Coluna Claquete – 02 de agosto de 2013

  

Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  – @colunaclaquete

 

 O que está em cartaz

O mês de agosto inicia, com o retorno às aulas, e um clima mais calmo, após um julho bem emocionante. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias da semana são o thriller “RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos”, e o infantil “Os Smurfs 2”. Continuam em cartaz a ficção-científica “Wolverine: Imortal” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Hugh Jackman, as animações “Turbo”, da Dreamworks, e “Meu Malvado Favorito 2”, as comédias nacionais “O Concurso”, e “Minha Mãe é uma Peça – O Filme”, e a nova versão do Superman, “Homem de Aço”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o documentário “Elena”, na Sessão Cine Cult.

 

Estreia 1: “RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos

Tudo o que Frank Moses (Bruce Willis) queria era levar uma vida normal ao lado da namorada Sarah (Mary-Louise Parker), mas, seu sonho vira um pesadelo quando seu parceiro Marvin Boggs (John Malkovich) aparece com uma novidade: suas vidas estão em perigo. Frank não dá muito crédito para as palavras do amigo, mas logo se vê forçado a acreditar que algo está acontecendo quando acaba sendo levado para um interrogatório e quase é morto. Agora, ele tem certeza de que sua cabeça e a de seu melhor amigo estão a prêmio. A questão é descobrir porque e como evitar que isso aconteça, nem que para isso eles tenham que correr o mundo, reencontrar velhos parceiros, na figura de Victoria (Helen Mirren) e enfrentar antigos inimigos, como o poderoso Han (Byung-Hun Lee). A caçada está só começando. A missão leva o grupo a Paris, Londres e Moscou, sempre contando com seu estilo “velha guarda” para salvar o mundo e manterem-se vivos. A direção é de Dean Parisot. “RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “RED 2”)

Estreia 2: “Os Smurfs 2

O malvado feiticeiro Gargamel (Hank Azaria) continua determinado em roubar a Essência dos Smurfs e criou, para esse efeito, duas pequenas criaturas, Vexy e Hackus, que são muito semelhantes às adoráveis criaturas azuis, no entanto, as suas semelhanças físicas não são suficientes para aproximá-los da misteriosa essência porque esta pertence, única e exclusivamente, ao Mundo dos Smurfs. Tal como Vexy e Hackus, Smurfette foi criada por Gargamell para roubar a essência, mas graças à magia do Papa Smurf conseguiu tornar-se numa Smurf verdadeira. Gargamel acredita que o espirito mágico de Smurffete é a chave para transformar Vexy e Hackus em Smurfs, e decide por isso sequestra-la e manipular o seu material genético para assim conseguir ter aquilo que mais deseja. Enquanto os Smurfs unem-se para salvar a amiga das garras do malvado feiticeiro, Smurfette começa a identificar-se com Vexy e Hackus, acreditando que não é amada pelos Smurfs nem pertence ao seu mundo. “Os Smurfs 2” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 2 e 4 do Cinemark, e nas Salas 4 e 6 do Moviecom. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas, em 2D e 3D. (T. O.: “The Smurfs 2”)

Sessão Cine Cult: “Elena

Ao viajar para Nova York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no Brasil uma infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar implantada no país, e também a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos. Duas décadas depois, Petra, já atriz, embarca para Nova York atrás da irmã. Em sua busca Petra apenas tem algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros. Ela acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado. A direção é da própria Petra Costa, que também é a personagem principal. “Elena” será exibido somente na Terça-feira (06/08) e na Quinta-feira (08/08), na Sala 7 do Cinemark, na sessão de 20h10. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Elena”)

  

