Coluna Claquete – 31 de janeiro de 2014


Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Janeiro termina, trazendo as primeiras chuvas e alguns filmes interessantes. As estreias da semana são a aventura “47 Ronins”, com Keanu Reeves, o drama “A Menina Que Roubava Livros”, e o aguardado “Ninfomaníaca – Volume 1”, na Sessão Cine Cult, além das pré-estreias dos dramas “Trapaça”, e “Philomena”. Continuam em cartaz “O Lobo de Wall Street” (vejam na seção Filme da Semana), o thriller “Frankenstein – Entre Anjos e Demônios”, o terror “O Herdeiro do Diabo”, “Tarzan – A Evolução da Lenda”, “Caminhando com Dinossauros”, “Muita Calma Nessa Hora 2”, “Até Que a Sorte Nos Separe 2”, e “Frozen – Uma Aventura Congelante”. Nas programações exclusivas, o Cinemak exibe “Confissões de Adolescente”, enquanto o Cinépolis Natal Shopping mantém “Gravidade” e “Capitão Phillips” em sessões especiais.

 

Estreia 1: “47 Ronins

Kai (Keanu Reeves) é um mestiço que vive em Ako desde quando era garoto, sempre sob a proteção do lorde Asano (Min Tanaka). Entretanto, por mais que habite o local há muitos anos, ele nunca foi aceito por Oishi (Hiroyuki Sanada), o chefe dos samurais. Um dia, o shogun Tsunayoshi (Cary-Hiroyuki Tagawa) visita Ako e leva consigo o lorde Kira (Tadanobu Asano), que possui um pacto secreto com uma feiticeira (Rinko Kinkuchi). Juntos, eles tramam contra Asano e fazem com Oishi caia em desgraça. Um ano depois, Mika (Ko Shibasaki), a filha de Asano, está de casamento marcado com Kira. É o suficiente para que Oishi procure a ajuda de Kai, que sempre nutriu um forte sentimento por ela. A direção é de Carl Erik Rinsch. “47 Ronins” estreia nesta sexta-feira, na Sala 7 do Moviecom, Sala 7 do Cinemark, Sala 1 do Natal Shopping e nas Salas 1 e 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Exibição em 2D, 3D, dublado e legendado. (T. O.: “47 Ronin”)

Estreia 2: “A Menina Que Roubava Livros

Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel (Sophie Nélisse) e o irmão para um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro, mas o garoto morre no trajeto. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo (Geoffrey Rush), um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Já alfabetizada, Liesel sobrevive graças à literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A direção é de Brian Percival. “A Menina Que Roubava Livros” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Moviecom,Sala 2 do Cinemark, Sala 4 do Natal Shopping,e Sala 4 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “The Book Thief”)

Estreia 3: “Royal Opera House: O Quebra-Nozes

Na Royal Opera House, o Royal Ballet interpreta o clássico “O Quebra-Nozes”, com música de Tchaikovsky e coreografia de Peter Wright. Baseado no conto de E. T. A. Hoffmann, este espetáculo em dois atos conta a história da menina Clara, que sai do quarto na noite de Natal em busca de um presente e acaba vivendo aventuras mágicas ao lado do boneco Quebra-Nozes, enfrentando exércitos do Rei dos Ratos e visitando reinos encantados. “Royal Opera House: O Quebra-Nozes” será exibido na Sala 4 do Cinemark, sábado e domingo (11h00), terça (15h00) e quinta (19h00). Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “The Nutcracker: Royal Opera House”)

 

Estreia 4: “Ninfomaníaca – Volume 1 (Sessão Cine Cult)

Bastante machucada e largada em um beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um homem mais velho, Seligman (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele a leva para sua casa, onde possa descansar e se recuperar. Ao despertar, Joe começa a contar detalhes de sua vida para Seligman. Assumindo ser uma ninfomaníaca e que não é, de forma alguma, uma pessoa boa, ela narra algumas das aventuras sexuais que vivenciou para justificar o porquê de sua auto avaliação. A direção é de Lars Von Trier. “Ninfomaníaca – Volume 1” será exibido na terça-feira (04/02) e quinta-feira (06/02), na Sala 1 do Cinemark, na sessão de 19h30. Classificação indicativa 18 anos. (T. O.: “Nymphomaniac : Volume I”)

