Claquete – 07 de novembro de 2008
O que está em cartaz
O final de semana começa bem, com a estréia do mais novo filme de James Bond, “007 – Quantum of Solace”. Estréiam, também, o drama nacional “Orquestra dos Meninos” (só no Cinemark), “Pequenas Histórias”, com Marieta Severo (só no Moviecom) e o controverso “Brown Brunny”, no Projeto Moviecom Arte. Continuam em cartaz o terror “Jogos Mortais 5”, o nacional “Ultima Parada 174”, o musical “High School Musical 3”, o ótimo drama “Ensaio Sobre a Cegueira”, e a animação “Os Mosconautas no Mundo da Lua”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o drama nacional “Nossa Vida Não Cabe Num Opala”, na Sessão Cult, e o besteirol “Amigos, Amigos, Mulheres à Parte”, enquanto o Moviecom mantém em cartaz “Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito”, o policial “As Duas Faces da Lei” e o drama nacional “Linha de Passe”.
Estréia 1: “007 – Quantum of Solace”
James Bond (Daniel Craig) e M (Judi Dench) realizam o interrogatório do sr. White (Jesper Christensen), responsável pelos eventos do filme anterior da série. Porém uma traição faz com que White seja morto. Para investigar o caso Bond parte rumo ao Haiti, onde conhece Camille (Olga Kurylenko), uma bela e perigosa mulher que possui ligações com Dominic Greene (Mathieu Amalric). Greene tem planos para a Bolívia, incluindo a deposição do atual governo, o que faz com que Bond entre em seu caminho, tendo que se antecipar à CIA, aos terroristas e, até mesmo, da sua própria organização. A direção é de Marc Foster. “007 – Quantum of Solace” estréia nesta sexta-feira, nos Cines 4 (dublado) e 6 (legendado) do Moviecom e nas Salas 6 (dublado) e 2 (legendado) do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos.
Estréia 2: “Orquestra dos Meninos”
Janeiro de 1995. Um jovem músico de 13 anos, integrante da Orquestra Sinfônica do Agreste da pequena cidade de São Caetano, no interior de Pernambuco, é seqüestrado. Os policiais acreditam que o responsável é o criador da orquestra, o maestro Mozart Vieira (Murilo Rosa). Com a acusação, o trabalho realizado até então com a comunidade carente da cidade corre o risco de desaparecer. Baseado em fatos reais, o filme conta a odisséia para a criação da orquestra. A direção é de Paulo Thiago e conta com Priscila Fantim e Othon Bastos no elenco. “Orquestra dos Meninos” estréia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark. Classificação indicativa dez anos.
Sessão Cult: “Nossa Vida Não Cabe Num Opala”
O filme fala sobre quatro pessoas marginalizadas, os irmãos Monk (Leonardo Medeiros), Lupa (Milhem Cortaz), Slide (Gabriel Pinheiro) e Magali (Maria Manoella). O pai (Paulo César Pereio) está morto, mas, conversa com os filhos em aparições constantes. Monk e Lupa são ladrões de carros, com nítida preferência pelos Opalas. Slide, o caçula, leva jeito para o boxe, mas, sente-se atraído para a vida marginal dos irmãos. Magali, a única mulher dos quatro, é musicista de gosto clássico, mas, para sobreviver, toca órgão numa churrascaria. Ela não aprova a vida criminosa dos irmãos, tenta manter alguma dignidade, mas, no geral mostra-se apática. Bonita, ela está sendo assediada por um gângster, Gomes (Jonas Bloch). A partir desta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 15h10. Classificação indicativa 16 anos.
Projeto Moviecom Arte: “Brown Brunny”
Bud (Vincent Gallo) é um piloto de motocicletas que perdeu Daisy (Chloë Sevigny), o grande amor de sua vida. Seu trabalho é correr incansavelmente, volta após volta. Ele vai de New Hampshire até a Califórnia e, ao cruzar os Estados Unidos, tenta inutilmente se desfazer da lembrança dos últimos instantes passados com a mulher amada. Para se livrar dessas memórias, Bud fará o que puder: passará todos os dias por novas aventuras, aproximando-se das mulheres com a mesma facilidade com que as deixa. A direção é do próprio Vincent Gallo. A partir desta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom, na sessão de 17h25. Classificação indicativa 18 anos.
Filmes do Estação: “Pequenas Histórias”
“Pequenas Histórias”, longa-metragem escrito e dirigido por Helvécio Ratton (“Menino Maluquinho”), utiliza o folclore brasileiro para contar bonitas e divertidas histórias que pretendem agradar adultos e crianças. Com a narração de Marieta Severo, “Pequenas Histórias” conta com Patrícia Pilar, Paulo José, Maurício Tizumba e outros para narrar fábulas como a do pescador que se casou com a sereia, do coroinha que viu a procissão das almas passar ou das aventuras de Zé Burraldo, que sempre é passado para trás pelos outros. “Pequenas Histórias” estréia nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom. Classificação indicativa livre.
