Coluna Claquete – 11 de outubro de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Primeira coluna no retorno das férias, temos muitas estreias e vários assuntos na seção Especial. As estreias da semana são o policial “Rota de Fuga”, a animação “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses”, a ficção “Ridick 3”, o drama espacial “Gravidade”, o besteirol “É o Fim”, e uma nova versão de “Branca de Neve”, na sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a animação “Tá Chovendo Hambúrguer 2”, a comédia nacional “Mato Sem Cachorro”, o thriller “Aposta Máxima” e a ficção-científica “Elysium”.

 

Estreia 1: “Rota de Fuga

Ray Breslin (Sylvester Stallone) é a maior autoridade existente ao se falar em segurança. Após analisar diversas prisões de segurança máxima, ele desenvolve um modelo à prova de fugas. Quando é preso, Ray é enviado justamente para a prisão que criou. Lá ele precisa encontrar uma brecha não imaginada até então, que permita sua fuga. A direção é de Mikael Hafstrom. Arnold Schwarzenegger atua como companheiro de cela de Ray. “Rota de Fuga” estreia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Escape Plan”)

 

Estreia 2: “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses

Após dormir por 15 anos, o deus da destruição Bills desperta e logo fica surpreso ao saber que Freeza havia sido derrotado por um jovem sayadin chamado Goku. Não demora muito para que ele e seu mestre partam para encontrá-lo, ainda mais após Bills se lembrar de um sonho que teve envolvendo um duelo épico com um deus super sayadin que ninguém jamais ouviu falar. Ao encontrá-lo, Goku fica logo animado em enfrentá-lo num duelo, mas logo percebe que seus poderes são ínfimos perto do poderio de Bills. A direção é de  Masahiro Hosoda e Yusuke Watanabe. “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas. (T. O.: “Dragon Ball Z: Battle of Gods”)

 

Estreia 3: “Riddick 3

Riddick (Vin Diesel), o homem mais procurado da galáxia, foi abandonado à própria morte em um planeta destruído pela guerra. Seu único desejo é voltar para o planeta de onde vem, mas para isso ele precisará enfrentar vários demônios e caçadores de recompensas. Enfrentando dificuldades para cumprir a tarefa sozinho, ele faz um pacto com Vaako (Karl Urban), que promete ajudá-lo no retorno à sua terra natal. Este é o terceiro filme tendo Riddick (Vin Diesel) no papel central. O primeiro foi Eclipse Mortal (2000), seguido de A Batalha de Riddick (2004). A direção é de David Twohy. “Riddick 3” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Riddick 3”)

Estreia 4: “Gravidade

Matt Kowalski (George Clooney) é um astronauta experiente que está em missão de conserto ao telescópio Hubble juntamente com a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock). Ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam encontrar um meio de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito para a vida humana. A direção é de Alfonso Cuarón. “Gravidade” estreia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Gravity”)

Estreia 5: “É o Fim

Durante uma festa na casa de James Franco, Seth Rogen, Jay Baruchel, Emma Watson e outras celebridades deparam-se com o apocalipse. Na trama, seis amigos estão presos em uma casa em Los Angeles, enquanto catástrofes acabam com o mundo do lado de fora. Eles precisam descobrir porque foram deixados para trás e como vão enfrentar o apocalipse. É assim que eles vão descobrir o verdadeiro significado da amizade e redenção. O detalhe é que todas as celebridades interpretam a si mesmas no filme. A direção é de Evan Goldberg e do próprio Rogen. “É o Fim” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Moviecom. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “This is the End”)

Estreia 6: “Branca de Neve – Sessão Cine Cult

Sevilha, Espanha, 1920. Carmen (Macarena García) viveu toda a infância com sua terrível madrasta, Encarna (Maribel Verdú). Cansada de ser reprimida, a jovem resolve fugir de casa para viver diversas aventuras como toureira, na intenção de apagar seu passado traumático. Durante a viagem, ela recebe a ajuda de sete anões toureiros, que decidem protegê-la a todo custo. A direção é de Pablo Berger. “Branca de Neve” será exibido na terça-feira (15/9) e quinta-feira (17/9), na Sala 2 do Cinemark, na sessão de 20h00. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Blancanieves”)

 

