Coluna Claquete – 03 de maio de 2013

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Chegamos a maio, mês do Trabalho ou do Trabalhador, nem sei mais, e das noivas, ai de mim se esquecer delas… Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são o drama nacional “Somos Tão Jovens”, inspirado na vida do músico Renato Russo, e da produção inglesa “A Parte dos Anjos” na Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz as ficções-científicas “Homem de Ferro 3” (vejam na Sessão Filme da Semana), com Robert Downey Jr, e “Oblivion”, e a comédia nacional “Vai Que Dá Certo”. Nas programações exclusivas, O Cinemark exibe “Meu Pé de Laranja Lima”, enquanto o Moviecom mantém o romance “Um Porto Seguro”, e a animação “Os Croods”.

 

Estreia 1: “Somos Tão Jovens

Brasília, 1973. Renato (Thiago Mendonça) acabou de se mudar com a família para a cidade, vindo do Rio de Janeiro. Na época ele sofria de uma doença óssea rara, a epifisiólise, que o deixou numa cadeira de rodas após passar por uma cirurgia. Obrigado a permanecer em casa, aos poucos ele passou a se interessar por música. Fã do punk rock, Renato começa a se envolver com o cenário musical de Brasília após melhorar dos problemas de saúde. É quando ajuda a fundar a banda Aborto Elétrico e, posteriormente, a Legião Urbana. A sugestão do título foi da mãe de Renato, e veio de um trecho da música “Tempo Perdido”, sucesso do álbum “Dois” do grupo Legião Urbana, lançado na década de 80, período áureo do grupo. A direção é de Antonio Carlos da Fontoura. “Somos Tão Jovens” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Somos Tão Jovens”)

 

Sessão Cine Cult: “A Parte dos Anjos

Robbie (Paul Brannigan) escapa, por pouco, de uma sentença de prisão. Ele acaba de ter um filho com a namorada Leonie (Siobhan Reilly) e promete que o futuro do primogênito será diferente de tudo que viveu. Durante o serviço comunitário, ele conhece pessoas que enfrentam a mesma dificuldade de encontrar emprego e descobre um dom em degustação de uísque, que pode mudar suas vidas para sempre. A direção é de Ken Loach. “A Parte dos Anjos” será exibido na terça-feira (07/05) e quinta-feira (09/05), na sessão de 21h50, na Sala 4 do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “The Angel’s Share”)

 

Filme da Semana: “Homem de Ferro 3”
Sempre que algum herói dos quadrinhos é levado às telas de cinema, os fãs da mídia original reclamam da falta de fidelidade e outras coisas mais. A verdade é que um filme é dirigido para as plateias atuais, e muitos dos espectadores de hoje nem eram nascidos quando os quadrinhos eram a grande diversão da meninada. Esse é o panorama em que se enquadra “Homem de Ferro 3”, estreia recente em nossos cinemas.
Mantendo o padrão das trilogias, o filme atual – pelo menos, em teoria – encerraria as aventuras solo do Homem de Ferro. Por isso mesmo, há uma mudança na personalidade de Tony Stark (Robert Downey Jr), que deixa um pouco de lado a imagem de playboy irresponsável, para assumir um lado protetor e preocupado com o seu bem mais precioso, a sua amada Pepper Pots (Gwyneth Paltrow).
Após os eventos mostrados no filme “Os Vingadores”, em que seres alienígenas Chitauri invadiram a Terra liderados por Loki, Stark não consegue dormir, tem ataques de pânico, quando não consegue controlar-se, tudo isso motivado pelo medo em relação à segurança de Pepper.
Esta, por sua vez, não entende o porquê da obsessão dele em desenvolver novas armaduras, deixando de lado o convívio e o relacionamento deles.
Para piorar as coisas, o mundo vive sob a ameaça de um terrorista que se intitula Mandarim (Ben Kingsley), e promove assassinatos em massa, tudo isso sob a alegação que está dando lições aos americanos.
Quando Happy Hogan (Jon Favreau) é gravemente ferido em um aparente atentado, Stark faz uma declaração à imprensa desafiando o Mandarim a enfrentá-lo. O que parecia ser uma simples bravata termina em um ataque real, e enquanto a mansão é destruída, o Homem de Ferro fica preso no fundo do mar, e todos acreditam que ele está morto.
A nova armadura, dotada de inteligência artificial o leva até uma pequena cidade do interior americano, onde uma pista aponta para estranhos experimentos do governo, utilizando veteranos com algum tipo de deficiência. Este experimento devolvia os membros às cobaias, além de uma extraordinária capacidade de recuperação. Mas, havia um perigoso efeito colateral, pois a pessoa podia explodir e destruir tudo à sua volta.
À medida que vai explorando as pistas, Stark, com a ajuda de um inteligente garotinho (Ty Simpkins), descobre que tudo está conectado, e que ele mesmo esteve envolvido na origem dos fatos, ao cruzar com a botânica Maya Hansen (Rebeca Hall) e o cientista maluco Aldrich Killian (Guy Pearce).
Ao localizar o Mandarim e enfrentar o gênio do crime por trás dele é que Stark vê o seu pior pesadelo se concretizar, quando Pepper é sequestrada e submetida à perigosa alteração genética que pode transformá-la em uma bomba ambulante.
Como poderia se esperar, os efeitos especiais estão presentes em praticamente todas as cenas, algumas lembrando até Transformers. Como se poderia esperar, também, há uma grande quantidade de cenas de ação, talvez até mais do que nos filmes anteriores.
Contudo, é no personagem vivido por Robert Downey Jr que se verificam as maiores mudanças. Ele está muito mais presente, fora da armadura, e pode exibir mais o seu potencial cênico. O sarcasmo habitual continua presente, embora mais contido.
O elenco de apoio é muito bom, com destaque para a representação magnífica de Ben Kingsley como o Mandarim, e Guy Pearce em um dos melhores papéis desde “Los Angeles – Cidade Proibida”.
“Homem de Ferro 3” é um produto inteiramente voltado para o público juvenil, que consome efeitos especiais junto com a pipoca e o refrigerante, mas também vai agradar os fãs das revistas em quadrinhos.
Como já é tradição, o criador do personagem dos quadrinhos, Stan Lee, faz uma ponta num concurso de misses, e tem também uma cena adicional após os créditos, que sugere qual será a próxima continuação da Marvel.
Eventos
Festival Varilux de Cinema Francês
Na próxima semana acontecerá em Natal o já tradicional Festival Varilux de Cinema Francês, com exibição na rede Moviecom, no Praia Shopping. O evento será de 10 a 16 de maio, exibindo quatro filmes diferentes todos os dias. Entre os títulos confirmados, filmes que prestam homenagem à França e o que a faz famosa: o teatro (“Pedalando com Molière”), a arte (“Renoir” e “Camille Claudel 1915″), a gastronomia (“Os Sabores do Palácio”) e a literatura (“O homem que Ri”). A mostra conta ainda com “O Menino da Floresta”, uma das mais destacadas produções recente de animação francesa, “A Datilógrafa”, de Régis Roinsard, e “Aconteceu em Saint­Tropez”, de Danièle Thompson.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Dredd”
 