Pré-Estréia: “Hugo, o Tesouro da Amazônia”
Hugo é a criatura mais rara do mundo. Com muita coragem e criatividade, ele só come as frutas que colhe das árvores e sempre consegue escapar dos perigos que o cercam. Hugo deixa a floresta onde nasceu e vai viver em uma ilha paradisíaca com a melhor amiga, Rita, a raposa. Ele irá viver uma grande aventura tentando escapar de três vilões que querem capturá-lo. “Hugo, o Tesouro da Amazônia” terá pré-estréia no sábado e no domingo, na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 17h25. Classificação indicativa livre.
Confira na TV
“A Máfia Volta ao Divã”, no SBT
Após deixar a cadeia o mafioso Paul Vitti precisa novamente dos conselhos do psiquiatra Ben Sobel, que enfrenta problemas com sua nova família. Com Robert De Niro, Billy Crystal e Lisa Kudrow. Sábado, às 23h30.
“Por um Fio”, na Globo
Um homem atende uma ligação no telefone público, e, do outro lado da linha, uma voz diz que ele corre risco de vida se desligar. Com Colin Farrell, Kiefer Sutherland e Forest Whitaker. Sábado, às 22h15.
“Click – Chantagem do Sexo”, na Band
Um aparelho usado para exacerbar a libido das pessoas aparece em Washington, onde é usado para chantagear políticos. Sábado, às 1h15.
“Querem Acabar Comigo”, na Globo
Interessado em uma mulher, um homem se oferece a levar os filhos dela para visitá-la. O que ele não contava era que as crianças fariam de tudo para tornar a viagem um inferno. Com Ice Cube. Domingo, às 12h05.
“O Professor Aloprado 2”, na Record
Buddy Love volta a atacar, causando confusão ao roubar um revolucionário soro de rejuvenescimento criado por Sherman Klump. Com Eddie Murphy e Janet Jackson. Domingo, às 21h.
“Blade Trinity”, no SBT
Os vampiros procuram difamar Blade, ao mesmo tempo em que ressuscitam Drácula. Blade, então, alia-se a um grupo de humanos que combate vampiros. Com Wesley Snipes, Kris Kristofferson e Jéssica Biel. Após o Domingo Legal.
“Determinado a Matar”, na Globo
Um arqueólogo é acusado erroneamente de traficar drogas através de relíquias por ele descobertas. Para limpar seu nome, ele parte atrás da máfia chinesa. Com Steven Seagal. Domingo, às 22h45.
“Droga de Sedução”, na Band
Um dentista bem sucedido (Steve Martin) tem a sua vida virada de cabeça para baixo quando uma sedutora mulher aparece em seu consultório. Com Laura Dern e Kevin Bacon. Domingo, às 0h15.
“O Chamado 2”, na Globo
Seis meses depois, Rachel e seu filho se mudam e tentam recomeçar a vida. Porém um assassinato faz com que a temível Samara retorne à vida da dupla. Com Naomi Watts e Sissy Spacek. Segunda-feira, às 21h15.
Lançamentos em DVD
“Agente 86”
Quando a central de comando da Controle é atacada e seus agentes são dizimados, cabe ao novato em campo Maxwell Smart assumir a posição de Agente 86 e partir para a ação, ao lado da sexy veterana 99, metendo-se em inúmeras confusões. Adaptação da famosa série de TV criada por Mel Brooks, com Steve Carell, Anne Hathaway, Dwayne Johnson e Terence Stamp. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Segredos do Espião: Erros de gravação; As aulas de idioma.
“Arca Russa”
Um museu como um ser vivo, uma entidade que respira e tem personalidade própria. O diretor russo Alexander Sokúrov empresta alma ao colossal palacete do Hermitage, em São Petersburgo, um dos maiores museus do mundo. “Arca Russa” foi filmado em um único plano-seqüência, sem cortes, que dura 97 minutos e atravessa 35 salas do museu, transformando a tela de cinema em um quadro vivo por onde desfilam personagens importantes da história da Rússia: Pedro, o Grande; Catarina, a Grande; Catarina II, Nicolau e Alexandra, numa simbiose de cinema, história e artes plásticas. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1.