Especial: Claquete – O Retorno
Após renovar as energias em merecidas férias, deparei-me com um agradável problema para solucionar, vários assuntos que adoraria compartilhar com os meus queridos leitores. Temos novas descobertas no Velho Mundo, dois bons filmes em cartaz, “Elysium” e “Aposta Máxima”, e a triste partida de dois nomes importantes do cinema brasileiro, Norma Bengell e Cláudio Cavalcanti.
Apesar de disporem de moderníssimas salas multiplex e IMAX, fiquei surpreso ao constatar que as grandes cidades europeias, no caso, Londres e Paris, ainda dispõem dos velhos cinemas de rua, salas majestosas ou simples, com a bilheteria e entrada dando diretamente para a calçada. Vizinho ao nosso hotel em Paris, no Quartier Latin, havia um pequeno cinema, com programação selecionada, no estilo cineclube. Outras salas, bem maiores, tinham programação diversificada, passando desde os blockbusters até filmes em preto e branco da década de 40.
Aqui no Brasil, além da decadência do cinema, que perdeu espaço para a televisão e o videocassete, aconteceu uma crescente pressão da violência urbana, levando os cinemas para os espaços mais protegidos dos shopping centers. Considerando a sensação de segurança daquelas cidades europeias, acredito que os espectadores de lá ainda poderão dispor dessas salas por muito tempo.
Ao retornar para as plagas natalenses, pude conferir o drama “Aposta Máxima” (“Runner Runner”), estrelado por Justin Timberlake e Ben Affleck. Mostrando um lado pouco glamouroso do mundo da jogatina, o filme traz uma situação real, a dos viciados online, que estão sujeitos aos ditames inescrupulosos de escroques sem pátria, frutos de um mundo globalizado e instantâneo.
Ao apostar toda sua reserva em um jogo de pôquer online, Ritchie (Justin Timberlake) perde tudo. Conhecedor do mundo dos jogos, ele percebe que havia algo estranho, e consegue evidências de que fora trapaceado. Ele viaja até a Costa Rica, onde vive o poderoso  executivo Ivan Block (Ben Affleck), o dono do site.
Impressionado com as habilidades de Ritchie, Ivan oferece-lhe um alto cargo em seu negócio. Mas, aos poucos, o jovem percebe os aspectos pouco éticos da empresa, e que ele ficava cada dia mais envolvido neles, ao mesmo tempo em que era duramente pressionado por um agente do FBI. Para sair dessa situação, ele precisará jogar com as mesmas armas do inimigo.
O outro filme que me chamou a atenção foi “Elysium”, uma ficção-científica apocalíptica que retrata um mundo caótico e desigual, cento e cinquenta anos no futuro. Enquanto que na superfície da Terra uma população miserável se engalfinha para sobreviver em condições humilhantes e sub-humanas, a elite dominante vive em uma imensa estação espacial na órbita do planeta, usufruindo, entre outras regalias, de máquinas de regeneração celular, capazes de curar qualquer doença.
Quando clandestinos tentam penetrar na estação, entra em ação a poderosa Secretária de Defesa Rhodes (Jodie Foster), que não hesita em aniquilar os reles mortais que ousam invadir o seu paraíso. Quando sua autoridade é questionada pelo presidente, ela procura um plano alternativo para conseguir o poder absoluto.
Enquanto isso, na Terra, o operário Max (Matt Damon) sofre um acidente de trabalho e fica exposto à radiação. Ao ser informado que dispõe apenas de cinco dias de vida, ele decide encontrar uma maneira de ir até Elysium para curar-se.
Para isso, ele precisará da ajuda de Spider (Wagner Moura), o líder de um grupo que contrabandeia clandestinos para Elysium. Spider propõe que Max faça um serviço para ele, roubar os segredos escondidos na mente de John Carlyle (William Fitchner), o dono da fábrica onde ele trabalhara.
O plano funciona, mas, junto com os segredos roubados da mente de Carlyle estão a quebra do próprio sistema operacional de Elysium – o que dará poder absoluto a quem conseguir utilizá-lo.
Perseguido pelo mercenário Kruger (Sharlto Copley), Max recorre à sua amiga de infância Frey (Alice Braga), que tenta ajudá-lo, mas, também tem os seus próprios problemas, pois a filha sofre de leucemia, e está numa fase muito avançada.
O destino de todos esses personagens será em Elysium, onde uma batalha de resultado imprevisível poderá mudar o destino do mundo como eles o conhecem. Apesar de o filme ser uma ficção, não está muito longe da realidade, em um mundo onde os melhores recursos de saúde só estão disponíveis para os mais abastados.
Foi curioso encontrar dois artistas brasileiros no elenco de “Elysium”, uma produção bem hollywoodiana. Alice Braga já participou de outros filmes americanos importantes como “Eu Sou a Lenda” e “Ensaio Sobre a Cegueira”. Wagner Moura, embora seja um dos atores mais brilhantes de sua geração, faz o seu debut no mercado internacional.
Norma Bengell em ato contra a censura (segunda à direita)
E falando-se em atores brasileiros, lamentamos a morte de Norma Bengell, uma mulher muito à frente do seu tempo, que brilhou nas telas e palcos brasileiros, tendo uma postura política de contestação à ditadura, com a qual conviveu grande parte de sua vida. É de lamentar apenas que uma pessoa que brilhou como  atriz, cineasta, produtora, cantora e compositora, seja lembrada mais por ter sido a primeira atriz brasileira a apresentar-se em uma cena de nu frontal, no filme “Os Cafajestes”, de 1962.
A outra perda lamentável foi a de Claudio Cavalcanti, com um talento multifacetado, brilhou como  ator, diretor de televisão, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador, radialista, político e ativista dos direitos dos animais.
Tenho uma lembrança muito agradável que remete a Claudio Cavalcanti, que foi protagonista do filme “Memórias de um Gigolô”. O filme, de 1970, era baseado no livro homônimo de Marcos Rey, sendo dirigido por  Alberto Pieralisi, e onde Claudio atuava ao lado de Rossana Ghessa e Jece Valadão.
Numa época onde o erotismo era duramente reprimido pela Censura, um filme com cenas de nudez era considerado impróprio para menores de 18 anos. Contando com a cumplicidade dos porteiros do cinema, todos nossos conhecidos, os garotos entravam furtivamente, após o início do filme (nessa época eu tinha 14 anos) para descobrir os segredos proibidos, que se resumiam a alguns seios desnudos e uma visão fugaz de pelos pubianos. Mas, o proibido tem um sabor maior, e aquelas breves imagens perpetuavam-se em nossas memórias juvenis…
E assim, de Londres e Paris, passando pelo futuro, terminamos no passado da minha querida Santa Rita, na Paraíba. E para as próximas semanas, retornaremos ao ritmo normal da Claquete, ao qual os leitores já estão habituados. Boa semana a todos!
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”
 