Na cidade violenta e futurista de Mega City One, a 120 anos no futuro, a polícia tem autoridade para agir como juiz, júri e carrasco. O juiz Dredd (Karl Urban), o mais temível deles, recebe uma missão: fazer um teste com uma juíza novata, a poderosa médium sensitiva Cassandra Anderson (Olivia Thirlby). No que seria apenas um dia de treinamento, os juízes aparentemente seguem para uma cena rotineira de crime, num cortiço conhecido como Peach Trees, administrada pelo clã da Ma-Ma. Quando eles tentam prender um dos capangas da organização criminosa, ela manda fechar o prédio de 200 andares e sai na captura dos juízes, que agora se encontram encurralados, numa luta implacável pela sobrevivência. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Dredd”).
“4:44 – O Fim do Mundo”
Num enorme e muito alto apartamento de Nova Iorque vive o nosso casal. Estão apaixonados. Ela é pintora, ele um ator de sucesso. Esta é apenas uma tarde normal – exceto pelo fato de não ser uma tarde normal, nem para eles nem para ninguém. Porque amanhã, às 4:44, mais segundo menos segundo, o mundo irá chegar ao fim, muito mais rapidamente do que o pior profeta do apocalipse poderia imaginar. A explosão definitiva chegará com aviso prévio, mas sem qualquer hipótese de fuga. Não haverá sobreviventes.  Disco com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “4:44 Last Day on Earth”)
“Inimigos de Sangue”
Depois de seu envolvimento em diversas atividades criminosas, Jacob Sternwood (Mark Strong) refugia-se na Islândia, para ficar longe dos policiais britânicos. Mas quando seu filho se envolve em um sequestro malsucedido, ele é obrigado a voltar a Londres para resolver a situação. Este retorno é a grande oportunidade para o detetive Max Lewinsky (James McAvoy), que sempre perseguiu Jacob, finalmente capturá-lo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, sinopse, ficha técnica e trailers.  (T.O.: “Welcome to the Punch).
“Eu, Pierre Rivière, Que Degolei, Minha Mãe, Minha Irmã e Meu Irmão”
Aunay, interior da França, 1835. Pierre Rivière, um jovem camponês, assassina a golpes de foice sua mãe grávida de sete meses, sua irmã de 18 anos e seu irmão de sete anos. O violento crime choca a opinião pública, trazendo à tona a relação entre os trabalhos jurídico e psiquiátrico. O que teria motivado Pierre Rivière a cometer um ato de tamanha brutalidade? Dirigindo um elenco formado por camponeses da mesma região em que aconteceu o crime, Allio realiza uma impactante reconstrução histórica em um registro hiper-realista. Um filme intenso, perturbador e essencial.  (T.O.: “Moi, Pierre Rivière, ayant égorgé ma mère, ma souer et mon frère…”).