Claquete – 23 de novembro de 2007
O que está em cartaz
Depois da meninada, chega a vez dos adultos. Nas estréias do final de semana, teremos a ficção-suspense “Invasores”, com Nicole Kidman e o novo 007, Daniel Craig, e, o nacional “Sem Controle”, com Eduardo Moscovis. Nas continuações, o infantil “A Loja Mágica de Brinquedos”, com Dustin Hoffman e Natalie Portman, a animação “Deu a Louca na Cinderela”, o drama “Leões e Cordeiros”, o terror “1408”, com John Cusack, a animação “Ta Dando Onda”, e o nacional “O Homem Que Desafiou o Diabo”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o policial “Os Donos da Noite”, a comédia romântica “Antes Só do Que Mal Casado”, com Ben Stiller, o nacional “Tropa de Elite” e, na Sessão Cult, o drama “2:37”.
Estréia 1: “Invasores”
A colisão de um ônibus espacial faz com que algo alienígena penetre em seus destroços, de modo que, todos que entram em contato, mudam de maneira inexplicável. A psiquiatra Carol Bennell (Nicole Kidman) e seu colega Ben Driscoll (Daniel Craig) descobrem que a epidemia alienígena ataca suas vítimas quando elas estão dormindo. A epidemia não altera fisicamente suas vítimas, mas, faz com que as pessoas fiquem insensíveis e sem qualquer traço de humanidade. À medida que a epidemia se espalha, fica cada vez mais difícil saber quem está infectado. Para sobreviver, Carol precisa ficar acordada o maior tempo possível, para que possa encontrar seu filho. Esta é a quarta versão do livro de Jack Finney para o cinema. As anteriores foram “Vampiros de Almas” (1956), “Invasores de Corpos” (1978) e “Invasores de Corpos” (1993). Com direção de Oliver Hirschbiegel, “Invasores” estréia nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom e na Sala 7 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.
Estréia 2: “Sem Controle”
Danilo (Eduardo Moscovis) é um diretor de teatro obcecado com a injustiça cometida contra o fazendeiro Manoel da Motta Coqueiro, caso que iniciou o processo de extinção da pena de morte no Brasil. Estimulado por uma mulher linda e misteriosa, Danilo passa a ensaiar uma peça sobre a vida de Motta Coqueiro, com ele próprio interpretando o fazendeiro e os demais personagens sendo vividos por pacientes psiquiátricos. Aos poucos Danilo começa a confundir o que é real e o que é imaginário, passando a reviver os fatos históricos como se ele próprio fosse Motta Coqueiro. Com a direção de Cris D’Amato, “Sem Controle” estréia nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom e na Sala 3 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.
Numa escola secundarista no sul da Austrália, um suicídio, que ocorre exatamente na hora-título, revela aos poucos o lado sombrio da vida dos alunos, envolvendo relações amorosas, drogas, abuso sexual, negligência familiar e doenças nervosas. O filme acompanha seis desses alunos até o trágico fim, e todos têm motivos para se suicidar. Trata-se de um filme inspirado em eventos da vida do próprio diretor estreante, Murali K. Thalluri. A partir desta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 15h. Para maiores de 14 anos.
Lançamentos em DVD
“Roma” – 2ª Temporada, em DVD
“Vênus”, em DVD
“Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, Edição de Colecionador
O clássico de Steven Spielberg está de volta nesta edição inédita do DVD que inclui todas as três versões deste sucesso de bilheterias do gênero de ficção científica. O tema central trata do encontro de seres alienígenas com os humanos. Os discos trazem formato de tela widescreen e som Dolby Digital. Em cada disco, além da versão do filme, vem making of e trailer de cinema. Nas lojas.
“A Vida Secreta das Palavras”, em DVD
A imigrante Hannah tem 30 anos, é introvertida, solitária, misteriosa e trabalha numa indústria têxtil. Ela vai passar as férias num pequeno povoado costeiro, em frente a uma plataforma petrolífera. Um incidente faz com que ela permaneça alguns dias na plataforma cuidando de Josef, que sofreu uma série de queimaduras que o deixaram cego temporariamente. Com Sarah Polley, Tim Robbins e Javier Cámara. A direção é da espanhola Isabel Coixet. Nas locadoras.