 

Pré-estreia 1: “Trapaça

Irving Rosenfeld (Christian Bale) é um grande trapaceiro, que trabalha junto da sócia e amante Sydney Prosser (Amy Adams). Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI (Bradley Cooper), infiltrando o perigoso e sedutor mundo da máfia. Ao mesmo tempo, o trio se envolve na política do país, através do candidato Carmine Polito (Jeremy Renner). Os planos parecem dar certo, até a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), aparecer e mudar as regras do jogo. A direção é de David O. Russell. “Trapaça” será exibido no sábado, na Sala 1 do Cinemark (20h50), e no sábado e terça na Sala 2 do Natal Shopping (22h30). Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “American Hustle”)

 

Pré-estreia 2: “Philomena

Irlanda, 1952. Philomena Lee (Sophie Kennedy Clark), é uma jovem que tem um filho recém-nascido quando é mandada para um convento. Sem poder levar a criança, ela o dá para adoção. A criança é adotada por um casal americano e some no mundo. Anos mais tarde, após sair do convento, Philomena (Judi Dench) começa uma busca pelo seu filho, junto com a ajuda de Martin Sixsmith (Steve Coogan) , um jornalista de temperamento forte. Ao viajar para os Estados Unidos, eles descobrem informações incríveis sobre a vida do filho de Philomena e criam um intenso laço de afetividade entre os dois. A direção é de Stephen Frears. “Philomena” será exibido na sexta (31) e quinta (6) na Sala 2 do Natal Shopping (22h30). Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Philomena”)

 

Filme da Semana: “O Lobo de Wall Street”
Quem se dispõe a assistir um filme de Martin Scorsese sempre pode esperar uma obra polêmica. Afinal de contas, quer um exemplo mais polêmico que o magnífico “A Última Tentação de Cristo”? Como não poderia deixar de ser, “O Lobo de Wall Street” também traz suas polêmicas, principalmente no que diz respeito ao homem que está sendo retratado, o próprio Lobo.
“O Lobo de Wall Street” traz como personagem principal Jordan Belfort, um corretor de ações picareta, que ganhou milhões de dólares em operações fraudulentas, ou, no mínimo antiéticas, sendo investigado pelo FBI, a Polícia Federal americana, e após condenado, passou menos de dois anos em uma prisão federal. Hoje ele vive de sua fama, apresentando palestras motivacionais mundo afora – e seu mercado deverá crescer muito após este filme.
Na história levada às telas, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) era um jovem aspirante a corretor quando conseguiu emprego em uma corretora de Wall Street, onde esforçou-se bastante para progredir, seguindo fielmente os ensinamentos de seu nada ortodoxo mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente conseguiu ser efetivado como corretor da firma, aconteceu o Black Monday, em outubro de 1987, que fez com que as bolsas de vários países desabassem, deixando o mundo das finanças em pânico.
Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não são negociados na bolsa de valores, apelidados de penny stock. Para sua surpresa, a taxa de corretagem para esse tipo de negócio é altíssima, e ele começa a ganhar uma pequena fortuna com isso.
É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, convidando Donnie (Jonah Hill) e outros amigos dos velhos tempos em que vendia carne de porta em porta, criando a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer. Ele não se importa muito com os pequenos poupadores que explora, pois o seu objetivo é sempre ganhar mais dinheiro.
Alçando voos mais altos, ele entra em Wall Street, graças a um lançamento de ações fraudulento, processo chamado de IPO, semelhante a uma empresa brasileira de petróleo que vendeu milhões de ações sem ter furado um único poço, e que hoje valem uma fração do preço original.
Investigado pelo incorruptível agente do FBI Patrick Denham (Kyle Chandler), Belfort tenta de tudo, persuasão, suborno, maquiagem de documentos, evasão de dinheiro para uma conta na Suíça, um acordo com a CVM de lá que ele mesmo não cumpre, mas termina atrás de grades – por pouquíssimo tempo, dado a gravidade das consequências de suas ações.
O filme despertou indignação em muita gente que foi prejudicada por Belfort ou por assemelhados. As vítimas reclamam da glamourização dada ao vigarista, sem nunca mostrar o dano que causou. No Brasil, o poupador usa caderneta de poupança e fundos de investimentos, mas nos Estados Unidos, o cidadão comum investe muito na Bolsa de Valores. Assim, pessoas perderam todas as suas economias, acreditando na lábia de Belfort, comprando ações de empresas de fundo de quintal, ou que nem existiam fora do papel.
Outro aspecto negativo foi a exposição excessiva dos vícios do protagonista e seus associados, com muitas cenas usando drogas, bebidas, mulheres de programa (há até uma escala de qualidade que varia com o preço), e todo tipo de esbórnia.
Não é que o cinema deva ser moralizador, isso é função da família. Contudo, vivemos em uma época em que ser bem sucedido é ter dinheiro, usar roupas caras, desfilar com carrões e ao lado de mulheres jovens e bonitas. Quando se apresenta um vigarista como Belfort com tamanha exposição, é como se fosse um outdoor dizendo “seja rico, não importa como”.
O filme é muito bem feito – é um Scorsese legítimo – com ótimas atuações, que já renderam um Globo de Ouro para Leonardo DiCaprio, e cinco nomeações para o Oscar, incluindo a de Melhor Filme. Contudo, o espectador deve ficar prevenido que há várias cenas de nudez, sexo e uso de drogas. Aliás, na primeira cena do filme, o protagonista cheira cocaína usando a bunda de uma mulher como apoio. Indicado realmente para adultos.
Livros de cinema:

