19/12/2003 – “My Fair Lady”
Pigmalião, da mitologia grega, era um escultor que, ao concluir a estátua de uma mulher, considera-a tão perfeita, que apaixona-se por ela. A deusa Vênus, dá então vida a Galatéa, a estátua, para que possa unir-se ao seu criador. O escritor George Bernard Shaw inspirou-se no mito, para criar uma de suas obras teatrais mais famosas, “Pigmalião”, que gerou inúmeras adaptações para o cinema. Destas, sem dúvida a melhor é “My Fair Lady”, vencedora de oito Oscars, em 1964, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. No filme, o Pigmalião é o professor Henry Higgins (o grande Rex Harrison), um lingüista esnobe e arrogante. Ele aposta com seu amigo, o coronel Pickering (Wilfrid Hyde-White), que pode pegar uma florista qualquer e transformá-la em uma mulher refinada. A florista é Eliza Doolittle (a deslumbrante Audrey Hepburn), de fala cockney, a gíria dos subúrbios londrinos, que tem de aprender antes de tudo a falar com perfeição. A história, fascinante, é a desse aprendizado. Há personagens memoráveis, entre eles certamente Stanley Holloway, que faz o pai vagabundo e filósofo de Eliza. Há momentos igualmente memoráveis, todos pontilhados pela música de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe. “My Fair Lady” traz Rex Harrison, como um professor que assume o desafio de transformar uma impetuosa vendedora de flores (Audrey Hepburn), em uma educada dama, capaz de freqüentar as mais altas rodas da sociedade inglesa do início do século. “My Fair Lady” é apresentado em DVD, remasterizado digitalmente, resgatando assim as cores originais deste filme, considerado um dos mais irresistíveis musicais de todos os tempos. Infelizmente, não existe nenhum documentário acompanhando o filme, mas pelo menos o formato de tela widescreen mantém a fidelidade à maravilhosa fotografia original.