Filme da Semana: “Wolverine: Imortal”
De todos os heróis dos quadrinhos trazidos para as telas de cinema, Wolverine certamente é o que demonstra uma maior longevidade, considerando-se não apenas o personagem, mas também o ator, o australiano Hugh Jackman, que chega ao quinto filme, “Wolverine: Imortal”. E a carreira prossegue com “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, previsto para estrear em 2014.
Aparecendo nos quadrinhos pela primeira vez em 1974, o herói Wolverine deve este nome ao carcaju, um pouco simpático mamífero que vive nas florestas canadenses, e que apesar do pequeno tamanho é um temível predador – até de animais maiores que ele. Uma de suas características, além da ferocidade, são as poderosas garras.
Apesar de ter participado dos três filmes iniciais da série X-Men, somente em “X-Men Origens: Wolverine” foi lançada uma luz sobre sua história pregressa, as famosas garras retráteis, sua transformação numa máquina de matar imbatível, com a transformação de seu ossos em adamantium, e a vida solitária e arredia.
Talvez seja esse o maior atrativo do herói, principalmente para a nossa civilização ocidental, que prima pelo individualismo, competição e arrogância. Infelizmente, esses atributos, que sob um prisma ético parecem defeitos, aos olhos do nosso deturpado mundo atual surgem como virtudes, numa perversa distorção de valores.
O filme atual ambienta as aventuras do herói no Japão, e há uma associação não declarada da imagem dele com a do ronin, o samurai sem senhor, que vive à margem da sociedade. Curiosamente, essa imagem se aproxima do estereótipo do herói hollywoodiano, o ser antissocial, pouco afeito às regras e leis, que resolve tudo sozinho de acordo com o seu próprio nariz.
Curiosamente, na cultura japonesa o ronin era uma figura execrada, pois em uma sociedade altamente estratificada, onde a honra e a hierarquia eram os valores mais importantes, um samurai sem um senhor era como um corpo sem cabeça, algo que simplesmente não tinha sentido de existir.
Mas, isso é Hollywood, onde o mundo é mostrado, não como ele é, mas, como os americanos pensam que ele é. Podemos entender esses absurdos com filmes como “Turistas”, “Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio”, que mostram o Brasil de forma bem estranha – até mais do que é realmente.
O filme atual inicia no final de Segunda Guerra Mundial, quando Wolverine salva a vida do soldado japonês Yashida (Haruhiko Yamanouchi) do bombardeio atômico em Nagasaki. Muitos anos depois, após os eventos de “X-Men 3: O Confronto Final”, quando Logan fora obrigado a matar Jean Grey (Famke Janssen), Logan vive recluso e anônimo nas florestas canadenses, atormentado pela morte da mulher que amava.
Enquanto passa as noites sonhando com Jean Grey, e vivendo feito um autômato, Logan é encontrado pela jovem Yukio (Rila Fukushima). Ela viera a mando de Yashida, o soldado que Logan salvara, e que agora era um idoso milionário. Padecendo de uma grave doença, ele deseja utilizar o poder curativo de Logan, oferecendo-lhe o que nenhum humano normal desejaria, a possibilidade de morrer.
Yashida oferece a Logan torná-lo mortal, para sentir o que é envelhecer, levar uma vida normal e uma morte teoricamente significativa. Logan recusa a oferta, mas se encontra no meio da política familiar, poisa máfia japonesa, a Yakuza, tem planos de matar a neta de Yashida, a bela Mariko (Tao Okamoto), e o mutante logo se verá perseguido e sem poder contar com seu fator de cura para sobreviver.
Viper (Svetlana Khodchenkova), uma bióloga mutante injeta um parasita em Logan, tornando-o vulnerável a tiros, tornando-o capaz de sentir dor, sangrar, perder a sua capacidade de cura e enfraquecer sua força. Logan consegue operar a si mesmo e se livrar do parasita do Viper, restaurando seu poder de cura.
O embate final ocorrerá entre Wolverine e o Samurai de Prata, um robô gigante feito de adamantium, que muda totalmente o ritmo e o tratamento dado ao herói no filme, deixando a visão intimista para partir para porrada pura e simples.
“Wolverine: Imortal” é mais um produto voltado para as gerações de espectadores atuais, sem dar muita bola para os fãs dos quadrinhos, o que sempre gera muitas reclamações. Não deixe de ver a cena pós-créditos, pois fornece boas pistas sobre a próxima aventura dos X-Men.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Jack, o Caçador de Gigantes”
 
Jack (Nicholas Hoult) é um fazendeiro que adquire grãos de feijão com a única recomendação de que não devem ser molhados. Obviamente, isto acaba ocorrendo e criando um enorme pé de feijão que vai dar em um mundo de gigantes. Em meio a tudo isso, a princesa Isabelle (Eleanor Tomlinson) é sequestrada pelos gigantes e Jack se unirá ao Rei (Ian McShane) e ao general Elmont (Ewan McGregor) em uma cruzada para salvar a jovem. A direção é de Bryan Singer. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1, e, como extras, Cenas Deletadas e Erros de Gravação. (T.O.: “Jack the Giant Slayer”).
“Uma História de Amor e Fúria”
Um homem (Selton Mello) com quase 600 anos de idade acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína (Camila Pitanga). A história acompanha quatro épocas distintas de conflitos armados: em 1566, quando os tupinambás são dizimados pelos portugueses na Guanabara; 200 anos depois, quando os soldados do futuro Duque de Caxias contêm a Balaiada, revolta de escravos no Maranhão; entre 1968 e 1980, quando a Ditadura sentencia a vida de presos políticos; e em 2096, quando a guerra por água potável marca a rotina do Rio de Janeiro. A direção é de Luiz Bolognesi. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Uma História de Amor e Fúria)
“A Sobrevivente”
Lilith (Suzanne Tufan) anda sem rumo pelo que restou da civilização. Procurando entre os destroços desertos da cidade, algo que possa lhe ser útil para continuar sobrevivendo. Ao voltar para seu refúgio, todas as noites, ela mergulha nas memórias da família que um dia teve e da vida feliz que um dia levou. “A Sobrevivente” conta a história de Lilith através de seu cotidiano nas ruínas da sociedade no futuro e também por meio de lembranças antes dos eventos que levaram o mundo que ela conhecia ao caos e à destruição. A direção é de Gil Luna. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Population: 2”)
“O Piano Mágico”
Quando a mãe solteira Gorgie leva seus filhos Jane e Fred para assistirem ao espetáculo A Máquina voadora, uma produção que é musicalizada ao vivo pelo famoso pianista Lang Lang, tocando as obras-primas de Chopin, ela não imaginava o que a esperava. O filme sendo exibido no espetáculo é “O Piano Mágico”, que narra à história de Anna, menina cujo pai teve que partir às pressas da Polônia para a Inglaterra e a deixou sob os cuidados de uma tia. Repleto de aventuras, fantasia e muita música. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Flying Machine”)