Eles apenas se conhecem realmente em uma festa de solteiros e não demora muito para que engatem um relacionamento. O que Bernie não imaginava era que Anna era a assassina que estava procurando. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “I, Anna”)