“Perdidos na Tradução”
Um título de filme mal traduzido tem o poder de amaldiçoar um perfeito romance e de provocar gargalhadas em um típico dramalhão. Não é preciso muita intimidade com a língua inglesa para perceber que as traduções para o português de muitos títulos do cinema americano não são nem um pouco fieis ou coerentes com os originais. Este livro é uma seleção de pérolas divertidamente comentadas pelo professor e tradutor Iuri Abreu. Aqui você vai perceber que, com a ajuda de um tradutor metido a poeta, todo filme pode virar uma comédia. 288 p – Belas Letras.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“Ovelha Negra”
Ellis Whitman (Graham Phillips), um menino de 15 anos, parece ser o membro mais adulto da uma excêntrica família. Sua mãe “new age” (Vera Farmiga), namora um malandro (Justin Kirk). Seu pai (Ty Burrell) saiu de casa anos atrás e agora tem uma nova família. E seu guardião pouco convencional: estranho, maconheiro e conhecido como ‘Homem Cabra’, é quem ensina a ele o significado de compromisso e estabilidade. Quando o adolescente é aceito em uma universidade na Costa Leste, grandes mudanças acontecem em sua vida. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Goats”)
“Caminho Para o Coração”
Em Salt Lake City vive uma família composta por Peter (John Krasinski), sua esposa Julie (Rosemarie DeWitt) e os filhos. Eles decidem aceitar como hóspede Martine (Olivia Thilby), garota que está trabalhando na captação de som para um filme, e precisa da ajuda de Peter. Aos poucos, os dois ficam cada vez mais próximos, e Julie teme que seu marido comece a traí-la. Ao mesmo tempo, a própria Julie encontra um homem interessado nela. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Nobody Walks”)
“O Despertar dos Deuses”
Um jovem aprendiz de arqueólogo entra de cabeça em uma perigosa expedição nas areias ancestrais do Egito. Fugindo de armadilhas mortais e monstros de outras eras, a expedição descobre um segredo mais antigo do que a história e uma ameaça além da imaginação. Aqueles que estavam adormecidos agora acordaram. Os deuses estão entre nós. E a contagem regressiva para o fim do mundo começou. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Prisoners of the Sun”)
“Globo de Prata”
Um pequeno grupo de exploradores cósmicos deixa a Terra para encontrar a liberdade e começa uma nova civilização. O que eles não conseguem perceber é que dentro de si mesmos carregam o fim de seu próprio sonho. Muito tempo depois, seus descendentes vivem em uma cultura primitiva onde criaram seus próprios mitos e costumes. Dividida em diversas classes e agora escravizada, esta nova sociedade espera a vinda de um messias. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 2.0. (T. O.: “Na Srebrnym globie”)