Clary Fray (Lilly Collins) presenciou um misterioso assassinato, mas ela não sabe o que fazer porque o corpo da vítima sumiu e parece que ninguém viu os envolvidos no crime. Para piorar a situação, sua mãe desapareceu sem deixar vestígios e agora ela precisa sair em busca dela em uma Nova Iorque diferente, repleta de demônios, magos, fadas, lobisomens, entre outros grupos igualmente fantásticos. Para ajudá-la, Fray conta com os amigos Simon (Robert Sheehan) e o caçador de demônios Jace Wayland (Jamie Campbell Bower), mas acaba se envolvendo também em uma complicada paixão. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “The Mortal Instruments: City of Bones”).
“Depois de Maio”
Região de Paris, início da década de 1970. Gilles (Clément Métayer) é um jovem estudante imerso na atmosfera criativa e política da época. Como os seus colegas, ele está dividido entre o investimento radical na luta política e a realização de desejos pessoais. Entre descobertas amorosas e artísticas, sua busca o leva à Itália e ao Reino Unido, onde ele deverá tomar decisões essenciais ao resto de sua vida. Retrato interessante de uma época onde os jovens sonhavam em mudar o mundo. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Après Mai”)
“Therese D.”
França, década de 1920. Thérèse (Audrey Tautou), é uma adorável e espirituosa jovem mulher que se casa com Bernard Desqueyroux (Gilles Lellouche), seu vizinho, transformando assim suas respectivas terras em uma grande propriedade. Bernard tolera a personalidade e as opiniões fortes de sua brilhante esposa, mas ela logo se vê sufocada pelo tédio de sua vida provincial e pela mediocridade intelectual de seu marido. Ela sonha com o a efervescência cultural de Paris e começa a procurar uma maneira de revolucionar sua vida. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Thérèse Desqueyroux”)
“Irmãs & Irmãos”
Esta comédia dramática acompanha quatro história de jovens homens e mulheres, e suas relações com os irmãos. Uma das histórias mostra a descoberta de uma adolescente de que sua mãe tem outra filha; outro segmento trata de uma atriz tendo que lidar com a irmã dependente e depressiva; a terceira história mostra um garoto esquizofrênico ajudado pela irmã, e por fim um ator rico recebe a visita do irmão, em condições financeiras difíceis. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Sisters & Brothers”)