“A Espada Era a Lei – Edição do 45º Aniversário”
Versão da lenda do rei Artur dos Estúdios Disney. Conta a lenda que só alguém com honra, decência e grandeza de caráter pode reivindicar o trono da Inglaterra, tirando uma espada encantada que está cravada numa rocha. Muitos valentes cavaleiros tentaram, mas, um jovem aprendiz conhecido como Arthur, com a orientação do feiticeiro Merlin, irá se tornar o maior rei da Inglaterra. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital, e, como extras, Música Mágica – os irmãos Sherman; Seleção de músicas da Disney: A lenda de A Espada Era a Lei; Higitus Figitus; Curtas extras: Cavaleiro por um Dia, O Alfaiate Valente; Jogos e atividades: Academia de Mágica do Merlin.
Eventos
Morre o autor de “Parque dos Dinossauros”
Michael Crichton, autor do best-seller “Parque dos dinossauros”, que foi adaptado para o cinema por Steven Spielberg, morreu na última terça-feira, aos 66 anos, de câncer. Crichton, formado em medicina em Harvard, publicou dezenas de livros, que foram traduzidos para mais de trinta línguas, com vendas estimadas em 150 milhões de exemplares. Entre suas obras estão Jurassic Park, O Enigma de Andrômeda, Esfera, Congo, Linha do Tempo, O Homem Terminal e Sol Nascente, todos adaptados para o cinema. No cinema, fez, também, o roteiro de “Twister” e na televisão, o do famoso seriado “E. R.” (“Plantão Médico”), pelo qual mereceu um Emmy.
CURTACOM – IV Festival Universitário de Curtas
Nos dias 10 e 11 de novembro acontece a 4ª edição do CurtaCom, uma mostra competitiva de curtas-metragem universitárias, com vídeos produzidos por estudantes de graduação de todo o país. O evento é aberto ao público, gratuito e ocorre no auditório da FIERN, Casa da Indústria, na Av. Salgado Filho, nº 2860, Lagoa Nova, na próxima segunda e terça-feira, das 18h30 às 22h. Para conferir a lista dos vídeos selecionados e a programação completa acesse o site http://www.curtacom.xpg.com.br/.
“Relíquia Macabra”, no Cine Café
Nesta sexta-feira, dia 07 de novembro, o Cineclube Natal, em parceria com Nalva Melo Salão Café, apresentará o filme Relíquia Macabra (1941), do diretor americano John Huston, considerado um dos maiores filmes “noir” da história do cinema. Sam Spade (Humphrey Bogart), é um detetive particular que é contratado por uma mulher misteriosa, e, quando o seu parceiro é assassinado, descobre estar participando de uma complicada trama envolvendo a busca pela relíquia (o tal falcão maltês do título original), enquanto diferentes personagens cheios de segredos vão cruzando seu caminho. A sessão começará às 20:00 horas, no Nalva Melo Café Salão, à Av. Duque de Caxias, 110, Ribeira, e a entrada custa R$ 2,00 (dois reais).
Especial 007
É surpreendente o fascínio que o mito James Bond exerce sobre pessoas de várias gerações, fascínio este que, certamente, nem o próprio criador do personagem, Sir Ian Fleming acreditaria que pudesse alcançar. Perpetuando a lenda, estréia, neste final de semana o mais novo filme da série, “007 – Quantum of Solace”, estrelado por Daniel Craig.
Destinado pela família para entrar no Ministério de Relações Exteriores, Ian Fleming não conseguiu passar nos exames, e foi trabalhar na agência de notícias Reuters, passando até uma temporada em Moscou. Quando explodiu a Segunda Guerra Mundial, foi recrutado pela Inteligência Naval da Marinha Real Britânica, idealizando e criando várias ações importantes, inclusive uma unidade militar secreta, a 30 Assault Unit, apelidada por Fleming de “Red Indians”. Entre seus membros, um deles chamava atenção, Patrick Dalzel-Job, paraquedista, navegador e fluente em uma dezena de idiomas, era, nas palavras de um de seus comandantes, “um dos mais inventivos, corajosos e habilidosos personagens criados pela guerra”.
O primeiro livro estrelado por James Bond foi Cassino Royale, lançado em 1953. Bond era descrito como um homem alto, moreno, de olhar penetrante, viril, porte atlético e sedutor na casa dos trinta anos, apreciador de vodka-martini (batido, não mexido) exímio atirador com licença 00 para matar e perito em artes marciais, que combatia o mal pelo mundo. Todo ano, Ian Fleming ia para sua casa na Jamaica, chamada GoldenEye, para escrever um novo livro, até sua morte em 1964. Foram publicadas catorze aventuras do espião inglês.