     Film de la semaine: «Le Loup de Wall Street»


Quelq’un qui va regarder un film de Martin Scorsese peut toujours s’attendre à une œuvre polémique. Après tout, il y a un exemple plus controversé que le magnifique «La Dernière Tentation du Christ»? Allors, «Le Loup de Wall Street» apporte également son controversée, en particulier en ce qui concerne l’homme qui est dépeint, le Loup lui-même.
Le film «Le Loup de Wall Street» a pour personnage principal Jordan Belfort, un courtier pour les stocks que a gagné des millions de dollars dans les transactions frauduleuses, ou du moins contraire à l’éthique, a été objet d’une enquête par le FBI, la police fédérale américaine, et après condamnation, a passé moins de deux ans dans une prison fédérale. Aujourd’hui, il vit de sa gloire, en présentant des discours de motivation dans le monde entier – et son marché devrait croître beaucoup après ce film.
Dans l’histoire portée à l’écran, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) est un jeune courtier aspirant quand il a obtenu un emploi dans une firme de courtage de Wall Street, où il a travaillé dur pour progresser, en suivant fidèlement les enseignements de son mentor pas orthodoxe Mark Hanna (Matthew McConaughey ). Lorsque il a finalement réussi à être effectuée en tant que courtier de la société, est venu le Black Monday, en Octobre 1987, qui a fait les bourses de différents pays s’effondrent, laissant le monde financier totalement en panique.
Au chômage et très ambitieux, il finit par travailler pour une petite entreprise qui négociait rôles de faible valeur, qui ne étaient pas négociés sur la bourse, surnommés de penny stock. A sa grande surprise, les frais de courtage pour ce type de négociation était très élevé, et il commence à gagner une petite fortune.
C’est là que Belfort a l’idée de démarrer une entreprise axée sur ce type de négociation, invitant Donnie (Jonah Hill) et d’autres amis de l’ancien temps qu’ils vendaient de la viande porte-à-porte, pour la création de l’Stratton Oakmont, une entreprise qui fait tout enrichir rapidement et aussi mener une vie consacrée au plaisir. Il ne se souciait pas beaucoup de petits épargnants qui il explore, parce que son but a été toujours de gagner plus d’argent.
En souhaitant de vols plus hauts, il va à Wall Street, grâce à une libération des actions frauduleuse, processus appelé IPO, semblable à une compagnie pétrolière brésilienne qui a vendu des millions d’actions sans avoir foré un unique puit, et que vaut maintenant une fraction de prix d’origine.
Enquêté par l’incorruptible agent du FBI Patrick Denham (Kyle Chandler), Belfort tente tout, la persuasion, la corruption, les documents faux, l’évasion de l’argent sur un compte en Suisse, un accord avec la CVM, il ne se conforme pas, mais son destin sera derrière les barreaux – pour un court laps de temps, donné la gravité des conséquences de leurs actes.
Le film a suscité l’indignation de nombreuses personnes qui ont été lésés par Belfort ou similaires. Les victimes réclament l’idéalisation donné a l’escroc, sans jamais montrer les dégâts qu’il a causé. Au Brésil, l’épargnant utilise plus des comptes d’épargne et les fonds d’investissement, mais aux États-Unis, les personnes investitent beaucoup sur la Bourse. Ainsi, les gens ont perdu toutes leurs économies, a cause de la persuasion de Belfort, en achatent d’actions de sociétés de basse-cour, ou même que n’existaient pas en dehors du papier.
Un autre point négatif était l’exposition excessive des vices du protagoniste et ses associés, avec de nombreuses scènes avec l’abus de drogues, l’alcool, les call-girls (il ya même une échelle de qualité qui varie avec le prix), et toutes sortes de dépenses extravagantes.
Ce n’est pas le rôle du cinéma être moralisateur, il s’agit d’une fonction de la famille. Cependant, nous vivons à une époque où le succès est d’avoir de l’argent, porter des vêtements coûteux, voitures chères et femmes jeunes et belles. Quand on montre a un escroc comme Belfort avec une telle exposition, c’est comme un panneau disant «être riche, peu importe comment».
Le film est très bien fait – c’est un Scorsese légitime – avec de belles performances, qui lui ont valu un Golden Globe pour Leonardo DiCaprio et cinq nominations pour les Oscars, dont celui du Meilleur Film. Cependant, le spectateur doit être averti qu’il ya plusieurs scènes de nudité, de sexe et de drogues. Par ailleurs, dans la première scène du film, le protagoniste sent la cocaïne à l’aide de les fesses d’une femme comme support. Le film est approprié seulement pour adultes.