Eventos
“Cyrano de Bergerac”, na 100ª exibição do Cineclube Natal
Final de semana na TNT
Morre Maurice Béjart
Filme da Semana: “A Cor do Perdão”
Dançando, para não dançar
O sonho de fama e sucesso faz parte do imaginário universal, e, para quem está, de alguma forma, ligado ao mundo artístico, brilhar no palco mais famoso do mundo, a Broadway, é a maior vitória possível. Este é o tema principal de “A Cor do Perdão”, um filme simples, de orçamento modesto, mas que traz cores novas a uma idéia antiga.
A história inicia em Porto Rico, um estado livre associado aos Estados Unidos, onde uma bela jovem, Amaryllis (Roselyn Sanchez), sustenta a família entregando pizzas, já que o pai, outrora um famoso bailarino, padece em uma cadeira de rodas, devido a uma doença degenerativa, adquirida ao longo dos anos de dança.
Amaryllis também sonha em sair dessa miséria e seguir a carreira do pai, que chegara a estrelar um musical na Broadway. Esse estado de coisas é quebrado quando o pai da jovem cede ao desespero e se suicida. Amaryllis resolve fugir de tudo e vai para os Estados Unidos, com a ajuda de uma amiga.
O mundo lá, porém, não é tão receptivo. Sem emprego, a jovem é obrigada a aceitar uma vaga de stripper, onde dança e se expõe para os freqüentadores de uma boate em troco de dinheiro. Mesmo lá, descobre pessoas amigas e valiosas, que tentam ajuda-la a realizar os seus sonhos.
Seu companheiro de todas as horas é Myles (Bill Duke), um velho e atormentado poeta negro, que não suportou a perda da mulher e a separação do filho. Alternando períodos de extrema lucidez com outros de alheamento, ele é a única pessoa que apóia a jovem em seus primeiros dias na cidade.
A outra pessoa que fará diferença na vida de Amaryllis é Christian (D.B. Sweeney), um misterioso médico que freqüenta a boate onde a jovem se apresenta. Em um momento de desespero, quando ela sofre um acidente, é ele quem a socorre.
Os dramas também merecem finais felizes, e eles vêm para Amaryllis em maior quantidade que deseja. Ao mesmo tempo em que recebe uma proposta de casamento de Christian, com promessa de uma vida tranqüila e confortável ao lado dele, na Austrália, aparece a chance de competir por um papel na Broadway, onde o seu background fará toda a diferença.
Amaryllis, que, apesar de humilhação e vergonha que sofrera, nunca perdeu de vista os seus valores, e serão eles que a nortearão na escolha do que será a sua vida.
Bem, se o leitor, até aqui, achou algo parecido com “Flashdance”, tem um pouco de razão, embora esta seja uma produção visivelmente mais barata. Mas, se o roteiro é um pouco fraco e o final previsível, não quer dizer que o filme não mereça ser assistido.
O filme traz imagens pouco conhecidas, de Porto Rico, e uma Nova York suavizada pelas cores do verão. Contudo, é Roselyn Sanchez quem, literalmente, carrega o filme nas costas. A linda porto-riquenha que foi modelo, bailarina, cantora e atriz sustenta o filme do começo ao fim, mostrando que sua carreira no cinema e na tv americana não foram em vão. Não é para menos, que, além de atuar, a moça participou do roteiro e da produção do filme.
A bela trilha sonora apresenta uma surpresa para nós brasileiros, com a composição do paulistano André Abujamra, que já assinou filmes como “Carlota Joaquina”, de Carla Camuratti e “Os Matadores” e “Ação Entre Amigos”, de Beto Brant.
Além de atender ao público que gosta de musicais, “A Cor do Perdão” mostra um pouco do primeiro mundo visto pela ótica dos menosprezados latinos. Confira.