Se hoje muita gente considera 007 um produto do cinema, saibam que Fleming suou muito para conseguir levar o herói para a telona. Só em 1962, produzido por Albert Broccoli e dirigido por Terence Young, o herói surgiria nas telas de cinema, em “007 Contra o Satânico Doutor No”, protagonizado por Sean Connery, para mim, o melhor de todos os Bonds (Craig, não desanime, você pode chegar lá!).
Este filme foi excepcional, não apenas por ter perpetuado a imagem do personagem, como também por definir características que marcariam os outros vinte e um filmes da série, mesmo que fosse representado por mais cinco diferentes atores: George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig. Curioso é que, embora houvesse vários “Bonds”, o ator mais constante foi Desmond Llewelyn, que vivia “Q”, o criador das fantásticas armas da série, seguido de Lois Maxwell, que interpretaria a secretária de “M”, Miss Moneypenny, em catorze filmes.
O sucesso estrondoso do primeiro filme multiplicou o investimento de um milhão de dólares (!) por 72, em moeda da época. No ano seguinte, Sean Connery reviveria o espião em “Moscou Contra 007”. Neste filme, além de um chapéu que fez moda, na época, a maleta utilizada pelo agente secreto, cheia de armas, virou sinônimo para pastas de executivo, as famosas “pastas 007”, que serviram até para carregar dinheiro do mensalão.
Além das aventuras mirabolantes, os filmes de 007 trouxeram mais um ícone ao mercado, as “Bond-girls”. À primeira, a exuberante Ursula Andress, sucederam-se Kim Basinger, Maryan D’Abo, Teri Hatcher, Michelle Yeoh, Denise Richards e a penúltima e marcante Eva Green, a Vesper de Cassino Royale.
Outro ponto de honra da série foram as trilhas sonoras, e, em especial, o tema principal, como “Goldfinger” e “Diamonds Are Forever”, na voz da cantora britânica Shirley Bassey. “Nobody Does It Better”, cantada por Carly Simon, ou “Goldeneye”, com Tina Turner, ajudaram os filmes de Bond a se tornar os mais populares filmes de aventura e espionagem em todo o mundo. Em “Viva e Deixe Morrer”, Paul McCartney interpreta a canção tema Live and Let Die. Até mesmo Madonna teve uma canção na abertura de Die Another Day.
Ao longo dos anos, as seqüências se sucederam, com Connery estrelando seis filmes, ao todo, seguido pelo fracassado “007 a Serviço Secreto de Sua Majestade”, o único estrelado por George Lazemby, sete com Roger Moore, dois com Timothy Dalton, quatro com Pierce Brosnan, e dois com Daniel Craig. Cada um dos atores emprestou alguma característica mais marcante, como a sedução de Connery, o cinismo de Moore, a seriedade de Dalton e o rebelde apertador de botões de Brosnan. Connery ainda fez mais um, “007 – Nunca Mais Outra Vez”, que não é considerado da série “oficial”.
A série parecia fadada ao esquecimento após os dois filmes de Dalton. Produtos de uma época em que a Aids começava a assustar, o Bond de Dalton era sério, centrado em sua missão e com uma única namorada por filme. O público, acostumado com os antecessores, reprovou, o que é uma pena, pois era o mais fiel ao personagem dos livros de Fleming.
Seis anos depois de Dalton, Brosnan reviveu a série em “007 Contra Goldeneye”, onde foram injetados muitos efeitos especiais, reais ou de computador, e uma nova característica: a cena inicial, sempre impactante, é feita por uma outra equipe, e, custa cerca de dez por cento do orçamento do filme.
Quatro filmes depois, e 007 parecia que só sabia apertar botões e operar bugigangas, matando inimigos com um bocejo (dele e da platéia). A série parecia novamente fadada ao declínio. Quatro anos depois do último filme de Brosnan, uma revolução é feita na série 007. Passando uma borracha no passado, zerou o contador, e a saga de James Bond recomeça, só que, mostrando a origem do herói.
Em “Cassino Royale”, de 2006, Daniel Craig vive um James Bond cru, jovem, vibrante e sem refinamentos, ainda aparando as arestas da fábrica, resolvendo as coisas meio na porrada, meio na inteligência. O sucesso estrondoso do filme provou que a fórmula estava certa, gerando uma grande expectativa para o filme atual, “007 – Quantum of Solace”.
O filme atual inicia a partir do final do anterior, com um Bond amargurado, lutando contra o sentimento de vingança, que tenta entender o porquê da traição da amada Vesper e o que tem por trás da perigosa organização que a matou.
Mesmo que não tenha o mesmo sucesso de “Cassino Royale”, a saga do espião inglês ainda renderá muitos frutos, reinventando-se sempre, graças aos gênios do cinema e aos “Bond-maníacos” do mundo todo.