 

Movie of the Week: “The Wolf of Wall Street”
Who is willing to watch a movie of Martin Scorsese can always expect a polemical work. After all, is there a more controversial example that the magnificent “The Last Temptation of Christ”? Soe, “The Wolf of Wall Street” also brings his controversies, especially with the regard to the man that’s being portrayed, the Wolf himself.
“The Wolf of Wall Street” has as main character Jordan Belfort, a stocks broker that earned millions of dollars in fraudulent or at least unethical transactions, being investigated by the FBI, and after convicted, spent less than two years in federal prison. Today he lives by his fame, presenting motivational speeches worldwide – and his market is expected to grow a lot after this movie.
In the story brought to the screen, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) was a young aspiring broker when he got a job at a brokerage firm on Wall Street, where he worked hard to progress, faithfully following the teachings of his unorthodox mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey ). When he finally managed to be effected as a broker of the firm, came the Black Monday in October 1987, which made the markets from various countries collapse, leaving the financial world in panic.

Without job and very ambitious, he ended up working for a tiny company dealing with low-value stocks, which were not traded on the stock market, named “penny stocks”. To his surprise, the brokerage fee for this type of business was very high, and he begins to earn a small fortune from it.
It was there that Belfort had the idea to start a company focused on this type of business, inviting Donnie (Jonah Hill) and other friends from the old days they sold meat door to door, creating the Stratton Oakmont, a company that makes all of them enrich quickly and also lead a life devoted to pleasure. He did not care much for small savers that explores, as its goal was always to earn more and more money.
Ambitioning highest flights, he went on Wall Street, by a fraudulent release of actions, a process called IPO, similar to a Brazilian oil company that sold millions of shares without having drilled a single well, and now worth a fraction of its original price.
Investigated by incorruptible FBI agent Patrick Denham (Kyle Chandler), Belfort tries everything, persuasion, bribery, false documents, evasion of money to an account in Switzerland, an agreement with CVM there he did not comply, but in the end he went behind bars – for a short time, given the severity of the consequences of their actions.
The film outraged many people who were harmed by Belfort or others like him. The victims claim the glamorization given to the crook, never showing the damage it caused. In Brazil, the sparing use savings accounts and investment funds, but in the United States, the average person invests a lot on the Stock Exchange. Thus, a lot of people lost all their savings, believing in Belfort, and buying shares of backyard companies, or many others that even existed outside of the paper.
Another negative aspect was the excessive exposure of the vices of the protagonist and his associates, with many scenes using drugs, booze, call-girls (there was even a quality scale that varied with the price), and all kinds of profligate spending.
Cinema should not be moralizing, this is a family function. However, we live in an age where being successful is having money, wear expensive clothes, big cars and parading alongside with young and beautiful women. When it shows a crook as Belfort with such exposure, is like a billboard saying “be rich, no matter what.”
The film is very well done – it’s a legitimate Scorsese – with fine performances, which have earned a Golden Globe for Leonardo DiCaprio and five nominations for the Oscars, including Best Picture. However, the viewer should be warned that there are several scenes of nudity, sex and drug use. Incidentally, in the first scene of the film, the protagonist smells cocaine using the butt of a woman as support. Really suitable for adults only.